A Última Linhagem dos Morgenstern | ✓

Prólogo

{Editado e Revisado Dia 20/12/2019}

P r ó l o g o

Já se passaram seis meses desde que à Guerra Maligna acabou. Seis meses que eles finalmente conseguiram paz. Seis meses que Sebastian havia morrido morto pela própria irmã.

Clary estava no instituto treinado com Jace. Ela havia treinado muito durante esses seis meses, já estava ficando bem melhor. Ela ia sair em uma missão com a Izzy, mas a missão foi cancelada, então a ruiva iria treinar mais um pouco e iria para casa assistir um filme que tanto queria, já que Jace não podia ir com ela, pois ele tinha uma missão com Alec. Izzy e Simon iam passar todo tempo juntos, então a Clary não podia o chamar pra ficar com ela.

ㅡ Já vai? ㅡ perguntou Jace puxando a ruiva pela cintura, colando seu corpo ao dele.

ㅡ Já. Hoje vai passar um filme que eu não quero perder ㅡ falou Clary enquanto colocava as mãos ao redor do pescoço dele.

Ele aproximou o rosto e beijou os lábios da ruiva. Um beijo suave que começou a ficar intenso, ele a puxou mais pra perto dele fazendo com que os corpos dos dois se encaixando perfeitamente um no outro.

ㅡ Eu... Preciso... Ir ㅡ disse Clary entre beijos.

ㅡ Só mais um ㅡ Ele deu um último beijo na garota quando disse - Quando você chegar em casa, me liga!

ㅡ Tudo bem. ㅡ Ela deu um último beijo no namorado e saiu sorrindo feita boba.

Lá fora já estava escurecendo. Não havia mais ninguém na rua, apenas ela. Estava frio então Clary andou com os braços cruzados para se aquecer. Ela podia fazer uma runa de calor, mas preferia sentir o ar frio que estava ao redor.

[...]

Clary estava perto de casa quando alguma coisa a chamou.

Clary...

Seu nome ecoou pelo lugar. Ela se virou para ver quem a chamava: ninguém, não havia ninguém ali que pudesse ter a chamado. Então ela virou e continuou nadando quando ela ouviu chamarem seu nome outra vez.

Clary...

A voz falou novamente. A ruiva parou e olhou para todos os lados procurando alguém. Ninguém, não havia ninguém ali. Ela começou a ficar assustada e começou a andar de pressa.

Já esqueceu o som da minha voz?

A ruiva parou onde estava. De quem é essa voz? Perguntou-se Clary. Ela virou lentamente esperando achar alguém ali, mas não havia ninguém igual das outras vezes. Ela virou para frente e saiu correndo.

Você acha que pode fugir de mim? Está tão enganada.

Agora a voz ecoava mais alto. Clary não parou de correr e nem olhou para trás. Sons de risadas ecoavam por todo lugar. Clary já estava avistando a casa e começou a correr mais rápido para chegar lá e se esconder do quer que fosse.

Ela subiu os degraus e destrancou a porta rapidamente. Ela entrou e trancou a porta até o fim. Ela estava sozinha em casa. A mãe e o Luke haviam saído para algum lugar que Clary não lembrava. Ela ficou sem entender o que havia acontecido lá fora, não sabia o que ou quem a chamava.

Jace, ela pensou. Ela tinha prometido que ligaria a ele. Pegou o celular e começou a discar o número dele, no segundo toque ele atendeu.

ㅡ Oi, chegou bem em casa? ㅡ ele perguntou a ela.

ㅡ Sim ㅡ mentiu ela. Por um lado, ela havia chegado bem, tirado a voz que a chamou ㅡ Cheguei bem sim. Você já voltou da missão? ㅡ Mudou de assunto.

ㅡ Não, Alec ficou enrolando, então só estamos indo agora ㅡ disse o garoto suspirando.

ㅡ Entendi. Bom, se cuide, não deixe nenhum demônio te matar ㅡ brincou.

ㅡ Pode deixar, vou voltar inteiro pra você ㅡ disse rindo. ㅡ Se cuida, Clary.

Ela balbuciou um "tchau" e depois encerrou a chamada.

Clary foi para o banho. Um banho não muito demorado, pois ela não queria perder o filme. Ela saiu do banheiro e olhou pela janela, já estava à noite. Luke e a mãe pelo jeito iriam dormir fora, ou apenas voltariam bem tarde. Ela olhou seu guarda-roupa procurando o que vestir, ela pegou uma camisola rosa clara de seda e a vestiu, arrumou seu cabelo em um coque frouxo, pegou uma coberta e foi para sala. Ao chegar na sala ligou a televisão e colocou no canal do filme, ia passar um filme em preto e branco que ela amava. Sentou-se no sofá e começou a assistir.

Depois de um tempo a ruiva começou a ficar cansada, por mais que quisesse assistir ao filme, ela estava com muito sono, então, sem perceber, acabou caindo no sono sentado no sofá.

[...]

Clary começou a acordar lentamente. Ela se lembrava de ter dormido sentada no sofá, mas, quando acordou, ela estava deitada em cima de alguém que acariciava seus cabelos ruivos. No começo, ela pensou que fosse o Simon, mas logo descartou a ideia, pois ele estaria com Isabelle o dia inteiro. Ela então achou que fosse Jace, mas logo se lembrou que ele estaria em uma missão com Alec. Clary começou a ficar assustada sem saber em quem ela estava deitada. Ela passou a mão pela barriga da pessoa, que tinha um abdômen bem definido. Lentamente ela apoiou uma das mãos no sofá para poder se levantar a pessoa não se moveu, ela podia sentir o olhar da pessoa acompanhando cada movimento dela. Ela se levantou e ao olhar para a pessoa ficou petrificada: Era Sebastian

Ele a olhava com um sorriso no rosto. Ele começou a se aproximar dela. Ele se aproximou até seus rostos ficarem a centímetros de distância, ela pode sentir o hálito de menta dele. Só agora ela percebeu que prendeu a respiração por causa dessa proximidade toda.

Ela se afastou dele e saiu de cima do sofá e foi correndo em direção ao seu quarto para pegar uma lâmina. Quando ele chegou perto da porta de seu quarto, ela olhou para trás e não viu ninguém, ao se virar viu Sebastian na sua frente, bloqueando a passagem dela para o quarto. Ele começou a dar passos em direção a ela, a cada passo que ele dava para chegar perto dela ela dava um para se afastar dele.

ㅡ Eu achei que você estivesse morto, eu mesma te... ㅡ As palavras se perderam no ar. Ela não queria dizer que ela mesma tinha o matado.

ㅡ Matei? Era isso que ia dizer irmãzinha? Que você mesma me matou? ㅡ Ele continuava dando passos em direção a ela. Retirando uma de suas mãos de trás das costas ele mostrou a lâmina para ela ㅡ Era isso que ia pegar no seu quarto? Sua lâmina?

ㅡ C-como você pegou ela? ㅡ ela gaguejou sem querer.

ㅡ Quando você dormiu, fui até o seu quarto para pegar qualquer coisa que você pudesse usar contra mim.

ㅡ Logo depois de ter me colocado no seu colo? ㅡ Ela já podia ver que estava indo em direção à parede, e já não havia espaço para onde fugir.

ㅡ Sim, e sabe de uma coisa? Você nem lutou para me deixar te colocar em meu colo, você até me abraçou. ㅡ Ele sorriu malicioso.

Ele a olhou dos pés à cabeça e lançou um olhar malicioso ao ver o que ela vestia.

Ela encostou na parede. Já não tem mais para onde fugir, pensou ela. Como ela não podia mais andar para trás para se afastar dele, ele andou até ela acabando com o pouco espaço que havia entre eles e colou o seu corpo no dela, a apertando na parede. Ele aproximou seu rosto ao dela, suas bocas se roçaram e, então, a beijou. Ela sentiu a escuridão a engolir e então desmaiou.