Peso Não Define Amor

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Estou no carro agora, ninguém fala nada por causado o ocorrido de hoje, eu nem vontade de me formar mais eu tinha, eu só querida ficar na minha cama chorando até não poder escorrer uma gota de lágrimas do meu rosto.

Cheguei lá e todos olhavam pra mim

Pelo visto a notícia se espalhou

Várias pessoas chegam em mim e dizerem meus sentimentos pelo oque houve.
     Mano eu não queria que elas soubessem hoje justamente por causa disso, cada meus sentimentos é uma vontade enorme de chorar. Chego perto do pessoal e a Mel me abraça, depois o Théo me abraça e o Ryan também, até a Bianca que foi para assistir estava ali e me abraçou, juro que tentei segurar o choro mais não consegui, uma formatura que era pra ser uma noite importante e feliz está sendo uma noite triste.

Depois de entregar o diploma a festa começo, não quis ficar pra festa apenas voltei para casa.

Fiquei no quarto a noite inteira acordada lembrando da imagem da Samara jogada no chão cheia de sangue, então me ajoelho em frente a cama e fecho os olhos

Geovana: Deus...por que essas coisas acontecem comigo? Primeiro sofria em casa, depois sofri na escola durante um bom tempo e passei por uma coisa tão horrível que tentei me matar e não consegui, depois de tantas coisas me estruparam e eu continuo aqui, aí quando eu acho que tudo se resolve a pessoa que eu gosto arruma outra e vai ir embora, a minha irmã se mata...me fala por que isso ? Por que tanta coisa acontecendo tudo em um ano só? Por que não me deixou morrer nas vezes que tentei me morrer? Por que continuo viva?

Eu já chorava feito um bebê, estava chorando bem baixinho para ninguém ouvir.
     Pela primeira vez vi que se cortar não iria adiantar nada, eu só iria tentar e não iria morrer, então desisti de tentar suicídio. Me deito na cama novamente e ainda chorando, então fico ali até dormir

No dia seguinte

Acordo de manhã e meus olhos ardiam muito, me olho no espelho e meus olhos estavam enchados e vermelhos e meu cabelo todo amassado.

Prendo ele de qualquer jeito e me sento na cama e fico fitando o chão até que alguém bate na porta

Geovana:entra

Bruno:bom dia–ele fala entrando

Geovana: oi

Bruno: como você tá?

Geovana: minha cara define a resposta?

Bruno: sim, bom estão todos te esperando para sair

Geovana:sair?

Bruno: ir na clínica

Geovana: ata. Ok

Então ele saio quarto para eu me arrumar

Fico ali me arrumando e pensando que já é o segundo enterro do ano, e o pior que é tudo meus parentes.

Acabo de me arrumar e desço, todos estavam na sala menos a Kelly

Geovana: cadê a Kelly?

Bruno: levei ela hoje mais cedo na casa de uma colega

Geovana: hum

Pai: vamos então

Vó: sim vamos– ela fala com a voz manhosa querendo chorar, então vou perto dela e a abraço de lados e vamos

Quando chegamos na clínica ele nos levaram até o quarto aonde a Samara ficava. Minha vó senta na cama e passa a mão sobre lençol

Pai: oque será que tem para gente?

Bruno: não sei, temos que preocurar

Geovana: de baixo no colchão?

Então eles levantam o colchão e não tinha nada.

Vó: tem que ter algo aqui, vamos preocurar

Ficamos ali procurando por um bom tempo, até que eles entram com uma menina que aparenta ter 15 anos e deixam ela lá, ela fica nós observando procurar oque a Samara deixou

Xxx: ei! Vocês!

Então paramos e olhamos para ela

Xxx: vocês são, Jackson, Diana, Bruno e Geovana?

Todos: sim

Xxx: tenho algo para vocês

Então ela se levanta e abre a gaveta do criado mudo ao lado da sua cama e pega algo

Xxx: aqui está– então ela volta para o seu canto

Ela nos entrega um quadro pequeno que a Samara tinha pintado de todos juntos, até minha mãe e minha vó que morreu estava no quarto, só que tinha uma outra mulher e eu não sabia quem era ela, mais não dei tanta importância porque as lágrimas já tinham tomado conta.

Pai: ela desenhava muito, pena que não quis investir–ele fala chorando e observando o quadro

Vó: ela desenhou até a mãe dela–ela chorava mais ainda

Bruno: oque houve com a mãe dela? Vocês nunca comentaram nada

Jackson:a mãe dela resolveu seguir a vida dela de aventureira

B

runo: ata

Então voltamos pra casa e meu pai resolveu tudo para o enterro hoje a tarde, fiquei a maior parte do dia no meu quarto chorando até que alguém entra pela porta

Mel: amiga–ela entra com o Ryan e o Théo–não deu pra vim antes por causa dos nossos pais, eles instituíram para a gente ficar na festa para tirar foto

Geovana: tudo bem

Théo: o enterro é que horas?

Geovana: as 17:30

Mel: nós vamos tá bom

Geovana: tá bom

Ryan: e como isso tudo aconteceu?

Geovana: ela apareceu aqui e...

Conto tudo para eles, eles ficaram chocados com tudo isso e ficaram comigo me consolando.