Capítulo 7

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Oi genteeeee, espero que estejam gostando de ler a história tanto quanto eu estou amando escrever. Fico com o coração apertadinho às vezes, mas vamos lá. 

Vou deixar uma imagem do Henrique para vocês. 

Helena

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Helena

— Tenho uma proposta para você. — ele diz sem tirar os olhos da filha.

— Não quero ouvir. Se quisesse realmente fazer alguma proposta teria me procurado primeiro para conversarmos antes de fazer o requerimento de guarda, não acha?

— Mas farei assim mesmo. — Janaina, que tinha ido à padaria enquanto eu e a Valentina tomávamos banho entra na sala e pega a menina do meu colo. Ela vai toda contente assim que vê o prato não mão da babá. Uma esfomeada. — você sabe que ela vai ficar comigo de qualquer maneira, já deve ter procurado um bom advogado para saber quais são as suas possibilidades. Então o que eu quero propor a você é que você vá morar conosco e continuar cuidando dela da mesma forma que tem cuidado desde que ela nasceu.

— Ir embora para São Paulo? — Pergunto retoricamente.

— Sim. Foi o que acabei de dizer.

— Mas o que te levou a essa decisão?

— O fato de que iremos brigar judicialmente por ela. Iremos perder tempo e sabe qual será o resultado? Eu terei a guarda dela, ou no máximo guarda compartilhada com essa briga judicial. Moramos a 2000 km de distância, como poderia dar certo? — ele faz uma pausa e procura a filha com os olhos. Posso ver que você a ama muito e ela vai precisar de você. Não é minha intenção separar vocês duas.

— Eu aceito. — digo sem pensar muito e nem deixar ele terminar de falar.

Uma das minhas características e um grave defeito as vezes é a impulsividade. Sou muito racional no trabalho, entretanto quando se trata de sentimentos e proteger quem eu amo não paro para pensar em nada. Apenas ajo. Fora que qualquer coisa é melhor do que ficar sem minha bebê. E fugir com ela não é uma opção inteligente.

Ele me olha de canto de olho surpreso por minha resposta rápida. Sendo bem honesta comigo mesma, a causa já era perdida. Nenhum juiz tiraria o direito de um pai criar sua filha. Tudo estava a favor dele no momento, desde o fato dele ser o pai, quanto ao fato  de ter condições financeiras melhores do que a minha, e um juiz sempre olha o lado do bem estar e segurança da criança. Eu pesquisei, corri atrás de especialistas para me orientar e apenas se ele fosse uma ameaça para filha, se não tivesse condições financeiras e psicológicas de cuidar da filha seria viável uma luta judicial. Ainda mais um pai que tem toda condição de dar uma boa vida para ela. Eu estava me desdobrando para conseguir pagar as dívidas. Mal tinha para dar uma vida digna para ela. Apesar da Janaina ser uma boa babá meu coração se apertava cada vez que tinha que sair e deixar a menina com ela. Meu emprego não estava lá essas coisas e meu chefe iria me ouvir mandá-lo para o inferno em menos tempo do que podia esperar, aquele ser asqueroso que pensa que pode humilhar e escravizar as pessoas que estão a baixo dele. Sem contar na necessidade de dividir a criação de uma criança com o pai. Ele é o pai e eu estaria ajudando na sua criação. Talvez muitos irão dizer que sou maluca por largar tudo por uma criança que não é minha. Entretanto eu a amo como se fosse. E largar tudo o quê? Se for bem realista comigo mesma, eu não tenho nada, ninguém a quem eu ame mais do que a mim mesma, além dela. Iria sofrer muito com essa separação sem saber se ela está sendo bem cuidada, se recebe amor, carinho, atenção.

Tudo por amor (degustação)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora