Capítulo 38 - És tão piroso.

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{Boa leitura. ♡}

O meu companheiro de cela caiu ao meu lado na cama e o meu olhar rapidamente encontrou o seu.

"Devias ser a minha namorada." Ele disse-me e eu logo me senti como uma menina de 13 anos que acabou de beijar aquela paixão que tem desde sempre.

"Isso significa que me estás a pedir em namoro?" Perguntei, com um sorriso envergonhado nos lábios.

"Se disseres sim, então sim, estou a pedir-te em namoro." Ele conclui, depois de pensar uns segundos, e abriu um pequeno sorriso, fazendo o meu coração acelerar.

Não respondi e apenas uni os nossos lábios num beijo calmo, esperando que ele percebesse que isto era um grande - enorme - sim.

"Bem, tecnicamente, nós não pudemos namorar." Murmurei, depois de os nossos lábios se separarem.

"Porque não?" Niall perguntou, parecendo ofendido, e eu não pude deixar de soltar um riso pela sua expressão.

"Quando eu beijei o Harry, o Robert - ou o Liam, sinceramente, já não me lembro - disse que nós estávamos aqui para cumprir castigo pelos nossos crimes e não para termos um caso amoroso." Contei, imitando a voz do supervisor.

"Ainda bem que a Melanie é a nossa supervisora." O meu namorado - sabe tão bem chamá-lo de "meu namorado", mesmo que seja apenas na minha mente - afirmou. E isto vem a propósito de quê?

"Estás apenas a tentar pôr-me com ciúmes ou essa frase tem algo relacionado com o que eu acabei de dizer?" Questionei, forçando um sorriso, e Niall riu, beijando levemente os meus lábios.

"Nah, estou só a tentar pôr-te com ciúmes." Ele gozou e eu dei-lhe um pequeno murro no peito.

"Não tem piada." Retorqui, fazendo beicinho.

O meu companheiro de cela voltou a rir e passou o seu polegar pelo meu lábio inferior lentamente.

"Tem sim." Ripostou, logo depois de deixar um beijo nos meus lábios. "Queria dizer que, se tivéssemos outro supervisor, não poderíamos sequer dormir na mesma cama. A Melanie é espetacular." Completou e eu senti os meus músculos contraírem-se todos ao ouvir a última frase.

"Sim, deve ser." Atirei, desviando o olhar para a cama vazia de Niall.

"Hey..." Senti o meu namorado murmurar, perto do meu ouvido. "Ficas linda com ciúmes." Elogiou e os seus lábios colaram-se ao meu pescoço logo a seguir.

"Ew, não digas essas coisas. És tão piroso." Brinquei, voltando a virar-me para ele, sem conseguir segurar uma pequena gargalhada.

"Mas tu gostas do piroso." O meu loirinho resmungou e roçou os seus lábios nos meus.

"Pois gosto." Murmurei, raspando o meu nariz no seu, com um sorriso nos lábios.

E ele juntou os nossos lábios num beijo que levou toda a minha energia. E tudo o que passava pela minha cabeça. Menos uma coisa - o Niall.

*

"Acreditas no destino?" O rapaz com uns olhos azuis inconfundíveis ao meu lado perguntou-me.

"Eu acredito, definitivamente, em algo maior... Mas não acredito que tudo isto que está a acontecer já esteja escrito em algum lado." Admiti e Niall começou logo a resmungar, fazendo-me sorrir com o facto de nós termos gostos e acreditarmos em coisas diferentes e, no entanto, ligarmo-nos tão bem um ao outro.

"Como não acreditas no destino? É óbvio que tudo acontece por uma razão!"

"Bem... Nem tudo. Por exemplo... Eu ter beijado o Harry." Exemplifiquei.

"Foi quando o beijaste que eu me comecei a aperceber que me estava a apaixonar por ti. E, quando o percebi, já não havia volta a dar. Como se, a cada segundo que passava, eu me apaixonava mais um pouco por ti. E sabes que mais?" Ele fez um pausa e eu sorri com a sua confissão, abanando negativamente a cabeça. "Isso ainda acontece. Quando eu acho que já não me posso apaixonar mais por ti, eu apaixono-me mais um pouco."

As minhas bochechas aqueceram imediatamente e o sorriso que se encontrava nos meus lábios parecia não querer ir embora. Consigo sentir o ar a ir-se embora mas, ao mesmo tempo, eu consigo respirar perfeitamente bem. Oh Deus, eu amo tanto este homem despenteado.

"Não digas essas coisas... Eu fico sem saber o que dizer." Murmurei, escondendo a minha cara no seu pescoço, para Niall não me ver a corar.

Ouvi o seu riso e, logo a seguir, ele pegou no meu rosto; os seus lábios cobriram os meus e eu logo parei de reclamar por ele me ter tirado do conforto do seu pescoço. As minhas mãos deslizaram até às suas e eu pude sentir o meu coração a tentar saltar do meu peito.

Mesmo ao passar o dia inteiro com ele, dormir na mesma cama que ele e beijá-lo, tocar nas mãos dele vai ser sempre tão intimo. Tão bom. E tão absurdamente fantástico.

Uma coisa tão pequena e tão simples, mas que mexe tanto comigo.

"Estamos a desviar-nos do assunto." Niall afirmou, contra os meus lábios, e ambos rimos.

PRISON // niall horanDove le storie prendono vita. Scoprilo ora