Forgive-me

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RESIDÊNCIA  DOS O'BRIEN, MIAMI, CALIFÓRNIA 03:12

Lunna estava vestida, e Alec estranhou quando saiu do banho. Lunna pronta para ir embora as 3 da manhã? Não  era seu feitio.
Ela estava apoiada na varanda dele logo depois que a chuva tinha parado. Estava  refrescante ficar ali.  Alec a abraçou  por trás  por  alguns segundos logo após  por um moletom e uma blusa de malha fina e lhe deixou um beijo  no pescoço. Oque apenas fez Lunna se doer por dentro pensando  no bebê  deles.
-Não consigo fazer isso-Sussurra baixo já  querendo chorar. Sentia que a carga em cima dela era enorme
-Fazer oque minha  vida?-Questiona baixo encarando a Lua junto a ela
-Eu e você... não  consigo fazer isto-Dispara e ele a encara confusa
-nos?-Arqueia a sobrancelha-podemos dar um tempo se quiser... ou mudar a forma... estamos sempre abertos a sugestões-Sorri
-Não Alec... -Fala nervosa-Eu e você... nós  não  damos certo
-Oque você  ta falando? Óbvio  que damos certo-Sorri novamente  e parecia só  dificultar mais as coisas para Lunna
-Eu quero dar um tempo Alec...de você... por algum tempo, só o suficiente  para  mim decidir oque eu quero
  Alec sente que  ia gaguejar se falasse, então  apenas fica calado a olhando
-E..eu...-ele para e respira fundo-fiz algo que te chateou?
-Não, Alec não... você  não  fez...
-então porque precisa do tempo?
-Alec... é complicado
- Óbvio que não é...estamos bem Lunna... -Tenta a beijar, mas ela desvia. Então  respira fundo e tenta novamente
-Eu não  quero ficar com você  agora ok? Você  tem 22 anos Alec... e eu vou fazer recém 17...eu to na fase em que eu quero encher a cara e mandar todo mundo se foder... eu não  quero um relacionamento sério...
-Oque? Você  odeia essas coisas Lunna
-Eu odiava... mas agora-ela suspira-eu não  sei Alec, eu não  quero ficar aqui e simplesmente  estar aqui... eu quero mais. Você  quer sei lá, se formar e montar uma família, Você  mesmo me disse isso... e eu não quero isso agora Alec, Não  pensamos igual... você  se forma em menos de um ano Alec... e... eu não  quero atrapalhar a sua vida...
-Atrapalh... Lunna, Você  ta se escutando? Você  não  atrapalha a minha vida. Eu amo você  Winchester...e sei lá, podemos esperar mais uns anos para ter família droga... não  precisa morar comigo, ou sei lá... eu nem quero ser pai agora ok? Podemos esperar
  Aquilo faz o estomago de Lunna revirar
-Não podemos Alec... existem algumas coisas que não  podem ser adiadas... ou mudadas...-engasga com aquelas palavras-E eu prefiro ir embora e ter essas lembranças de você, a simplesmente perder as melhores lembranças  com uma muito ruim...
-Lunna, que lembrança  ruim? Não  temos lembranças  ruins... somos um casal ótimo... você  mesmo me disse isso na semana passada-Alec sentia os olhos marejando
-Para Alexander... que droga, para... eu não  quero mais ficar com você; eu vou focar em mim... pode aceitar isso? Você  e eu temos destinos diferentes ok?
-Me explica o porque disso, droga!-ele quase grita-Porque você  ta indo embora sem ao menos me dar a merda de um motivo!?
-Eu não  quero mais ficar com você  Alec!-Lunna retruca. Mas provavelmente doía  mais nela, do que nele-Eu não  quero!
-Oque?-olha pasmo-Estavamos planejando nosso futuro depois da formatura a dois dias!
-Para Alec-ela pede
-Porque? Estou mentindo Lunna?
-Está...
-Estou?-pede indignado-porra. Pensa nisso Lunna.
-Eu já  pensei
-amor...-Alec suspira
-Lunna...-Diz ela direta-Lunna... você  não  sabe metade das coisas que eu escondo de você  Alec... não  sou mais seu amor...
-Eu te amo
-e daí  Alec? Eu não  amo-diz ela. Surge um nó  na garganta de Alec. E provavelmente um maior ainda na de Lunna. Alec nunca foi frágil, nunca foi sentimental, mas naquele instante, estava chorando, sentia que estava longe com aquelas palavras ecoando na cabeça  dele, queria questionar ela, o porque havia mentido, mas parecia não  conseguir. As lágrimas  quentes pareciam queimar o rosto dele. E no fim, ele apenas se convenceu novamente que era um defeito de fábrica  que fazia tudo insuportável. Associa Lunna a mulher que o abandonou quando criança. E sentia que preferia passar por toda a agressão  de novo, sentir que ia morrer, e ter as costas abertas a  golpes, a ter que viver aquele momento. Estava fora de órbita.
Lunna por outro lado, Não  derramou uma lágrima, pôs  a mão  na barriga e fechou  os olhos respirando fundo. Pensando que seria muito pior se Alec  soubesse que ia ser pai, e daí  seria ela a chorar. Pega a mochila e põe  nas costas tentando não  chorar, pensando no bebê. Ela já  odiava aquele bebê. Não  queria ele.
  No fundo ela se recusava a admitir que não  queria ele. Que o odiava, pois era seu filho. Mas em alguns momentos, seu único  sentimento por ele era raiva. Isso passaria. Óbvio  que passaria. Em um ano Lunna amaria ele mais que a ela mesma, assim que tudo acalmasse, ela o amaria mais que tudo, e se culparia por um dia sentir algo além  de amor por ele.
Estava quase na saída do quarto quando ouviu a voz embargada, e com mais dor do que podia imaginar sussurrando para ela. A imagem de Alec abraçado  a sí  mesmo na tentativa de se proteger de algo que nem ele sabia oque era, talvez  quisesse se proteger de qualquer coisa de fora.
-Você disse que nunca iria embora-Ele soluça a encarando na porta
-E você  acreditou?-Lunna sussurra fraco sentindo a primeira  lágrima  escorrer
-Você é  a única pessoa que eu acredito...
  Mas Lunna saiu antes de responder.
  No fim, quando ela chaveou a porta e desceu as escadas, ele estava sentado no chão  do quarto querendo gritar, mal conseguindo respirar pela crise de pânico  que o consumia. Arranhando o próprio  corpo tentando  entender oque estava acontecendo, ou oque precisava fazer, mas tudo parecia confuso. Na droga da cama sentia o cheiro inebriante dela emanando das colchas, e em qualquer lugar; parecia  que ia cair. Estava impotente.
Da forma que conseguiu, Não  lembra como, ligou o chuveiro frio da forma que conseguia e em baixo da água, entre lágrimas  quentes, e gritos pela dor nas costas que causava  o frio, ele tapeia o celular que estava ao redor clicando na discagem rápida  diretamente para Matt
-Me ajuda-Ele pede assim que o amigo atende, entre soluços-Por favor, me ajuda...
-eu to indo para aí.