Capítulo 3 - Discuto sobre meu pai vagabundo com uma japonesa

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Me levantei com um pulo e fiquei olhando para a garrafa. O que diabos acabou de acontecer? Ok, ok, devo estar vendo coisas de novo. Phoebe bebeu um pouco e deixou ao seu lado.

- Bem, se perto da grandiosidade do universo somos insignificantes, talvez nossa maior vitória é viver com satisfação.

- Uau. Isso foi... a coisa mais bonita que você já disse.

Ela se virou para mim. Assoprou fumaça do seu cigarro em meu rosto, me fazendo tossir.

- Um dia esses cigarros te matam.

- Você parece um velho falando. Sabe, superficialmente posso parecer só uma adolescente rebelde, mas aqui dentro... - Ela apontou para a própria cabeça. - Aqui é uma coisa interessante. 

Aquilo me deu tempo para olhá-la. A maquiagem que tinha feito... cara, se ela estivesse assim antes, eu nunca teria nem desconfiado do hematoma em sua têmpora, que agora não aparecia.

- Cara, isso tá perfeito.

Ela suspirou. Inalou aquela fumaça tóxica e assoprou, me fazendo tossir novamente. Espantei a fumaça com as mãos, para poder vê-la.

- Infelizmente precisa estar perfeito.

Mordi o lábio inferior.

- O que aconteceu contigo? 

- Imprevistos no caminho.

- De novo?

- Existem muitos vagabundos por aí.

- Uma hora acaba encontrando meu pai.

Ela riu e deu um leve tapa em minha cabeça.

- Não fale isso.

Sorri para ela.

- Vou tentar.

Ela riu de novo. Cara, como eu gosto quando ela ri. 

- Você é uma das pessoas mais incríveis que já conheci - Deixei escapar.

Ela parou de rir e olhou para mim como se estivesse assustada.

- O quê? 

Minhas bochechas queimaram. Meu coração acelerou. Me arrependi naquela hora de ter dito aquelas palavras. 

- Eu disse que...

- Não, essa parte eu ouvi. O que eu quero dizer é... isso é verdade?

- Claro. A garota mais incrível que conheci. 

- Uau... - Ela jogou o cigarro na piscina e voltou a olhar para mim. - Dentre todos os meus anos de vida... ninguém nunca falou isso.

Consegui rir. Um riso abafado.

- Você fala como se tivesse milhares de anos. 

Ela sorriu, como se eu não soubesse de algo. Olhou para onde o sol a iluminava o rosto. Seus olhos iluminados e um pouco fechados estavam em tamanha paz. Ela inspirou e expirou o ar puro e frio, e voltou a olhar para mim.

- E você é o garoto mais incrível que já conheci.

Fiquei um tanto que confuso.

- Espera... eu

- Ah, Ed... se você soubesse da minha vida...

- Mas eu poderia.

Ela olhou para mim e sorriu, confusa.

- Espera, aonde você quer chegar, pirralho? 

- Eu ahn... bem... - Levei a mão ao meu cabelo e olhei para baixo, hesitando em dizer o que realmente queria. Um sorriso tímido e envergonhado se formou em meu rosto. - Onde eu quero chegar? É uma pergunta bem... eu...

- Pare de falar, pirralho.

Quando fui olhar para ela, fui surpreendido por um beijo. 

Pois é. Meu primeiro beijo foi com uma garota de dezessete anos. É indescritível a sensação que me invadiu naquele momento. Era bom, algo que me fez sentir flutuar. Acho que o mais próximo que já estive de me sentir andar nas nuvens. Como se tudo de ruim que passamos não tivesse relevância, como se um meteoro pudesse cair naquele exato momento, isso não importaria. Pensamentos como "o que estou fazendo" misturaram-se com um ardiloso "dane-se'.

Quando nos separamos, eu estava feliz demais para falar qualquer coisa. Um sorriso em ambos, o coração, que ameaçara pular do meu peito se acalmava, até que tudo o que sobrou foram risos e suspiros. 

Então ouvimos aplausos lentos e sarcásticos vindo do outro lado da piscina.

De primeira, já veio em minha mente que os donos daquela casa chegaram. Mas, ao virar para ver quem era de fato, três adolescentes que até poderiam ser inofensivas, mas algo estava muito errado com elas.

Os olhos das três brilhavam em vermelho, tinham presas enormes amareladas, onde era para estar suas mãos tinham enormes garras, e de seuas costas um enorme par de asas de couro se erguiam, prontas para levantar voo. E, por mim, a parte mais esquisita daquilo tudo era que uma das pernas era de algo que parecia bronze e a outra era... uma perna de bode? É. Uma perna de bode fedida e peluda. 

Aquilo me deixou pasmo. Elas não eram três adolescentes. Eram três demônios fedidos que não paravam de me encarar, como se estivessem com fome. 

Beleza, acabou de me ocorrer um dos momentos mais felizes da minha vida e o mais estranho. Bela sequência. 

Uma delas deu a primeira palavra:

- Olha, não é todo dia que vejo uma empousa beijando um semideus com tanto amor.


Olá pessoa amável 

Esse capítulo ficou meio grandinho, ou seja, improvável que alguém chegue aqui.

Afinal, é bem provável que ninguém chegue nem na metade da fic kk

Edward Gimle e os Semideuses OlimpianosМесто, где живут истории. Откройте их для себя