— Achei que tinha esquecido de mim. — Comentei por mim, cobrindo meus pés gelados com sua coberta.

Bryan levantou as sobrancelhas em sinal de surpresa, como se meu comentário houvesse o pegado de surpresa.

— Não. — Balançou a cabeça negativamente. — Não estava possibilitado de visitá-la e não queria me tornar muito sufocante.

— Eu nunca o descreveria assim. — Afirmei. — Gosto da sua presença.

Ele sorriu e acariciou a ponta dos meus dedos com carinho.

— Agora que estou por aqui, se quiser fugir um pouquinho da sua amiga, pode se esconder no meu quarto. — Sugeri.

Bryan mostrou todos os dentes em um incrível e radiante sorriso.

— Você tem um coração tão bom. — Fingiu estar emocionado.

Sentia borboletas no estômago apenas de estar ali sentada ao seu lado em sua cama. Como se aquilo fosse a coisa mais emocionante que eu fizera, sem levar em consideração que há praticamente um mês atrás eu estava ali naquela cama nua.

Tentei afastar os pensamentos insanos, lembrando que provavelmente minhas bochechas estariam vermelhas naquele momento e que logo Bryan perceberia.

— No que está pensando tanto? — Perguntou tirando-me dos meus devaneios.

— Que está na minha hora de ir. — Menti olhando a tela de seu celular onde indicava as horas em números grandes.

Ele riu descaradamente como se soubesse da verdade e em seguida balançou a cabeça em concordância.

— Entendo que deve estar cansada. — Revelou. — Espero que durma bem, assim como eu irei dormir após a sua visita.

A sua voz estava um tanto rouca como se estivesse tentando soar o mais sexy possível e isso de fato funcionava um pouco. Ri internamente com seu jeito encantador e pensei em ficar mais um pouco mais, porém não poderia me deixar ser fraca a aquele ponto.

Depositei um pequeno beijo em sua bochecha antes de sair e escutar um "até logo" antes de fechar a porta.

Apesar de estar caminhando até meu dormitório, dentro de mim era como se minhas pernas saltitassem de felicidade. Eu estava totalmente ferrada.

Não esperava encontrar alguém ao abrir a porta de meu quarto. Mas havia uma menina deitada na cama que eu havia deixado vazia com as pernas para cima encostadas na parede.

— Boa noite. — Saudei chamando a sua atenção.

Ela se ajeitou imediatamente, acomodando-se na cama de modo que ficasse deitada na cama

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Ela se ajeitou imediatamente, acomodando-se na cama de modo que ficasse deitada na cama.

— Boa noite, você deve ser Yanni. — Saudou, levantando-se e estendendo a mão em minha direção.

— Exatamente e você deve ser a..? — Sorri constrangida por não saber quem ela era.

— Alexia Monaco. — Respondeu sorridente. — A propósito, amei o seu girassol.

Ela apontou para a pequena planta que ficava no meu lado do quarto.

Sorri empolgada pela sua personalidade carismática e falante, precisava conhecer pessoas novas e a pessoa que passaria anos ao meu lado naquele quarto precisava de alguma forma conseguir se adaptar comigo.

— Então, me conta a sua história. — Pediu curiosa.

— Bom... — Eu estou aqui graças a uma bolsa para o time de futebol feminino; tenho duas irmãs mais novas que se chamam Jeannine e Athany; no momento minha mãe saiu de casa porque descobriu que eu era jogadora e ela e meu pai brigaram; não sei exatamente como me sinto com essa loucura toda de sentimentos e acontecimentos recentes, mas estou me sentindo feliz por ter recebido essa oportunidade.

Alexia ouviu cada detalhe rápido da minha história atentamente. Os olhos estavam bem abertos e mal piscavam a partir do que eu falava. Ela quis expressar um semblante triste quando falei sobre meus pais, mas rapidamente se mostrou feliz com o resultado final.

— Às vezes as pessoas brigam e isso pode acontecer com uma frequência maior quando se trata de família. — Ela iniciou. — Mas acredito que tudo passa e que existe um propósito para as coisas acontecerem.

Sorri e balancei a cabeça em concordância. Sábias palavras minha amiga, era isso que eu procurava acreditar, que esse furacão chamado mamãe iria passar.

— E qual a sua história? — Agora era a minha vez de aprender um pouquinho sobre a minha companheira de quarto.

— Nada muito empolgante como a sua e nem cheia de acontecimentos assim. — Brincou rindo. — Estou na cidade há um pouco mais de dois meses, nós viemos do Texas e resolvemos nos mudar do nada porque meus pais são imprevisíveis; sou filha única e ao mesmo tempo que eu amo esse fato, às vezes me sinto sozinha; vim para cursar comércio exterior porque amo estudar sobre economia e política e principalmente o que envolve aprender sobre outros países.

Ela parou por aí. Como se não tivesse mais nada interessante para contar sobre sua vida e foi aí que eu constatei de fato que ela havia terminado sua história.

O Campeonato (AMOR EM JOGO)Where stories live. Discover now