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RESIDÊNCIA  DOS CLARK/OLIVER, MIAMI, CALIFÓRNIA, 21:08

Matt estava prestes a por toda a comida do dia anterior fora enquanto subia, para provavelmente  a pior decisão  de sua vida.
  Tinha lido a mensagem de Lunna pela manhã  quando Mia saía  de sua casa, e sabia que preferia  terminar com Mia antes de Lunna terminar com Alec.
Eles pareciam tão  bem... não  entendia porque Lunna ia acabar um relacionamento de quase um ano.
Ninguém  entenderia direito. Mas Matt sabia que preferia ficar sem a pessoa que amava, a ver Alec machucado e não  poder se dedicar inteiramente a ele. Ele precisaria de Alec. E do fundo do peito, Matt já  sabia que nunca seria genuinamente  feliz sem ter que interferir  isto por coisas como  aquelas. Lembrava das suas palavras para Mia no hospital. Parecia que cada vez  que Matt ficava feliz, Só  um pouquinho, Alec  ficava mal. E ele se importava mais com o mais novo do que com  ele mesmo
-Matt-Mia sorri antes de tentar o beijar, mas ele vira o rosto
-Posso entrar?-questiona
-Claro-Fala diminuindo o sorriso assim que ele entra
-Sua mãe  está?-Ele pede para Mia
-Foi no mercado... volta em algumas horas...-Diz calma. Sua confusão  era clara, e Matt, tentando não sentir aquele sentimento, focava na chuva fora de temporada do lado de fora.
-Precisamos conversar...-Ele fala
-Claro... quer sentar?-Mia questionou porém  Matt somente fez que não  com a cabeça
-eu...-Matt para sem saber se devia continuar
-Pode falar-Ela sorri o encorajando.
Era ali... precisava acabar-gritava uma vozinha na cabeça  dele
-Lembra nos primeiros meses de namoro... eu sai com o Alec...
-lembro sim...Você gravou Alec se tatuando-Ri baixo
-Eu fiquei com a minha ex naquela festa...-queimava sua boca o gosto amargo daquilo-Fazia umas duas semanas que a gente namorava... eu bebi... eu...-ele para a encarando.
  Mia estava confusa... pasma. Então  ele apenas prossegue
-Dormi com ela naquela noite...
-Matt-Mia fala após  algum tempo e passa a mão  pelos cabelos, e deixa um riso sem graça escapar-Ta tudo bem né? Faz mais de ano isso... já passou...-Começa falar
-Eu continuei-diz ele, não  devia ter continuado, mas parecia mais forte que ele- transei com ela outras vezes... na semana que voltamos da Itália
-Isso é  impossível... tava comigo-ela ri dele
-Não é  Mia...-Ele fala cerrando a mandíbula e ela apenas respira fundo caminhando de um lado para o outro passando a mão pelos cabelos
-Vamos superar-Ela sussurra para sí  mesma
  E neste ponto; Matt estava em modo automático
-Não vamos Mia...
-Oque?-ela o encara novamente
-Não vamos...-ele levanta o olhar-Eu não  superei
-O..oque?-ela segue o encarando que apenas respira fundo
-Eu não  amo você...-Gagueja-Eu tava abalado... tinha terminado a pouco...eu substitui uma pessoa com outra...eu tava devastado.. eu...-para de falar vendo Mia chorar apenas  o encarando, aquele olhar tão  vazio, mas ao mesmo tempo  tão forte, era enlouquecedor-Eu sinto muito Mia...
-Você sente muito?!-ela quase grita-Namoramos por um ano! E você  sente muito?
Mia cobre  a boca
-Eu tava...mal-Ele gagueja
-Você disse que me ama... você  me ama... não  mentiu, eu conheço  você
-Não conhece Mia...
-E todas as promessas Matt? Todas elas?
-Eu achei que fossem verdades...
-Achou?!
-Sim...-Sussurra
Mia engole aquilo em seco
-Porque você  ta fazendo isso?-ela questiona para ele sentindo a garganta apertar entre as lágrimas-Porque ta me contando isso agora? Porque?
-Você tinha que saber...-Sussurra ele
-Porque? Para você  rir com ela depois falando o quanto você  me machucou?-Pede engasgado  no próprio  choro quase gritando-falando o quanto eu confiei em você  e enfiou a porra de uma faca nas minhas costas?
E Matt com a mandíbula cerrada, desejando não sentir mais nada, encara a varanda atrás  dela mordendo  a boca, para impedir que mais alguma coisa que saisse dali machucasse ela.
  Ele pensava em Alec  e nas crises suicidas do garoto sentindo 1/3 da dor que estava sentindo agora
-Ou sei lá Matthew, contando para ela sobre a porra da menina que você  pegou, e iludiu! A menina que você  levou para a Itália, deu flores!-Grita chorando- Rindo contando  para ela as vezes que eu olhei para você  e chorei abraçada  falando do meu pai, ou rindo com ela falando sobre a menina dramática, burra e apaixonada por você que não  superava ser a sombra da melhor amiga
-Mia...-Matt fala
-Não... eu não  quero ouvir Matt... eu não  quero ouvir mais nada sobre isso...-Diz e o encara sentindo mais algumas lágrimas descerem pelo rosto  frio-Pensando bem... eu não  quero ouvir mais nada de você...
-Não é  assim Mia...
-Sai da minha casa Matt-Pede com o tom baixo-Por favor
-Mia...-chama novamente, queria pedir desculpas... ou apenas chorar
-Vai...e o conta para a porra da sua garota sobre a idiota que você  fez se apaixonar  por você enquanto tava com ela...
-Eu sinto muito-ele repete, mas naquela altura já  sabia que não  iria adiantar mais nenhuma palavra que saísse da boca dele. Já  estava feito.
E doía
Parecia uma faca quente em seu peito rasgando, e ardendo. Doendo, e querendo o fazer gritar. Por um momento ele lembrou  das vezes que a via dormir e pensava no quanto aquele amor era grande e parecia não  caber  no peito, tirava o fôlego... fazia sorrir, perder fome, perder o ar...
-Mia...-ele chama uma última  vez, Não  sabia o porque. Mas queria a ouvir uma última vez
-O pior de tudo é eu ter que concordar com o meu pai, sabia?-questiona e ele a olha pelos olhos embaçados em função  lágrimas  que  tentava segurar
-Oque?
-No final-ela abre a porta para ele-Você realmente tava comigo pelo sexo...
  Matt aperta a mandíbula. E quando põe  o rosto para fpra se permite deixar a primeira  lágrima  escorrer sem que a mais nova veja.
-Matt...-Mia chama olhando para o tento mordendo o lábio  desejando parar de chorar; mas precisava questionar
-Sim?-ele não  a encara
-Você disse que me amava...-fala mas gagueja e para. Matt puxa o resto de fôlego  que tinha sem gaguejar, controlando o nó na garganta e pronuncia por fim a última  conversa  que teriam em muito tempo.
Com uma dor que nunca mais voltou a sentir depois daquele dia. Ele então  apenas finalizou antes de descer em meio  a chuva e gritar  com toda força  que tinha.
-Eu menti... acho que nunca amei você..., Não de verdade
  E saiu
Mas no fim, ela não  tinha visto aqueles dedos cruzados

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