Fui de camisa xadrez e uma calça preta, eram as únicas roupas decentes no meu guarda-roupa, já meu cabelo eu não fazia ideia do que fazer, acabou ficando jogado no rosto.

Chegamos um pouco atrasados na festa, pois me perdi no caminho para a casa da Paty, não conhecia muito bem aquele lado da cidade, o aniversário já estava rolando quando entrei, cumprimentei algumas pessoas por educação e a aniversariante é claro, me sentia um completo idiota, não ia ficar seguindo minha irmã como uma criança, queria muito ter cigarros, pelo menos poderia ficar sozinho sem parecer um doido.

Não sabia onde enfiar a cara, apenas procurei um lugar para me sentar e ficar por lá, observando as pessoas dançar, no fundo queria ser como elas, se divertir, beber e enlouquecer, mas minha mente estava presa por um monstro chamado timidez, me contentei com meu refrigerante.

Cantamos os parabéns por volta das dez horas da noite e alguns minutos depois notei uma garota no balcão, ela parecia diferente das outras, pois estava brincando com uma azeitona no copo. Confesso que ri sozinho, deixei meu cabelo cair sobre a face para ficar olhando para ela de forma sorrateira. Percebi que ela também me olhava e decidi que precisava falar com ela, mesmo ouvindo as vozes em minha cabeça dizendo que era feio, estranho e tímido.

Quando a música mudou para algo lento, me levantei e caminhei em direção à garota dos cabelos vermelhos, não sei por que fiz aquilo, mas a música me contaminou de uma forma tão intensa, que quando dei conta, estava de frente para ela.

A festa parecia ter parado para me olhar, minha mão tremia, suava frio, mas minha mão se estendeu para a garota.

Ela aceitou o convite e a puxei para o centro, segurei suas mãos e aproximei meu corpo do dela, depois disso já não sabia mais o que fazer, eu não sabia dançar. Tentei conduzir, mas parecia que eu apenas errava. Ela pisava no meu pé e aquilo só fazia me sentir cada vez pior, cada vez que eu a girava, parecia que minha perna iria sucumbir de agonia e cada passo que eu dava naquela dança, começava a perder as esperanças.

Notei que ela não parecia confortável, começou a olhar para os lados, aflita e eu, tentando ajudar, disse para ela se concentrar em mim, não sei por que falei aquilo, mas quando ouvia aquelas palavras da minha mãe, ficava mais relaxado.

A dança foi silenciosa, nossas mentes pareciam se conectar, nossos corpos falavam por si só, a música nos embalava numa maré de alegria e paz, era como se nós estivéssemos sozinhos nas nuvens.

Quando a música acabou, eu percebi que não tinha me apresentado para ela, minha irmã me chamava para ir embora, disse meu nome e entreguei meu número, sem esperança de receber qualquer resposta.

Deitado no sofá, comecei a pensar no desastre que fui naquela noite, "por que estava tão tímido? Aquela garota nunca iria me ligar", disse para mim mesmo.

Meu telefone tocou, número desconhecido, atendi imediatamente.

— Caio? — ouvi a voz de uma garota, logo reconheci de quem era.

— Oi! Sou eu mesmo, o Caio. — respondi completamente nervoso.

— Que bom, sou eu, a Marina, a garota da festa — ela disse, parecendo querer dizer algo além, mas parecia não ter coragem de falar.

— Sobre ontem. — comecei a dizer, mas ela me interrompeu inesperadamente.

— Só sei dançar com você. — Ela deixou escapar, meu coração parecia explodir, eu nunca havia sentido tanta emoção em uma ligação, na verdade nunca havia sentido aquilo em minha vida toda.

— Eu também só sei dançar com você. — falei, sentindo meu rosto corar, ficando cada vez mais vermelho.

— Isso é o que o amor faz? — Ela perguntou.

Eu conseguia imaginar o rosto dela ali na minha frente, me olhando com aqueles olhos grandes.

— Isso é o que o amor faz! — concordei.

Fim

conto baseado na música "Só sei dançar com você "- Tulipa Ruiz

conto baseado na música "Só sei dançar com você "- Tulipa Ruiz

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"Conto com selo songfic/romance".

Notas do Autor:

Viva todas as formas de amor!!

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