RESIDENCIA DOS CLARK-HOSPITAL PÚBLICO DE MIAMI, MIAMI, CALIFÓRNIA, 19:37 P.M
Matt estava no sofá conversando plenamente com a sogra que havia feito um chá para o mesmo. Mia estava tomando banho e a mãe havia deixado Matt dormir ali. Mia tinha uma segunda cama em baixo da sua que era de solteiro. Mas acreditava que Matt fosse dormir apertado com ela em cima. O frio era algo raro em Miami, a temperatura era sempre numa média de 23°/24° celsius. Mas o inverno estava começando a chegar de modo qual a temperatura local estava em 17 graus. E boa parte das pessoas estavam andando de casaco já.
Mia sai do quarto com os cabelos molhados se sentando ao lado de Matt que a abraça
-Olha, eu sei que sou a velha careta daqui... mas eu acho que devíamos pedir comida e assistir algo
-Isto na verdade é um programa bem atual-Comenta Matt-Não vejo porque de se achar velha
-Deixe ela terminar-Sugere Mia
-E assistirmos diário de uma paixão-Comenta sobre a comédia romântica dos anos 90 e Mia ri alto
-Agora ele entendeu-Diz Mia
-Eu gosto de diário de uma paixão...-Fala Matt-É sensível, e romântico... é fofo, eu gosto da idéia-Ele sorri para a sogra
-Está brincando certo?-Questiona Mia
-É sério, eu gosto.
- Diário de uma paixão é um porre, todo mundo sabe oque acontece no final desses filmes.
-E daí? Está é a parte boa-Retruca Matt se sentando em frente a ela
-Nunca, todo mundo sabe que ele corre atrás dela.
-Você não é todo mundo-Retruca a mãe
Matt ri dela
-Sua mãe escolhe o filme mas você escolhe a janta pode ser?-questiona Matt
-Pode-Suspira ela e ele sorri se aproximando e deixa um beijo em sua boca
-quero comer pizza
-Tudo bem, pedimos pizza-Anuncia por fim eleAlec estava trabalhando desde a manhã, nem havia ido até a aula. Estava extremamente cansado e a mãe o pressionava para que fosse para casa dormir. E ele recusava a fazer o mesmo.
Estavam andando pelos corredores conversando sobre o assunto junto a dois copos de café. A temperatura da cidade nunca abaixava mas uma pequena queda já fazia suas costas arderem e ele sentir vontade de chorar com dor. Alec estava tossindo e com o nariz levemente trancado. A alergia estava atacada e ele espirrando pelos cantos com um lenço de pano no bolso.
-Alec, vai para casa! Inferno!-a mãe para enquanto ele segue andando até perceber sua falta e virar a encarar. Era uma mulher não tão alta e de salto alto. Estava de saia e jaleco com alguns papéis na mão
-eu estou bem, não preciso ir para casa-Diz ele com a voz rouca
-Pelo anjo, eu cuido de você a minha vida toda Alexander, eu sei que não fica bem nesta época do ano. E sei também que não foi na aula de manhã para trabalhar porque não suporta a dor nas cicatrizes se ficar parado.
-Eu aguento mais algumas horas... juro que não vou ficar aqui depois da meia noite
-Não são nem oito horas e você chegou de manhã!
-É...-Ele tosse um pouco-Vou ficar nem mãe
Lunna estava entrando no hospital com a mochila nas costas e o jaleco que tinha usado na aula nas mãos. Ia esperar a mãe que saia mais cedo depois que saiu do Tropical. Sentia falta dos amigos e do tempo... mas estava focada nos estudos.
Também estava caminhando pelo corredor do hospital indo em direção ao bloco cirúrgico e sente uma pontinha de orgulho quando as pessoas encaram seu jaleco
-Hey, Lunna, me ajude aqui-Chama Caroline parada em meio ao corredor com Alec, Lunna a cumprimenta com um beijo no rosto e faz o mesmo com Alec
-Se eu puder ajudo, oque precisa?
-Alec não quer ir para casa... e está de plantão desde a manhã
-Está infringindo algumas leis do hospital não está? Residentes não podem fazer outro horário além de 12/36, certo?
-Perfeitamente certa, mas não sou residente, sou aluno, ainda não me formei, não existem regras para mim-Alec diz limpando o nariz novamente e funga.
-está meio... doente-Lunna encara ele calmamente
-O inverno não me faz muito bem-Comenta ele
-Eu imaginei... Alec se está doente, e cansado, deve ir para casa. Se suas costas doem voc...
Ela percebe que havia tocado um ponto que não devia ter tocado.
-Tudo bem-Alec diz-Ela sabe que vim com defeito de fábrica-Diz sobre Caroline
-Alec você não tem nenhum "defeito de fábrica" filho...-A mãe toma frente
-E você sabe muito bem disto-Lunna retruca-Você vai pegar suas coisas e ir para casa-Ela manda e Alec tosse mais. Ele nota alguns pingos de sangue no lenço que estava usando e tenta esconder o mais breve possível.
-Alec...-A mãe chama sua atenção preocupada
-Eu estou bem mãe...-Diz e leva a mão ao nariz sangrando-Eu vou ficar bem...-Sussurra começando a tossir.
Não é normal em hipótese alguma o nariz se alguém sangrar. Principalmente alguém com a imunidade tão baixa como a de Alec.
-Alec!-A mãe trava com a mão na boca vendo o filho cair de joelhos com o nariz sangrando. O sangue que estava na mão preenchia algumas tatuagens que ele tinha na mesma e se misturava com o café espalhado pelo chão todo. Ele estava sem ar e engasgado com o próprio sangue que provavelmente havia voltado pelas vias do nariz, ele cai deitado enquanto a mãe grita chorando e pedindo por ajuda. Lunna não tinha idéia de quem iria ajudar. Estava iniciando a segunda semana de aula, Inferno, não tinha como saber oque fazer numa situação daquelas. Então meio que faz as três coisas ao mesmo tempo
●Afastar Caroline
●Chamar ajuda
●E virar Alec de lado para que não se afogasse com o sangue que voltasse pelas vias aéreas
Caroline estava chorando nervosa. Era mãe; aquilo era expressamente compreensível
-Alec-Chama Lunna-Mantenha os olhos abertos-Diz para ele, ou para ela, não tinha certeza, porque estava prestes a desmaiar.
Alec estava fazendo uma taque cardia. Qual o sentido do coração dele estar fazendo uns 180 Bpm? Lunna não tinha idéia de por onde começar, sabia medicações para isto como; Propanolol ou atenolol. Mas não a primeira atitude. E tinha um único pensamento sobre isto.
O coração rápido de mais, ou lento de mais tinha o mesmo destino nos próximos minutos. Parar.
Ela o vira de barriga para cima usando o próprio jaleco para deixar a cabeça levantada
-Caroline, oque eu faço?-chama-Caroline?!-acaba por ser rude de mais, inferno, devia no mínimo saber como fazer aquilo. Já tinha visto a mãe acalmar taques com uma caneta Bic no pulso, mas também sabia que se fizesse aquilo de forma errada podia matar ele.
-Caroline!-Grita novamente e vê que alguns pacientes as encaravam apreensivos e outros saiam atrás de ajuda-Precisamos de um médico de verdade!-Ela bufa sabendo que não conseguiria ficar ali muito mais tempo e Caroline pela primeira vez reage correndo até o telefone de emergência que ligava para o PS
-É a diretora Caroline O'Brien, preciso de médicos no corredor sete em direção ao bloco cirúrgico-ela deixa algumas lágrimas escorrerem apreensiva-Uma parada cardíaca...-Finaliza-Precisamos de material para parada cardíaca.
Aquilo enfurecia Lunna mais ainda, ela parecia saber oque estava acontecendo mas não conseguia fazer algo. A palavra "inferno" se repete inúmeras vezes na sua cabeça e ela tenta não julgar Caroline. Alec ainda não tinha parado, se ela ajudasse isso poderia nem acontecer, porque se acontecesse com Lunna ali, seus conhecimentos de primeiros socorros não seriam suficientes
-Oque eu faço?-Grita para Caroline novamente querendo chorar, mas a mais velha engasga novamente.
Se Alec não estivesse tonto pela falta ar iria rir da mãe
Naquele momento Lunna tenta pensar sob pressão, mas não tinha idéia do que fazer, pensa sobre a mãe ali, deseja a mãe ali.
-Alec, se mantenha acordado-Ela implora, a partir do momento que ele fechasse os olhos, Lunna não sabia se ela ficaria de olhos abertos mais muito tempo também. A partir do momento que Alec desmaiasse ela ia junto.
-Alec, oque eu faço?-Questiona com um pingo de esperança que ele saiba oque fazer.
Alec tenta pegar a mão dela e ela leva até ele
-Oque eu faço?-Questiona e ele tenta puxar ar e falar. Mas não consegue-Alec-Sussurra e ele aperta a mão dela levando até seu pescoço-Oque isso significa? Inferno eu não sou médica Alec, você é-Ela choraminga encarando ele que acaba por soltar a mão dela por não conseguir manter a mão na dela-Oque ele quer dizer? Caroline, oque ele quer dizer?
Ela demora alguns segundos tentando associar oque Alec queria dizer.
-Massagem!-Diz rápido-Massagem na carotida... vai diminuir a pulsação, tem que pressionar e massagear em círculos...Você tem que...-Ela não consegue mais falar chorando-ajude meu filho...
Naquela altura Lunna já tinha uma idéia do que fazer. E faz durante uns 2 minutos. Sabia que a equipe demorava para se deslocar de uma andar para o outro com equipamento de emergência. Mas droga, era uma emergência! E Lunna não tinha nem capacidade, nem idade, nem tamanho para estar ali.
A roupa azul de bloco cirúrgico de Alec tinha sangue em alguns pontos, o nariz e a boca do mesmo também. Tinha café pelo chão inteiro com sangue e o lenço que Alec tinha passado no rosto antes de começar a ficar sem ar.
Ele consegue respirar melhor por um tempo com a massagem, mas não o suficiente para que fique bem.
Lunna sai de seu transe apenas quando escuta o movimento da equipe gritando para que todos saiam da frente. E vê a mãe empurrando os familiares curiosos
-Se afastem-Grita o médico que devia ter uns 70 anos. Ele acaba por engolir em seco vendo o filho de Caroline
-Lunna para trás-A mãe pede para Lunna que se afasta começando a chorar e Alec segura sua mão lhe deixando um olhar
-Obrigada-Sussurra para ela e acaba fechando os olhos e Elaine se ajoelha ao lado dele
-No três-Avisa para outro enfermeiro para por Alec na maca-1...2...3-eles o põem na maca e em segundos o médico está analisando o mesmo vendo se a pupila reage e se afasta
-Levem para uma sala e tirem a roupa... ele está parando...
ČTEŠ
Forgive-me
RomanceExistem algum momentos na nossa vida que pensamos se devíamos ou não ter feito algo, mas juntamente a isto, pensamos se teria dado certo se tivesse sido diferente. A menina mais nova que traçou o destino dali em diante, pensava sobre manter a...