Parte IV

9 1 1
                                    

A Catarina abriu a porta do táxi para entrar, mas antes de o fazer voltou-se para mim e disse:
- É uma situação que só depende de ti Sérgio. Eu vou esperar, dar um tempo. Mas é o teu tempo, tu é que vais decidir se deves ficar casado ou não. Por ti e não por mim. - E tu vais esperar? Pergunto receoso. - Vou. - Sozinha? - Não sei! Mas quando achares que tens uma resposta, seja ela qual for, é só dizeres e logo se vê.
Catarina abraçou-me. Eu não sabia se estava tenso ou aliviado, mas estava feliz pelo abraço.
Ela entrou no táxi e eu fiquei a vê-la ir embora.
Tenho no coração a certeza do que quero mas a razão diz-me que ainda tenho muito para resolver.

O fim de semana passou e foi terrível. Passo no departamento jurídico na esperança de ver Catarina. Informam-me que hoje pediu o dia para resolver assuntos pessoais. Se calhar é melhor assim.

As coisas não estão fáceis. Apesar de ter certeza do que quero, não vou tomar decisões precipitadas.
As semanas vão passando, vejo a Catarina pontualmente em reuniões e cada vez estou mais convicto da decisão que vou tomar.
Acabo de sair de casa, estou a viver uma fase de ajustes. Ajustar os sentimentos, a vida, a casa, os miúdos. Tem sido demorado ajustar tudo.
Pego no telefone e ligo à Catarina:
- Estou pronto.

Começamos a namorar, sim namorar. Fizemos tudo como deve ser. Namoramos, ficamos noivos e casamos.
A Catarina é fantástica com os meus filhos sempre que estão connosco.
É claro que temos desentendimentos.
Como hoje, por exemplo. Não estamos a conseguir chegar a um acordo sobre o novo carro que temos que comprar.
Entre a estética e o lado prático não estamos a conseguir chegar a um acordo.
A única coisa que temos como certa é que tem de caber a família toda. Tem de ser um desses carros de 7 lugares.
Tivemos uma menina e estamos novamente grávidos.

Decisão para ser felizOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz