Capítulo 11 - 5 - A Assistente (Fogo)

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Bia - Manhattan, New York

Não teve seu e-mail com "O que eu preciso hoje" nessa manhã, sem pedidos de última hora para café, novos lançamentos de romances ou café da manhã. 

Enquanto eu ia para o escritório uma hora antes como ele solicitou, percebi que seu Jaguar não estava na vaga designada para ele. Um pouco aliviada, eu peguei o elevador para meu andar e destranquei meu escritório, insegura se eu devia começar a organizar minhas coisas para uma futura demissão ou não.

Quando ele decidir abordar assunto do e-mail, eu sabia que teria que escolher entre três opções quando responder: 

Plano A: Negar. Negar. Negar. 

Plano B: Negar mais. Negar mais. Negar mais. 

Plano C: Engolir meu orgulho, admitir que estava errada e torcer que ele não me demita porque eu ainda não recebi uma oferta oficial de trabalho de qualquer lugar ainda. 

Tinha que ser o Plano A... 

Quando eu estava prestes a me sentar, o telefone da minha mesa tocou e no visor apareceu o número do seu escritório. Respirando fundo, eu peguei o telefone. 

— Sim, Sr. Gutiérrez? 

— Venha ao meu escritório. - Ele desligou sem mais uma palavra, me deixando confusa.

Eu guardei minha bolsa na gaveta e fui, batendo três vezes até seu familiar "Sim?" me saudando e fazendo abrir a porta. 

Ele estava sentando na cadeira de costas para mim. Ao som dos meus saltos no chão, ele lentamente se virou, seus olhos profundo encontrando os meus. 

O terno de hoje era um que eu nunca tinha visto, um cinza escuro que complementa perfeitamente seu novo relógio prateado no pulso. O relógio que ele recentemente me fez ficar de pé na fila para pegar. 

— Sente-se. - Ele indica para eu sentar em frente sua mesa. Eu sentei e ele pegou seu café tomando um longo gole.

— Sabe, Srta. Urquiza, - Ele enfatiza cada sílaba do meu nome. — Eu honestamente pensei que você e eu estávamos em melhores termos, especialmente depois de trabalhar juntos por mais de um ano. Mas parece que eu estava claramente equivocado. 

Eu parecia estava que esperando por algum tipo de explicação com relação ao meu e-mail, e eu ainda não tinha certeza se eu queria ir com o Plano A, B ou C. Como se ele sentisse que eu estava pesando minhas opções, seus lábios curvaram num sorriso desagradável.

Eu tentei desviar meu olhar, mesmo que por um segundo, mas não podia de forma nenhuma olhar para longe.

— Você vai dizer alguma coisa? - Ele perguntou. — Ou você vai continuar sentada aí como se você não tivesse ideia sobre o que estou falando? 

— Isso é sobre eu ter saído cedo ontem? - Eu decido pelo Plano A. — Eu estava me sentindo um pouco doente, isso é tudo. 

— Isso é sobre um particularmente impróprio e-mail onde você faz menção de eu foder você.

Minhas bochechas estavam pegando fogo e eu sabia que ele não iria me deixar evitar isso de forma nenhuma. 

— Me desculpe, - Comecei. As palavras correndo para fora. — Eu não tinha ideia de que acidentalmente... 

— Isso também é sobre... - Ele disse, me cortando enquanto levantava a mão. — A possibilidade de eu precisar ir até os Recursos Humanos e preencher uma reclamação. Uma reclamação de assédio sexual. 

O quê? 

Levantando lentamente, ele caminhou na frente da sua mesa, me mantendo imóvel com seu olhar zangado, me deixando molhada com cada lambida que dava em seus lábios.

— Assédio sexual é uma ofensa muito séria aqui na Quemola's Publicidade, Srta. Urquiza. - Ele me olhou de cima a baixo. — Eu já demiti pessoas por flagrantes delitos muito mais leves, e eu tecnicamente deveria estar fazendo a mesma coisa com você agora mesmo, como só seria mais que justo. - Ele não me deixou ter a palavra. — Especialmente porque eu não acho que compreenda completamente o porquê o que você fez foi tão ofensivo.

— Eu sei... - Minha voz era um suspiro.

— Oh, é mesmo? - Ele levantou a sobrancelha. — Você pode imaginar se eu acidentalmente mandasse um e-mail similar para alguém sobre você, do mesmo jeito que você fez comigo? 

Eu não respondi. 

— Deixe-me colocar em perspectiva para você. - Ele inclinou-se para frente, tão perto que seus joelhos estavam tocando os meus. — Se eu enviasse um e-mail para você, acidentalmente, e dissesse que eu queria que você sentasse sua buceta no meu rosto desde o dia em que começou a trabalhar aqui... Ou que eu quis curvar sua bunda enorme sobre minha própria mesa e foder você até você me implorar para parar, todas as vezes que você usava um tom específico de vestido, você não acha que eu precisaria ser repreendido de alguma forma? 

Eu estava sem palavras para suas palavras, e eu não tinha certeza se ele estava simplesmente dando um exemplo ou se ele realmente pensou em mim como pensei nele. 

— Me responda, Beatriz. - O jeito que meu nome saiu dos seus lábios me fez puxar uma respiração. — Você não acha que haveria um tumulto com graves consequências? 

— Talvez. 

— Talvez? Não, definitivamente. - Ele ajustou a gravata. — Na verdade, haveria tanto tumulto que eu acho que o Departamento de TI seria forçado a olhar todos os e-mails que você já mandou de qualquer dispositivo da empresa, já que nada enviado pelo servidor da empresa é apagado definitivamente. Na verdade, eles provavelmente têm que investigar e ver se foi uma ofensa isolada ou um padrão particularmente interessante... 

Eu senti meu queixo caindo e me esforcei para manter meus lábios juntos.

— Quer dizer, - Ele disse, parecendo um pouco sério. — Dependendo do que eles encontrarem, eles teriam que pessoalmente me encaminhar e avaliar os danos. E se a pessoa que eu estava falando sobre 'foder' nos meus e-mails quisesse, tenho certeza que ela poderia fazer minha vida infeliz.  

Silêncio.

Ele pegou uma pasta da sua mesa e lentamente colocou no meu colo, de alguma forma conseguindo me deixar mais ligada (excitada) sem nem sequer me tocar. 

— Trezentos e Sessenta e Sete e-mails entre você e sua melhor amiga barra irmã Helena.  

É isso? 

— Isso é somente esse mês. - Sua voz estava cortada. — Eu não tive tempo para ler mais do que alguns deles, mas estou supondo que não vamos ver mais desses em nosso servidor. Ou vamos? 

— Não. - Eu balancei minha cabeça. 

— Bom. Eu mandei deletar todos permanentemente. De nada. - Ele ficou de pé e olhou no relógio. — Aqueles arquivos do Roberto são necessários antes da nossa reunião matinal com Lockwood. - Ele caminhou até a porta e segurou ela aberta, esperando para eu sair. 

Evitando seu olhar, me levantei e me dirigi ao corredor. 

— Oh, e uma última coisa, Srta Urquiza. - Ele chamou, me fazendo olhar sobre meu ombro. 

— Sim.

— Para constar, por seu e-mail com o assunto, 'Eu gostaria de saber se ele come buceta'... - ele me olhou de cima a baixo. — Eu como buceta sim, e se eu fosse comer a sua... se esse pensamento já tivesse sido sujo o suficiente para passar na minha cabeça, e certas circunstancias fosse diferente entre nós, você não seria capaz de andar por dias depois que eu terminasse com você...

Naughty Boss  Where stories live. Discover now