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P.O.V Finn Wolfhard

A festa já começou lá fora. A música alta entrava pelo vão de baixo da porta.

- Ei, acorda, deixa eu te perguntar: será que é muito tarde pra eu te beijar? Ou será que é muito cedo pra eu me jogar? Talvez seja um pouco tarde, essa chama que aqui arde, me faz viajar pra Marte, ou uma corrida de kart, e eu nem sei sua identidade, por favor pode "canta-la"?

Tusso, tentando melhorar minha voz.

- Talvez seja um pouco cedo, pra eu perder todos meus medos, devo me declarar agora? Pinto nossa história toda sem demora. Sem demora... - Fecho meus olhos. - Eu digo pra mim mesmo que é impossível, mas quando te vejo fica ainda mais visível. Acho que assim que te vi, foi quando algo novo conheci, que não esqueci, peço que um dia possa de novo te ouvir.

Bufo, olhando pra folha.

Sempre que eu travo no meio de uma música eu tento pensar em um título.

- Qual é o seu bendito nome..? - Suspiro, lembrando do rosto do pequeno.

Já que não sabia volto pro violão.

- Levanta desse palco e deixa eu te perguntar: o que com essa frieza toda tem a ganhar? Vai, me deixe apenas por uns segundos te olhar, me deixe te convidar para vir comigo dançar. - Me concentro nas cordas. - Talvez seja um pouco tarde, essa chama que aqui arde, me faz viajar pra Marte, ou uma corrida de kart, e eu nem sei sua identidade, por favor pode "canta-la"? Talvez seja um pouco cedo, pra eu perder todos meus medos, devo me declarar agora? Já pintei nossa história toda sem demora. Sem demora.

Abro meus olhos com o fim da música.

- Bravo! - Beth bate palmas, me olhando e sorrindo. - Isso foi lindo, Finn!

- Valeu... - Olho pra folha de caderno meio amassada.

- Qual o nome? - A pega pra ler.

Respiro fundo.

- Amor a primeira vista... - Tiro essa conclusão do que eu sentia.

- A música "amor à primeira vista" vai bombar! - Balanço minha cabeça.

- O que?? Não! - Ia a interromper, mas já havia saído da sala.

"Não" para "não, esse não é o nome da música" e para "não, essa musica não é para ser lançada".

Bufo, tirando o violão da minha perna e o colocando de lado, me deitando no sofá.

Beth já devia estar longe, falado com alguém sobre a música no telefone. E como esses telefonemas demoram...

Olho para a toca que estava pendurada no cabide. Não era minha, era da Beth. Era cinza, uma simples. Olhando para o terno na cadeira, eu tenho uma ideia.

Eu vou falar com esse garoto...

𝕡𝕒𝕣𝕥𝕪 𝕡𝕣𝕚𝕟𝕔𝕖 𑁍 FackWhere stories live. Discover now