Belfast, seu idiota!

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- Eu tinha certeza que você não valia nada, sua estranha! - Rubi disse quando viu aquela mulher de nariz enorme e vestido preto com detalhes cor de vinho entrando naquele ambiente escuro e gelado. Rubi tentara sair dali algumas vezes, mas a pancada que levara na cabeça estava sangrando muito e a deixando tão confusa que não conseguia se concentrar para usar seus poderes. Mas, o pior é que Bennu tinha desaparecido e ela não sentia mais a energia da ave. Se ela tiver feito algo com minha Bennu vou arrancar esse nariz ridículo dela numa dentada.

- Você tem uma língua bem afiada pra quem estôá amarrada de ponta cabeça com seus poderes bloqueados. - Neuf disse com um sorrisinho cínico.

- Bloqueados? Então é por isso que não consigo usar meus poderes, e não pela pancada na cabeça. Apesar de que pensar nessa posição é tenso. Como um ser inútil que nem você conseguiria bloquear meus poderes?

- Segredinho, fofa. - Neuf disse piscando e apertando a bochecha de Rubi que prontamente deu uma dentada na mão dela fazendo sua mão sangrar. - Sua desgraçada. - Neuf deu um tapa na cara da princesa de Sunna que ressou pela sala. O anel triangular de Neuf bateu no lábio inferior da princesa cortando-o.

Rubi cuspiu o sangue na cara da rainha de Ovembeo fazendo ela ficar vermelha de raiva.

- Calma, querida. Deixa um pouco pra mim. - Um com um manto e capuz escuro entrou na sala olhando divertido para o estado da princesa de Sunna.

Neuf se afastou tentando respirar fundo e se acalmar. - Preciso ir para o reino daquela idiota. Em breve vamos inaugurar a cúpula e não podemos nos descuidar do plano. A outra ridícula nervosinha já está perto.

Nervosinha? Pelas nove luas! Eles estão armando pra Salie! Rubi pensou angustiada. Mas não era só isso... Algo naquela figura parecia estranhamente familiar....

- Vá e deixe que cuido das nossas visitinhas. - Ele disse e Neuf saiu antes que perdesse o controle de vez e matasse a princesa de Sunna, o que não era uma boa ideia já que não sabia se ela continuaria morta.

- Então, eu não costumo ficar a sós com homens que não conheço. Precisa de um jantarzinho, um romance, antes, sabe... - Rubi disse enquanto o homem fechava a porta pesada. Quando eles se virou e puxou o capuz para traz Rubi quase engasgou com o próprio sangue em sua boca. - Kobalos! Isso é impossível! Você não pode estar vivo depois de tantos séculos!

- Ora, ora, alteza. É uma honra ver que sou lembrado. Mas, advinha... Eu também me lembro muito bem do que sua avózinha fez comigo. - Ele disse e Rubi sentiu o perigo nos olhos cor de vinho daquele homem.

Durante horas, Rubi já não fazia de quanto tempo se passara, Kobalos usou ela como saco de pancadas pendurado no teto de ponta cabeça a cerca de dois metros de altura. A intensidade dos golpes era tamanha que ele estava completamente molhado de suor quando decidiu dar uma pausa. Ele soltou a corda que prendia Rubi no teto fazendo ela cair bruscamente no chão de pedra que mais parecia gelo puro. Antes de sair Kobalos apertou um botão na parede e um som horrível que pareciam gritos estridentes e agudos saíram dos cantos do cômodo. Aquele barulho entrava nos ouvidos como se fossem facas e Rubi se encolheu tentando abafar o som com as mãos. Um tempo que ela não sabia dizer quanto havia passado e Kobalos voltou, desligou aquele barulho infernal e recomeçou a sessão de pancadas, ofensas e cortes com uma adaga que lembrava muito as adagas que Salander usava às vezes. Novamente ele saiu deixando o barulho insuportável como companhia pra ela. Quando o barulho cessou dessa vez foi Neuf quem entrou acompanhada por alguns soldados de Ovembeo que amarraram Rubi novamente de ponta cabeça. Quando os soldados saíram, ela disse qualquer coisa que Rubi não ouviu por causa das dores intensasas, puxou o colar que se revelou sendo um chicote disfarçado, molhou ele numa poça que havia no chão e desferiu golpes com toda a força que tinha nas costas de Rubi até que ela perdeu a consciência.

A Guerra de Corona - IOnde as histórias ganham vida. Descobre agora