Capítulo 23

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Bruno

Quase não dormir esta noite, bolei mil e um planos, para conseguir o perdão da Elis. Mas nenhum deles me parece bom o suficiente.

Então resolvo ir ao restaurante que ela trabalhava, talvez ela ainda trabalhe lá Afinal o primeiro passo é rever ela, e avaliar o quão chateada comigo ela esta.

Antes de ir ao restaurante, passo no quarto da minha avó.

_ Oi família, bom dia!

_ Bom dia meu filho! _ Diz minha mãe ._ Estamos tomando café da manhã, vem tomar com agente.

Chego na sala, e estão todos a mesa, minha avó, irmã e o Rick.

_Oi garotão!

_ Oi Bruno! _ Ele cumprimenta e vem me abraçar. _ Eu trouxe meus bonecos, para gente brincar.

_ Hum! Vamos brincar sim, só vou dar uma saída, rapidinho e volto

Vou até minha avó e dou um beijo em sua cabeça, e me sento ao seu lado.

_ Vejo que o José, também conquistou você. _ Diz minha avó.

_ Verdade vó. Ele conquistou quase toda a família, só falta o papai.

_ A tenho certeza que seu pai também vai gostar dele. _ Diz minha mãe. _ Não sei o que é, mas algo nele me lembra você, quando era criança.

_ Também tenho esta imprensão ás vezes, Adriana. _ Minha avó concorda com a minha mãe.

_ Deve ser o charme, e também somos bem bonitões também. Não é amigão!?

_ È sim! Pode pegar meus bonecos para você ver? Tem um novo, que o padrinho Caio me deu!

_ Caio? O Caio que to pensando? _ Pergunto para ninguém em especifico.

_È sim querido, ele é o padrinho do José Henrique. _ Responde minha avó.

_ Verdade ele comentou uma vez, que tinha um afilhado, mas não prestei muita atenção.

_ Você conhece o padrinho?

_ Conheço, desde quando tinha sua idade.

_ Que legal, então podemos ser todos amiguinhos.

_ Podemos sim. E por falar nele, desde que cheguei ontem que não o vejo. Fui ao quarto dele a noite e ele não estava, liguei e não atendeu.

Deve ter rabo de saia no meio disso!

_ Bem que já na hora, dele aquietar, arrumar uma namorada. _ Comenta mamãe.

_ O padrinho falou, que não vai casar nunca. Que ele é de todas! _ Rick fala, bem serio. _ O que quer dizer isso?

_ Quer dizer, que sua mãe vai matar ele, quando souber que ele anda tendo estas conversas com você! _ Lara responde, em um tom bem bravo.

_ Bem família, a conversa ta boa, mas tenho que ir.

_ Mas você vai voltar para nós brincar?

_ Vou sim amigão, eu não prometi!?

_ Prometeu! _ Ele diz, e me da mais um abraço.

Rick é um ótimo menino, parece um pouco carente da atenção de um pai. Talvez seu pai, não seja daqueles que brinca e da atenção. O que é uma pena, porque se eu tivesse um filho, seria seu melhor amigo.

Chego ao restaurante, e ele ainda esta fechado, não abriu para o almoço, mas sei que esta hora os funcionários já chegaram. E como conheço o novo dono, resolvo entrar.

Vejo alguns funcionários arrumando a mesa, e pergunto pelo Fernando, o dono. Um rapaz me informa que ele esta no escritório, e vai informa-lo da minha presença.

Fico por ali mesmo esperando, mas de repente algo me chama a atenção, parece um grito!

_ Nãoooo acredito nisso! Só posso estar vendo coisa, porque o próprio coisa ruim esta aqui na minha frente!

Olho e vejo uma moça, muito brava vindo em minha direção. Acho que é Naty, amiga da Elis.

_ Oi, é Naty?

_ Não fala comigo!

Ela vem até mim, e simplesmente me da um tapa no rosto.

_ Safado, cafajeste! Eu vou te matar.

A confusão chama atenção, de todos no restaurante, e até o dono vem para ver o que esta acontecendo.

_ Calma, eu só quero uma informação ok! Só preciso saber se a Elis trabalha aqui ainda. Preciso falar com ela.

_È muito cara de pau mesmo, falar com ela! Você é ridículo!

_ Olha Naty, só me diz se ela trabalha aqui.

_ Para você é Natalia! E eu não vou te dar informação nenhuma sobre minha amiga. Volta pro mar oferenda, volta pro quinto dos infernos de onde você não devia ter saído.

E quase que ela me ataca de novo, se não fosse o Fernando a segurar.

_ Posso saber o que esta acontecendo no meu restaurante?

_ È tudo culpa deste ser! _ Naty diz, apontando para mim.

_ Me desculpe Fernando, por toda esta confusão. Só vim até aqui para te pedir uma informação.

_ Olha só! Ele é um santo, tadinho.

_ Por favor, Natalia se comporte, como você trata um amigo meu assim!?

_ Amigo! Este traste é seu amigo? Você acabou de cair muito no meu conceito.

Naty se desvencilha de Fernando, que ainda segurava sua cintura. Ela se afasta dele e me encara, e então começa a dizer.

_ Olha só Marcelo. Ops! Não é este seu nome né! Eu só tenho uma coisa para te dizer, minha amiga não quer saber de você, você foi a pior coisa que aconteceu na vida dela.

Então tenha o mínimo de caráter e vai embora, deixa ela em paz, volta para sua esposa, para sua família!

Ela se vira e vai rumo ao fundo do restaurante.

_ Bruno o que aconteceu aqui?_ Fernando me pergunta.

_Uma longa historia, mas posso dizer que mereci toda a raiva que a moça tem de mim.

Fernando me encara serio, sei que ele não aprovaria o que eu fiz. Pelo tempo que o conheço sei que é um homem muito correto e romântico. Um homem raro hoje em dia.

Ele é dono de uma rede de restaurantes, e alguns destes esta localizado em nossos hotéis mais luxuosos. È uma sociedade que deu certo, e nós tornamos amigos.

_ Você deve ter errado feio meu amigo, para Naty esta tão brava com você. Mas o que ela fez não foi correto, vou conversar com ela e dar uma advertência. Ela não pode agredir as pessoas assim, estando no meu restaurante.

_ Não precisa fazer isso, como disse eu mereci. Só preciso de uma informação e acredito que você possa me dar.

_ Então vamos ao meu escritório, lá conversamos melhor.

ArrependidoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora