— Como se queima miojo, Hyun? — Negou com a cabeça e puxou o isqueiro do jeans. O mais novo achou que este fosse acender mais um de seus cigarros, mas o mesmo apenas pôs o fogo no papel novamente e acendeu o fogão de lenha. — Eu disse que iria fazer a janta, não disse?
— Eu queria fazer ela por mim mesmo, assim poderíamos comer juntos e você não ficaria tão cansado. — Suspirou e jogou a panela na pia com raiva. — Merda. Gastei a porra do último pacotinho.
— Você é bem boca suja, hein? — Repreendeu. — Relaxa, garoto. É só miojo, tem em qualquer casa. Eu trago um pra você quando voltar da viagem. De que sabor você prefere?
— Carne.
— Que mau gosto, Baekhyun… — O Byun lhe levantou o dedo do meio. — Espero que você não fabrique carvão com o próximo pacotinho que eu trouxer.
— Seu filho da puta, eu vou te enfiar nesse fogão de lenha! Eu sei muito bem como fazer miojo, Kyungsoo! Eu só… perdi o jeito.
— Claro, claro… — Estalou a língua de modo zombateiro. Novamente, o mais alto lhe ergueu o dedo do meio.
[...]
— Eu odeio limpar o chão. Aliás, eu acho que aquela cabra me odeia, sabia? Ela quase me deu um coice hoje cedo. Eu nem sabia que cabras davam coice. — Massageou os braços. Estava sentado sobre o sofá de sua nova casa. — Aliás, eu estava esperando para te contar, Kyungsoo, Clarice não é nome de cabra.
— E quem é você para decidir o que é nome de cabra e o que não é? — Arqueou as sobrancelhas. — Clarice é nome de cabra.
— Não, não é! Clarice é nome de, sei lá, pessoa! Cabras são chamadas de… cabras. — Tossiu.
— Você está bem, garoto? Não vai ficar doente. Lembra de como você chegou aqui? Estava quase morto, parecia um zumbi! — Riu com a comparação. — Vê se não pega muito sereno. E para de reclamar do trabalho, é melhor que ficar semi-morto na cama.
— É só um resfriado.
— Vou pegar um remédio pra você. — O capitão se aproximou e pôs a mão em sua testa. — Aí! Tá com febre! Olha só, Baekhyun, se você morrer depois de tudo isso, eu juro que dou três tapas na sua cara quando você virar morto-vivo.
— Não precisa de remédio. Odeio o gosto daquela droga. Eu só tomo se você admitir que Clarice não é nome de cabra.
— Mas por que isso? É o nome dela, coitada! Deixa a porra do nome da cabra, Baekhyun!
— Não é nome de cabra e ponto. — Kyungsoo suspirou, se dando por vencido. Só precisava fazer com que o mesmo tomasse o remédio, após, iriam conversar sobre Clarice novamente.
— Certo, certo. — Ele sorriu. — Podemos chamá-la de Joohee.
E a cara de bravo que o Byun fez fora impagável. Tanto que o líder se permitiu rir alto, deixando o mais novo ainda mais puto da vida com aquela situação.
Tempos que não voltam reprisam em nossa cabeça. A pior tortura é a lembrança e a saudade interminável.
— Ah, Baekhyun. Você beija muito bem, sabia? — Ele assentiu. — Convencido.
— Eu não tive muita gente pra praticar, mas agradeço o elogio, capitão. — Sorriu, travesso, jogando o corpo para o lado do de Kyungsoo. — Você é muito verbal, sabia?
— Sou? — Franziu as sobrancelhas. — Nunca reparei nisso.
— É, sim. E eu meio que odeio e amo isso. Eu sou verbal também, costumo falar o que penso assim que me vem à cabeça. — Riu. Estava encarando o teto da casa do Do enquanto falava, e o capitão percebeu um brilho incomum em seus olhos. — Não conte isso pra ninguém, Kyungsoo, mas… Eu queria ser contador.
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Cigarette Daydream [Baeksoo]
Fanfiction[Apocalipse Zumbi!Au] Kyungsoo era um ranzinza líder de esquadrão que, em uma missão para recuperar a comida roubada por uma gangue de sua comunidade de sobreviventes, acha Byun Baekhyun, um garoto fraco com sintomas do vírus zumbi. Seria fácil para...
Cigarette Daydream pt. 1
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