Yanni é a filha mais velha entre três meninas. Com seus dezessete anos o seu único sonho é passar oficialmente para o time de futebol da sua futura universidade.
O grande problema é ser filha de pais extremamente religiosos que colocam sempre em ri...
Papai chegou perto das quatro horas da tarde. Ele sabia que a carta havia chegado, foi ele quem dera ela a minha irmã. Assim, imediatamente correu até meu quarto para pedir mais notícias.
Os reuni na sala. Os três estavam sentados no sofá principal. Retirei novamente o pedaço de papel de dentro do envelope e entreguei para que ele lesse em voz alta.
— VOCÊ CONSEGUIU! — Ele pulou animado passando seus braços em volta do meu corpo e me levantando.
Senti vontade de chorar novamente mas dessa vez me contive. Formamos um abraço coletivo.
— O que isso quer dizer? — Athany perguntou confusa.
— Quer dizer que dentro de um mês Yanni estará se mudando para uma universidade longe daqui onde irá estudar e jogar futebol. — Explicou Jeannine.
Seu olhar era duvidoso e confuso, como se estivesse tentando assimilar todas as informações que havia recebido em tão pouco tempo.
— Por conta disso hoje iremos jantar em uma pizzaria. — Papai falou animado.
Gritamos em comemoração, amávamos pizza mas não tínhamos o hábito de comer.
Assim que as meninas foram para seus quartos, sentei com papai em nosso sofá.
— Mais notícias de mamãe? — Perguntei curiosa.
— Seu avô está procurando por um psicólogo para sua mãe. Por enquanto não sei exatamente o que vai acontecer. — Papai respondeu cabisbaixo.
— Será que eu vou ir embora e ela nem ao menos terá voltado para casa? — Perguntei preocupada.
Ele deu de ombros sem respostas para aquela pergunta. Provavelmente isso que viria acontecer.
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Estávamos sentados em uma mesa no canto da pizzaria do lado de fora. Havíamos pedido nossa pizza preferida que era repleta de queijos. Estava distraída esperando o alimento, quando percebi estar sendo olhada.
Passei meus olhos atentamente pelo local até encarar os de Suzanne vidrados em mim. Assim que meus olhos encontraram os dela seu sorriso apareceu.
Ela acenou e devolvi o aceno. Havia um homem ao seu lado conectado em seu celular, imaginei ser seu marido, o pai de Bryan. Ela o cutucou e me mostrou para ele comentando algo que pela distância não pude entender. Ele acenou também e retribui o gesto.
— Quem são eles? — Perguntou papai.
— Os pais de Bryan, o menino da universidade. — Respondi.
A pizza finalmente chegou e fizemos uma oração na mesa antes de nos alimentarmos. Agradecendo nosso dia, o alimento e principalmente o motivo pelo qual estávamos comemorando ali.
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Pedimos para que mamãe melhorasse e que aos poucos conseguisse se recuperar e voltar para casa.
Após isso nos deliciamos com a grande quantidade de queijo derretido que havia ali unido com grandes copos de coca colas geladas.
Olhando para os pais de Bryan me deu uma súbita vontade de mandar uma mensagem para notifica-lo que havia conseguido a bolsa. Mas o fato de estarmos bons dias sem trocarmos mensagens resolvi não digitar nenhuma palavra.
