Capítulo 36

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Tamara



Matrimónio.  Não é uma palavra tão significativa para mim quanto é para as outras pessoas. Nunca realmente ou directamente presenciei um, e me vejo na situação de participar do meu. A  vida é realmente um reviravolta.

Apesar de tudo que aconteceu, percebi que além de crescer eu me afastei de muita gente, e agora me pergunto se perder as pessoas que mais nos são queridas ao longo da vida é crescer. Eu tenho judsina ao meu lado e ele é uma pessoa maravilhosa,mas não substitui todas as pessoas que eu perdi, ele não tá papel de um pai, uma melhor amiga, ou de um inimigo.. rsrsrs,mas selou a lacuna amorosa que eu tinha.

Me vi também na situação de abrir mão de tudo que meus antecedentes vêm investindo á muito tempo.. nesses caso a máfia, pelo meu filho.

Faltava muito pouco tempo para a realização do meu,bom.. casamento e estranhamente eu estava ansiosa,.e imaginava aquilo o tempo inteiro. Será isso que as mulheres que possuem vida normal sentem?

– não. Nem pensar de jeito nenhum. – retruco á proposta de arcades enquanto observo a linda criatura ao meu lado.

– vamos lá Tamara, è o nome perfeito,não acha? - oiço-o argumentar, provavelmente devia estar a gesticular já que podia sentir a cama se mover ligeiramente.

– Eu não quero lembrar, não quero falar dele o tempo inteiro. – digo ainda de costas para ele.– foi muito difícil perde-lo e agora ter que gritar o nome dele o tempo inteiro. Não judson, não !-.nego.

Alexandre Arcades.- enfatiza - não percebe Tamara? È Perfeito ! – praticamente grita
maravilhado.

– Eihh.. Olha o barulho!.- amarro a cara. – Não quero que o meu anjo acorde agora.- pego a mão delicada e pequena dele.

– Seria óptimo se ele acordasse, assim eu brincaria com ele. !- comenta judson animado enquanto suas mãos deslizam delicadamente pelos meus  cabelos puxando os fios rebeldes da cara para atrás da orelha.

– cala a boca judson. Não foi você quem não dormiu a noite inteira!- rosno irritada e me viro para ele.

– Isso é depressão pós-parto.- ele fecha os olhos e levanta às sobrancelhas com os braços cruzados.

– você sabe oque é depressão? Agora eu tenho depressão, haaa se faz favor!- exclamo puxando alguns dos seus fios de cabelo e ele reclama irritado.

- Ainhh Tamara! Você anda nervosa ultimamente, vish.

– Tudo bem amorzinho.!- ele me abraça de trás formando comigo a famosa conchinha.

– Me deixe!- tiro os braços dele de mim.

– sua chata.- ele se vira e adormece.



***

Já era o final da tarde e eu me encontrava em meu quarto, relaxada. Não completamente, quer dizer, havia deixado meu bebê inofensivo com o pai dele, aquele louco que mal sabe cuidar de um bebé, felizmente Matilde está lá de vigia.

Vou em  direção à  porta do  guarda roupa.  Baixo me e  tiro a caixa enorme  do  guarda roupa. Ponho-a em cima da cama e abro-a.

Retiro o vestido branco lá presente. Ele era médio. Em cima aberto e com um decote traseiro em V e na parte frontal completamente coberto. Delineava a cintura e depois um pouco aberto em baixo com um tecido leve que valia um rim.

Seguro-o pelos ombros. Tinha mangas compridas e de renda, era lindo. Tenciono experimenta-lo. Espero que não tenha engordado..

Em frente ao espelho posso observar minha imagem. Estou tão.. linda, nunca sonhei com um daqueles vestidos enormes e cheios de tecidos. Apesar de assumir que alguns deles são bonitos.
Passo às mãos óleo quadril e sinto o tecido macio.

Ouço a porta ser aberta e corro até ela empurrando-a para que quem quisesse entrar, não entrasse! Eu estava com o meu vestido de noiva!

– Quem é?- pergunto ainda tentando empurrar a porta que ainda estava sendo empurrado para a direcção contrária.

_ sou eu o Judson. - fico com os olhos arregalados- Vamos Tamara, abra a porta!- ele disse aplicando ainda mais força contra a porta.

– Eu não posso abrir agora.. humm. Eu estou ocupada..- digo-lhe em pânico.

Sempre ouvi dizer que o noivo não podia ver o vestido antes do dia, disseram-me que é azar. Não sei ao certo se isso é verdade, mas vale à pena previnir é.

– oque te está à acontecer?- ele retruca rapidamente.

Ele finalmente deixa a porta e eu consigo fechá-la e respiro fundo. Oh God, isto está à deixar me louca!

– nada. Eu saio já...- digo -lhe esperando que ele fosse. Mas não, ele não foi

– Tamara..

– Judson onde está o bebê se você está aqui? Não pode deixar Matilde sozinha com o bebê. E eu disse que já saia, é tão difícil esperar ou ter paciência?- retruquei com a voz autoritária, mas ele não parecia se importar muito com o meu tom de voz. – Judson, que porra sai da qui!- gritei

– humm calma!- ele gargalhou- parece até que está fabricando uma bomba atômica e não quer que eu veja!- ele voltou à gargalhar, porém não saiu.

Suspiro bem alto

– Eu vou arrombar a porta!- Judson diz sério e meus olhos arregalam-se instantâneamente,esse cara é louco

– juro que se fizer isso eu não caso contigo!

– o que você tanto faz aí? Eu estou curioso, quer dizer, preocupado. Ahh eu já te vi nua,já fiz barbaridades piores e não quer abrir a porta pra mim. Vish, – ele gargalha e isso estava me tirando do sério.

Depois tudo ficou silencioso.
Eu rezo para que ele não arrombe a porta.
Seria demais. Quer dizer, noivos tem privacidade sim. Não tem?
Digo isto enquanto tiro o vestido de meu corpo e volto à guarda-lo.

Quando pego na maçaneta Judson entra à correr como se estivesse na primeira tentativa de arrombar a porta e cai na cama.

– você é demais. - olho para ele entediada que olha para mim e tira um sorriso.

Ele me abraça e de seguida me dá um beijo na testa. E eu admiro o quão eu mudei. Quer dizer. Aquilo era clichê pra caralho.

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Eu não sei se devo uma explicação, mas ok. Eu desapareci e a história parecia que nunca mais terminaria. Estou a dar o meu máximo para terminar esta obra, apesar dos diversos factores pessoais que têm me atordoado.
Espero que compreendam.

Minha filha precisa de um marido #Máfia McrossWhere stories live. Discover now