Dian - O Príncipe Dos Mortos

CAPÍTULO DEZESSETE - DIAN

"Certa vez a minha linda mãe, me disse: Filho você vai longe na vida, se fizer tudo certo. E vai amar o lugar onde estiver." - Jason Mraz (93 Million Miles)

Minha mãe era uma das melhores curandeiras de Chamber. E nunca recusou um pedido de ajuda, quando os Clãs encontraram a Ilha Lunne para estabelecer morada, minha mãe enviou várias curandeiras para doutrinar jovens. Muitas constituíram famílias no continente e não voltaram. Eu era um adolescente na época, mas todos falaram das boas intenções da Rainha. Yasmine conquistou aliados apenas com sua boa intenção. Agora, Chamber tem como aliado o Rei dos Lobisomens. A Ilha Sul tem estabelecido uma força incomparável, fico pensando: Será que podemos unir os dois Mundos?
Morgana estava sentada próxima da cama do Hardy quando cheguei e ficou surpresa com minha convidada. Minha mãe não hesitou quando pedi a sua ajuda, ela não perguntou quem era o Senhor. Simplesmente agiu imediatamente, pousando as mãos irradiando magia no peito do homem. A respiração do Hardy começa a normalizar.

— Ele ficará bem; — Disse num tom aliviado. — Dian foi rápido e muito inteligente.

Dona Isolda pareceu aflita no quarto, com uma bandeja com xícaras de chá. A mulher mantinha uma expressão triste e os olhos estão muito vermelhos. Ela tremeu os braços para pousar a bandeja de madeira em cima de cama.

— Majestade; — faz uma mesura. — É uma honra recebê-la.

Minha mãe sorriu alegremente.

— Que bobagem, sem comportamentos formais. — faz um movimento vago com a mão. — O seu companheiro ficará bem, vou preparar um tônico e um chá verde.

— Muito obrigada por cuidar do meu Hardy, minha senhora — Com as mãos trêmulas, ela oferece uma xícara de chá. Morgana fica assistindo nosso entrosamento de uma distância razoável. Minha mãe aceitou a xícara, mantendo aquele sorriso radiante de sempre. Ela bebericou o café, desviando o seu olhar em direção da Morgana.

— Não precisa manter distância, Senhora da Penitência. Eu não vou mordê-la, na verdade, minha magia é inofensiva.

Minha companheira levantou o queixo, desafiadoramente.

— Magia Branca nunca será inofensiva. Ela iguala-se a magia goécia. — Morgana cruzou os braços. — Você está ciente do poder que carrega no peito, mestiça. Não ouse desmerecê-la.

Minha mãe não demonstrou irritação com a resposta audaciosa da minha Escolhida, minha mãe levantou-se. Colocando a xícara novamente na bandeja, ela pousou uma das mãos na testa do Hardy, respirando fundo.

— Ele vai dormir até amanhã. Senhora; — Isolda enrijeceu o corpo. — não permita que ele faça esforços na fazenda. Hardy precisa repousar e descansar.

Isolda segurou com força no comprimento do vestido.

— Majestade, meu marido é um homem complicado. Ele não gosta de ajuda ou suporte. Está sempre perambulando na fazenda, ajudando os funcionários e cuidando das plantações.

— Diga que é uma ordem da sua Rainha; — Yasmine vira-se na minha direção. — Quero conhecê-la. A criança, minha neta.

Eu concordei, tentando evitar os pensamentos da minha Escolhida. Morgana está inquieta, com um péssimo pressentimento. Há quanto tempo ela vem sentindo uma magia forte na Corte Intraterrena? Morgana voltou aqueles olhos-cítricos na minha direção.