Investigação Secreta · 11

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Assim que amanheceu solicitei ajuda dá ama para me arrumar. Decidir não poupar esforços e iniciar minha investigação de antemão. ⠀
— Ama, está tudo bem?
— Está sim milady. ⠀
— Sentir sua falta ontem.
— Eu sinto muito, mas sua mãe deu folga para todos nós ontem a noite.
— Algo raro, você sabe o motivo dela ter feito isso?
— Não éramos necessários, vocês chegariam tarde e alimentados. ⠀
— Pensando bem, é verdade.
— Vai usar este vestido? – ama aponta para um vestido elegante ⠀⠀
— Não precisa, quero algo simples para ir a feira.
— Feira? A charrete já está pronta para levar você ao funeral.
— Funeral?
— Você é a noiva do rei, sua presença é indispensável. ⠀
— Mas ninguém me informou isso. Estou cansada de ver as pessoas dizendo que sou a noiva do Conrado. Eu nem respondir ao pedido dele, será que minha opinião não importa?
— Sinto muito milady, mas a mãe me encarregou de sair do seu lado só após te colocar na charrete.
— E onde ela está?
— Sei tão pouco quanto você.
— Isso está tudo muito estranho. Apartir de hoje quero que fiquei de olho nos meus pais. ⠀
— Não posso investiga-los.
— Qualquer cidadão que nota algo que pode colocar a vida do rei em risco tem o dever de colaborar com a investigação.
— Como pode desconfiar dos seus pais?
— Eu quero muito não desconfiar deles, esse esforço vai provar se eles são inocentes ou não.
— Cata, isso pode colocar minha vida risco também.
— Eu vou te protejer.
— Nem o rei achou quem o protegesse.
— Meus pais jamais machucaria alguém.
— Sendo assim essa investigação é sem sentido.
— Só pessoa que me ajude e confie em mim.
— Eu farei isso porque desde que me tornei sua ama renunciei a minha própria vida para te servir.
— Não fale besteira, você não vai morrer.
— Mas se eu morrer saiba que morreria feliz. – a abraçei

A ama cuidava de mim de uma maneira que nem meus pais cuidaria. Por ela e vários servos amorosos valeria a pena me tornar uma rainha. Eles merecem alguém que lute por eles.

Sem relutar entrei na charrete a caminho do funeral. Muitas pessoas abriram espaço para eu passar em direção ao Conrado.
— Acredito que não era sua intenção estar presente ao funeral. – disse ele após notar minha expressão desanimada
— Estou em um funeral, espera que eu estivesse sorrindo? – sem querer o machuquei
— Eu entendo que esses eventos não seja do seu agrado, logo estará livre para fazer o que quiser.
— Só tenho que ficar atrás de você dando apoio moral enquanto fala não é isso?
— Geralmente sim.
— O que quer dizer com geralmente? – pergunto intrigrada
— Não é porque as coisas ocorreram assim no passado que precisamos fazer igual agora. Conheço você Catalina, sei que odiaria isso. ⠀
— O que está sugerindo?
— Que me acompanhe ao meu lado, e nós dois havemos de falar com o nosso povo. ⠀⠀
— O que falaria?
— Sei que é uma mulher criativa, sei que quer compartilhar essa dor com o seu povo é o momento é esse.
— Isso não te causaria problemas? As pessoas vão nos fazer perguntas.
— Não quer dizer que temos que responder a todas.
— Conrado, eu ainda nem respondir ao seu pedido e todos inclusive você já me tem como sua noiva. – sussurrei surpresa
— Eu sei, não posso negar que tenho amado estar em sua companhia. É muito bom ter um rosto amigo ao meu lado. Mas não posso continuar fazendo isso com você. Se não quer ser a minha esposa sugiro que acabe com essa agonia que estamos sentindo logo.
— Está dizendo que você me deixaria ir?
— Jamais te forçaria a nada Cata, ainda lembro do que sentíamos quando jovem, eu te amo e seria um babaca de te forçasse a algo.
— Eu não sei o que dizer.
— Apenas me diz se você pode ficar ao meu lado. ⠀
— Não posso abandonar um amigo quando as coisas ficam difícil. ⠀⠀
— Está dizendo que você aceita?
— Sim. – sorrir suavemente – Sugiro que você tenha um anel, senão seria muito estranho para as pessoas me ver ao seu lado sem um.
— Claro que sim, esse anel estará na mão certa. Me permita que eu o coloque. – Conrado pôs o anel
— É lindo. – admiro o anel que julgo ser familiar
— Era da antiga Rainha, o rei Jaime me presenteou na noite do falecimento ao dizer que aprovava a nós dois como líderes dá nossa nação.
— Lembro de ter visto esse anel nos livros, nunca tive algo tão valioso. Cuidarei bem dele.
— E eu de você. Está pronta? ⠀
— Sim. – sorrir alegremente

Quem matou o Rei?Onde histórias criam vida. Descubra agora