My Sweet Queen

II

"Você pode ser minha rainha?"

•✼•

— Regina, está na hora da sua aula de etiqueta. — Cora Mills diz firmemente, adentrando no quarto da morena, que ainda dormia, e ao ver aquilo, arregalou os olhos e fez uma expressão incrédula. — REGINA MILLS.

Regina se senta na cama rapidamente e esfrega os olhos, fazendo uma careta quando sua visão é embaçada pela nova luz adentrando no quarto, que era Cora abrindo as grandes cortinas.

— Não acredito que são oito e quinze da manhã e você ainda dorme! — Ela diz após abrir a janela, parando nos pés da cama da filha, observando uma Regina sonolenta tentando se levantar. — Aliás, onde você foi parar ontem? Eu só não me preocupei porque foi um ato de pura rebeldia, mas não faça novamente! Espero que saiba dos seus compromissos hoje e não fuja de nenhum deles.

Regina apenas escutava, entrando em seu banheiro e ligando a água da banheira. Escutava sua mãe ditar cada uma das coisas que iria fazer. Que Regina iria fazer. E ela ja estava acostumada, mas quando escuta Cora falar sobre o café da tarde, ela rapidamente sai do banheiro.

— Teremos uma visita! — A mais nova diz, interrompendo a mãe, que a olha brava. — Desculpe. — Ela diz sincera, respira fundo e volta a falar calmamente. — Teremos uma visita para o café da tarde, mamãe. — Cora a olha e a incentiva para que continue, e assim ela faz. — O nome dela é Emma Swan e ela é filha de Mary Margaret e de David Nolan. — Os olhos de Cora Mills brilham após a última frase, ela abre um sorriso curioso.

— Quando a conheceu?

— Ontem. — Ela precisava pensar em um lugar para mentir, não poderia dizer que a conheceu no meio da floresta! Pensa, Regina, pensa! — Nos conhecemos na cidade. — Bingo! — Aquela hora que sai, eu fui pra lá, apenas para ver algumas pessoas e esfriar a cabeça. — Ela vê Cora Mills fazer uma expressão de desgosto, e se ela pudesse, teria revirado os olhos. — Então eu a conheci na praça enquanto conversava com o Gri.... Sr. Hopper. — Ela se corrige, dando um pequeno sorriso sem mostrar os dentes ao se lembrar do apelido que dera ao homem.

— Então, ela virá tomar chá conosco? — Regina assente com a cabeça e em seguida volta para o banheiro, desligando a água, a banheira estava no ponto certo. — Ótimo. — Ela escuta a mãe dizer do lado de fora e então nota que ela estava andando. - Não demore! Fiona está te esperando. E sobre ontem...

— Não quero conversar sobre esse assunto. — Regina diz rudemente, saindo novamente do banheiro, mas parando à porta. — Mãe, eu tenho 17 anos. — Cora fica em silêncio e não diz nada, apenas sai do quarto. Regina sabia que ela voltaria a conversar sobre aquilo, mas ela iria tentar evitar o máximo possível.

Já estava machucada demais.
Após alguns minutos, a morena tira sua roupa por completo e adentra na banheira, sentindo seus pelos se arrepiarem pela boa sensação da água quentinha em contato com a sua pele. Ela suspira e se deita na banheira, querendo ficar ali por umas duas horas, se pudesse. Ela fecha os olhos e então começa a pensar em Emma.
Elas se aproximariam mais? E se ela se tornasse uma grande amiga? Regina estava precisando disso, com toda certeza.
Apesar de ter quase 18 anos, Regina nunca fizera grandes amizades ou vivera algum grande amor, exceto por Daniel, um garoto que lhe ensinou a cavalgar, fora um rapaz ao qual ela vivia suspirando pelos cantos, mas logo, logo aquilo perdeu a magia e então ela voltou a sua vida monótona. Ela precisava de um toque a mais, de algo novo e ter conhecido Emma fez parecer que finalmente ela teria isso.
E ela mal podia imaginar tudo que ela e Emma ainda viveriam.