✧❦Cap 36❦✧

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Cellbit – Voltei. – Sentou ao meu lado.

Moon – Eu não queria te assustar com aquele assunto sobre o passado, você não fez nada tão grave que não possa ser perdoado. – Olhou para mim.

Cellbit – Tudo bem, eu também não deveria ter feito tantas perguntas.

Moon – Não tem problema, afinal você está apenas curioso sobre o seu passado. É estranho você acordar em uma cama de hospital e não lembrar nem do seu próprio nome.

Cellbit – Eu fiz muita coisa ruim no passado? – Olhou para o chão.

Moon – Como eu disse anteriormente, você não fez nada tão grave que não possa ser perdoado.

— Ela tem razão. – Olhei para Mara.

Moon – Você dizendo que eu tenho razão em alguma coisa? Cadê a câmera?

— Não exagere, Mara.

Cellbit – Vocês eram próximas, não eram? Você e a minha mãe. – Mudou o assunto.

Moon – Muito.

Cellbit – Como ela era?

Moon – Ela era loira... Parecia com você. Ela era atenciosa, gentil, divertida e fazia de tudo para proteger os seus filhos, de tudo, e todos. Até que aquilo aconteceu.

— Eu acho melhor nós irmos, Rafael. A Mara tem trabalho para fazer. – Falei e o Cellbit balançou a cabeça positivamente, logo em seguida levantou da cadeira.

Cellbit – Obrigado por ter nos dado um pouco do seu tempo.

Moon – Se precisar de algo, eu estou aqui. – Falei e escutei batidas na porta. – Pode entrar. – Falei e a minha secretária entrou no cômodo.

Secretária – A senhorita Nunes chegou.

Moon – Peça para ela entrar.

Secretária – Sim, senhora.

Moon – Senhorita. – Corrigiu a moça de cabelos ruivos.

Secretária – Senhorita. – Falou e saiu da sala.

P.o.v Moon

O João e o Rafael saíram do cômodo, logo em seguida a Malena adentrou o mesmo com um moletom preto e fechou a porta atrás de si.

Malena – Pelo visto você esteve ocupada.

— Eu gosto desse “novo” Rafael.

Malena – Por que ele não tem vontade de te matar?

— Não, não é por isso.

Malena – Então qual é o motivo?

— Ele está diferente, eu consigo ver nos olhos dele o quanto ele está mudado, não há espaço para o ódio, rancor ou algo do tipo. Eu acho que alguém como esse novo Rafael faria bem para o João, talvez ele possa mudar o modo de pensar dele.

Malena – Eu discordo, eu acho que nem mesmo alguém como esse novo Cellbit poderia fazer o João mudar.

— Ou o João fará a cabeça do Rafael novamente, ou o Cellbit mudará o modo de pensar do João.

Malena – Eu acho que será a primeira opção.

— Quer apostar?

Malena – Por que não? – Sorriu. – Valendo uma garrafa de whisky Johnnie Walker.

— Tem certeza que quer apostar uma garrafa de whisky?

Malena – Tenho.

— Eu iria sugerir outra coisa, mas pode ser apenas a garrafa de whisky.

Malena – Eu prefiro não perguntar o que você iria sugerir.

— Tudo bem, não se esqueça de admitir que eu sou a ganhadora dessa aposta com um bilhete escrito a mão colado no rótulo da garrafa.

Malena – Eu serei a ganhadora e já estou esperando a minha garrafa de whisky, acredite quando eu digo que o João fará a cabeça do Rafael.

— Se você estiver certa, o João não tem mais jeito.

Malena – Exatamente, ele não tem mais jeito. Eu gosto desse novo Rafael, pela primeira vez eu não ouvi gritos vindos daqui do seu escritório. – Riu sútil. – Antes ele saía desse escritório com um ódio perceptível no olhar, era de causar arrepios.

— Você está exagerando.

Malena – Exagerando? – Indagou incrédula. – Eu não sei o que acontecia dentro dessa sala, mas parecia que ele iria destruir tudo a qualquer momento, ou atear fogo.

— E tudo por causa de um grave erro do passado efetuado por mim. – Completei.

Malena – Até quando nós vamos falar sobre esse mesmo assunto? Até eu ficar velhinha?

— Falta muito para isso acontecer, Malena, e respondendo a sua pergunta, eu não sei.

Malena – Moon, eu sei que eu disse que eu não queria saber o que você ia sugerir, mas agora eu estou curiosa.

— Eu ira sugerir que, casa eu ganhasse, eu ganharia uma passagem.

Malena - Uma passagem? Para onde? Las Vegas?

— Não, melhor.

Malena – Para onde?

— Para outro mundo.

Malena – Outro mundo?!

— Sim, eu sei que você consegue abrir portas para outros mundos, mundos alternativos, mundos diferentes. – Me aproximo um pouco mais dela, ainda sentada na cadeira.

A Sereia - JotakaseOnde histórias criam vida. Descubra agora