Like the old times

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"Nos capítulos anteriores da Seleção de Arendelle:


Os problemas estão apenas crescendo e o contato entre Elsa e Jack pode ser o fim de todos os segredos do Reino.

Lia achou a carta, mas Astrid interceptou a sua entrega para a Princesa Anna.

Um Baile está para começar e com ele várias lembranças voltarão, estariam as Princesas e os Selecionados preparados para essa noite?

Quem foi Finch, realmente?

Rolou beijo Jelsa, mas a neve que o sucedeu serviu para ambos se afastarem consideravelmente um do outro e se perguntarem se o que eles têm é algo que vai além da atração física, ou não.

Elsa ficou um pouco (talvez muito) brava com Jack, pois ele está trazendo à tona coisas que deveriam continuar guardadinhas. E por Elsa estar com raiva do Jack, Jack está com raiva da Elsa.

Esses dois não vão nada bem.

Jack quebra regras, mas ele não é o único. O caso de Hiccup e Astrid continua em alta e os dois estão preocupados com os próprios pescoços.

Será que as coisas ficarão melhores? Ou piorarão de vez?

E isso é o que você já viu em A Seleção De Arendelle."

Pov. Jack

Os dias passam tão rápido que tenho que parar no meio do banho e respirar fundo. Eu não lembro de nada do que aconteceu na minha infância. Eu deveria lembrar, pelo menos das coisas mais importantes.

Não consigo tomar coragem para ler a carta. Nunca consegui.

Como assim não foi suicídio?

Elsa não fala mais comigo, passa direto no corredor. Olha-me como se fôssemos inimigos, como se devêssemos nos temer.

Não consegui refazer o que fiz no forte. Não consegui fazer nevar, como ela insinuou que eu o tinha feito.

Saio do box e me olho no espelho, sem nem mesmo encostar na toalha. Fico encarando as gotas de água escorrerem pelos meus ombros e fico imaginando-as se transformarem em gelo ao escaparem da minha pele direto para o chão.

Não acontece. Nada acontece.

Com essa descoberta estupenda de que não sei fazer nevar, quero sair desse banheiro exatamente do jeito que estou, nu e molhado, e bater na porta de Elsa, dizendo que ela estava errada.

Dizendo que ela não poderia parar de falar comigo desse jeito, sem motivos.

Fico com vontade de dizer que a odeio.

E de beijá-la em uma intensidade um pouco arriscada.

Hoje é o baile, então não posso me dar ao luxo de aparecer pelado na porta de ninguém.

Os hematomas sumiram, percebo somente agora.

Pego a toalha e me enxugo, enrolando-a ao redor do meu quadril e saindo para pegar a roupa que Lia separou para mim.

Então, de repente, uma voz surge no canto do quarto.

—Eu não escolheria essa roupa, a menos que quisesse passar vergonha.

Seu sorriso me pega de surpresa e eu tenho vontade de cantar uma canção que minha mãe costumava cantar para eu dormir, o que é ridículo.

—Astrid! – Exclamo. Ela levanta-se rindo da cadeira na qual estava sentada me esperando e anda em minha direção.

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