- Precisava sim, você merece o mundo – subiu as mãos para o meu rosto arrumando o meu cabelo – Eu amo você e eu quero te recompensar por ter me apoiado esses dias.

- Eu sou seu namorado, eu vou sempre te apoiar, não precisa me recompensar por isso.

- Você pode por favor me deixar mimar o meu namorado? – murmurou me dando um beijo rápido.

- Sim, mas se você fizer isso eu vou ter que mimar você de volta – cambaleamos juntos até a cama, caindo com ele por cima de mim.

Passamos muito tempo ali, nos beijando, trocando carinho até partimos para a próxima etapa.

Sexo lento e preguiçoso. Era calmo, era gostoso, era amor.

Não brigamos uma sequer vez aquela noite. Essa é uma memória clara que eu tenho daqueles dias porquê foi um dos poucos em que estávamos bem e livre e qualquer coisa que pudesse estragar o momento.

Nos sentamos na varanda e ficamos ali em silêncio, apreciando a companhia um do outro. Nossos dedos entrelaçados e os sorrisos bobos trocados frequentemente.

Foi o fim de uma sexta-feira maravilhosa, que deu início a uma manhã de sábado melhor ainda. Me lembro de ter acordado com ele deitado em cima de mim, me encarando com a cabeça deitada em meu peito, o cheiro dele estava por todo o quarto, o mesmo cheiro que eu ainda sinto na minha casa.

Ele sorriu fraco se levantando, sem dizer uma palavra sequer, o cabelo comprido inteiramente bagunçado caindo sobre seus olhos, estava lindo. Taehyung se encaixou entre as minhas pernas, fazendo uma trilha de beijos pelo meu abdômen até lá embaixo.

Sexo oral pela manhã não era algo que fazíamos com frequência, mas quando fazíamos era simplesmente incrível. Era o melhor bom dia que eu poderia receber e o melhor que eu poderia dar.

Saímos da cama minutos depois, Taehyung me ajudou a fazer o nosso café, mesmo ele sendo péssimo cozinheiro, ainda sim, era bom tê-lo do meu lado agindo da forma desastrada que só ele conseguia.

Taehyung me rodeou com suas coisas, tudo constantemente me lembra dele e isso é irritantemente doloroso.

Eu tô cansado de dizer que sinto falta dele, mas isso me consome mais e mais todos os dias e parece que fica mais forte e doloroso a cada dia, uma dor horrível. Me sinto tão vazio, tão... quebrado.

Só queria que isso passasse de uma vez, que não doesse tanto.

Me sinto fraco sempre que penso nele, porque eu sei que não devo fazê-lo se quisesse superar, mas eu nunca quis supera-lo eu o queria de volta e isso me torna ainda mais fraco.

Naquele dia ele me pediu para cortar o cabelo dele porque estava cobrindo os olhos, nos sentamos na varanda e ele simplesmente confiou em mim para fazer aquilo. Por mais que eu não tivesse noção alguma do que eu estava fazendo havia ficado bom, e nos rendeu boas risadas.

Nossas risadas. Ele me fazia rir com muita facilidade, como um bobão apaixonado.

Mas como eu disse, nós brigávamos por qualquer coisinha e naquele sábado uma discussãozinha se transformou em uma longa briga cheia de gritos. Eu sequer me lembro do motivo de tudo aquilo ter começado, mas acabou com nós dois em silêncio na sala, esperando o outro ceder.

Naquele meio tempo em que ficamos em silêncio nos ignorando, tive a chance de pensar em nós e em como eu estava cansado das nossas brigas cotidianas, eu desejei pela primeira vez dar um tempo naquilo, em nós, mas a ideia sumiu da minha mente tão rápido quanto apareceu assim que eu o peguei me encarando no sofá ao lado.

Eu precisava sim de um tempo pra mim, da mesma forma como ele também precisava de um tempo pra ele, toda aquela confusão e estresse estava acabando com a gente e nós simplesmente deixamos.

Ele veio até mim e se sentou ao meu lado, me abraçou e sussurrou suas desculpas no meu ouvido. Eu o peguei pra mim e foi a minha vez de pedir desculpas.

Fizemos sexo no sofá, sexo de reconciliação, um jeito fácil de resolver as coisas.

Transamos muito naquele fim de semana, descontar a raiva em uma ou duas fodas ajuda a recomeçar a rotina cansativa e estressante outra vez, sabe?

Isso funcionou por um tempo, até se tornar algo repetitivo e começarmos a perder a vontade. Perdemos a nossa química. Perdemos tudo.

Estávamos nos tornando o tipo de casal que não se suporta. Eu sabia que era uma questão de tempo até tudo acabar.

Eu sabia sim, só não queria aceitar.

Nós tínhamos planos para o nosso futuro, nossa vida juntos, quando o pai dele terminasse o tratamento nós planejávamos morar juntos, perto da praia. Sem filhos, pelo menos não por um tempo, eu nunca me imaginei criando uma criança, mas Taehyung queria várias, e de alguma forma pensar nele segurando uma criança me deixava feliz, eu queria aquilo tanto quanto ele, uma família.

Teríamos filhos e levaríamos eles para brincar na praia, Taehyung leria histórias para eles à noite e eu os levaria para a escola pela manhã. Ele com toda certeza seria o pai legal e eu seria o responsável.

Mas todos esses planos foram em vão, não teríamos nossa casa e muito menos nossa família porque estragamos isso.

Queria poder voltar atrás e consertar tudo, mas sofrer por algo que não pode ser mudado não vale a pena, na verdade machuca e muito.

Passei tempo demais me machucando com nosso passado juntos, não consegui evitar, não se pode simplesmente ignorar um relacionamento de quase quatro anos.

Ele sempre vai ser muito importante para mim, não importa o que aconteça isso nunca vai mudar.

É a nossa história.

O nosso romance clichê.

×

alan's voice: a velho que saco cara

alan's voice: a velho que saco cara

¡Ay! Esta imagen no sigue nuestras pautas de contenido. Para continuar la publicación, intente quitarla o subir otra.
HAPPIER | VhopeDonde viven las historias. Descúbrelo ahora