07. No Papo

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Já fazia quinze dias desde que havia acontecido a corrida, e era tempo que tanto o EXO quanto o Astro não conseguiram encontrar quaisquer rastros envolvendo as gangues ou até mesmo quem era a líder por trás delas

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Já fazia quinze dias desde que havia acontecido a corrida, e era tempo que tanto o EXO quanto o Astro não conseguiram encontrar quaisquer rastros envolvendo as gangues ou até mesmo quem era a líder por trás delas.

Era como se tivessem virado fumaça.

– Rocky, me diz que você conseguiu rastrear algum sinal de vida – Kai falou olhando para o monitor com uma expressão cansada, já estava a oito horas naquela posição sem conseguir qualquer resultado.

– Infelizmente não, tinha algo que parecia ser a localização do Mamamoo ou do Blackpink mas era informação falsa.

– Não entendo como elas somem assim – MJ disse teclando algo compulsivamente – Monitorei as câmeras de várias ruas, avenidas e até vielas só que não consigo encontrar nada. Nem invadindo o sistema da prefeitura eu consegui achar alguma coisa.

– Aish! – Suho reclamou em voz alta – Não é minimamente possível.

– Eerr com licença – Irene bateu na porta que estava aberta – O senhor Soo Man está pedindo uma reunião com você Suho, ele disse que quer saber detalhes do procedimento.

– Era só o que faltava agora, falar detalhes de algo que não tenho – reclamou o líder – Tudo bem, diga a ele que irei logo Irene, obrigado.

– Certo.

•••×•••

– Olha, ele já está na reunião e todos estão tensos, tem certeza que precisa atacar um deles hoje K?

– Não posso deixá-los desse jeito, não se preocupe que será apenas um sustinho. Tudo está de acordo com o plano e em breve darei a jogada final.

– Então, vai realmente fazer isso?

– É necessário. Preciso ir para dar a ordem, lembre-se de se manter discreta Irene e cumprir sua parte do acordo.

– Claro, não falharei.

•••×•••

– Alô? – Sehun perguntou atendendo o telefone.

– Hã...Sehun?

– Ra In?

– Eu mesma, se lembra de mim não é mesmo?

– Claro, lembro sim.

– Eu queria te convidar pra tomar um sorvete, se não for te atrapalhar.

– Tudo bem, já estava saindo para o almoço mesmo. Que tal eu te pagar aquela refeição que estou te devendo?

– Ainda lembra disso?

– Lógico, então, onde posso te encontrar?

– Vamos nos encontrar em frente a lanchonete Ko Ko Bop? Estou nas proximidades, isso é, se não for fora do seu caminho.

– Te encontro lá então.

O rapaz desligou o celular e percebeu que todos os seus companheiros de equipe prestavam atenção na sua conversa.

– Vai sair no meio do expediente pra namorar? É isso mesmo que ouvi? – perguntou Baekhyun.

– Só vou sair pra almoçar.

– Me leve junto, quero conhecer essa sua amiga – Baekhyun disse com um sorriso malicioso fazendo Sehun revirar os olhos.

– Olha, só estou indo para pagar uma dívida que estou com ela ok? Nada mais do que isso.

– Sei.

– Deixa ele ir Baekhyun, daqui a pouco vamos pensar que está com ciúmes – brincou Lay.

– Vou indo, qualquer coisa me liguem.

•••×•••

Ra In teclava no celular até notar que a cadeira a sua frente foi puxada e alguém havia se sentado na mesma. Ao levantar os olhos, foi recepcionada com um sorriso tímido de Sehun.

– Desculpe a demora.

– Não tem problema – falou bloqueando o celular e guardando o aparelho na bolsa – Cheguei a pouco tempo, não fiquei esperando muito no final das contas.

– Vamos pedir então?

A conversa enquanto faziam a refeição fluia entre sorrisos e piadas, Sehun ficava fascinado pelo modo como Ra In dava risada facilmente de algumas coisas que havia passado na vida.

– Você trabalha com o que? – perguntou a moça dando o gole final no suco.

– Uma espécie de loja de departamentos.

– Posso te chamar de Big Boss então? – perguntou fazendo referência a um drama – Pena que não sou médica.

– Eu não sou o Big Boss, esse é o Suho que é líder, sou apenas...eu.

– Garanto que ser apenas você não é tão ruim – flertou a moça o deixando sem graça.

– Meu trabalho não é fácil, só não é tão solitário porque tenho o Vivi.

– Acho estranho você não namorar, anda fugindo muito de encontros às cegas?

– Só não tenho muita vontade de ir neles, sou do tipo que deixo fluir naturalmente se houver interesse.

– E qual a primeira ou segunda coisa que faz se tiver interesse?

– Pago um almoço.

Dessa vez foi a vez de Ra In ficar sem graça.

– Eerrr...acho melhor irmos, não vou querer te atrapalhar na sua loja de departamentos.

O rapaz pagou a refeição e quando os dois estavam saindo da lanchonete, Ra In viu um brilho de longe em cima de um prédio e ao forçar um pouco a vista para ver o que era, se deparou com uma moça com roupas que pareciam uma fantasia de guerreira com um arco e flecha apontando para a direção onde estavam, arregalou os olhos.

– Sehun cuidado!

Puxando o rapaz em direção a parede, uma flecha acertou bem aonde o mesmo estava segundos atrás sendo seguida, de um objeto prateado. Sehun os olhou e reparou que o pequeno prateado era um bisturi. A flecha na ponta, parecia disparar várias descargas elétricas.

– Mas o que? De onde veio isso?

– Vi algo brilhando daquele prédio ali – apontou Ra In para o local – O que é isso?

– Vou descobrir.

Sehun pegou o celular do bolso e mandou mensagem sobre o que havia acabado de acontecer, Kai respondeu de imediato dizendo que já estavam a caminho.

– Desculpe acabar nosso encontro assim, mas preciso que vá para algum lugar seguro.

– E você?

– Tenho trabalho a cumprir – falou apontando para a flecha e o bisturi cravados na parede.

Antes que fosse embora, Ra In selou os lábios rapidamente nos do rapaz.

– Tenha cuidado.

Sehun estava paralisando com a mão na boca enquanto observava a moça sumir pelas ruas.

•••×•••

– Irene?

– Diga.

– Ele está no papo.

– Isso é ótimo. Preciso ir.

– Tchau.

Lee Ra In sorriu satisfeita consigo mesma e voltou sua caminhada tranquilamente pelas ruas cantarolando uma música.

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