Quando voltei para casa, mamãe tentou a todo custo me arrumar um emprego perto de onde ela trabalha. Então ela me contou um dia que abriram uma lojinha de conveniências e estavam precisando de funcionários. Eu fui lá com a cara e a coragem e me apresentei. Consegui o emprego em menos de 20 minutos de conversa com senhor Robson, meu novo chefe.

E o Dylan apareceu quase uma semana depois na calçada da loja e me entregou uma filipeta. Eu convenci Kim a ir comigo ao show deles para fugirmos dos preparativos do casamento dela por uma noite. A Mel ficou com a mãe de Kim.

No final do show eu já tinha tomado algumas tequilas, o que me deixou um pouquinho alegre. Kim me empurrou para ir conversar com Dylan logo depois, e conversa vai e conversa vem nos bastidores atrás do palco, Dylan me puxou pela cintura e me beijou. Durou menos de 15 segundos, e eu jurei a mim mesma que nunca mais voltaria a beber.

Dois dias depois lá estava o Dylan no balcão da loja tentando se desculpar pelo beijo. Eu dei de ombros como quem diz: Tudo bem, foi por impulso... e eu estava bêbada.

Depois dei um sorrisinho amarelo.

Naquela mesma noite depois que meu expediente acabou, Dylan me buscou com sua BMW prata. Nós fomos à Mercer Hall na Ontário Street, e comemos hambúrgueres. E então antes de irmos embora Dylan me pediu em namoro com o canto de sua boca suja com migalhas de pão, e ao som da música ambiente.

Foi até bonitinho, e eu aceitei.

O que poderia dar errado, não é mesmo?

Caroline Funck's voltando a infernizar minha vida. E fora isso, estou de boa.

Esta manhã arrastei meus pés até o carro da minha mãe e escorei minha cabeça no vidro da janela, até mamãe me deixar na calçada da lojinha de conveniências. Onde eu dei um beijinho em sua bochecha, e arrastei meus pés para dentro da loja.

Eu continuo achando que estou emagrecendo, hoje mesmo coloquei na cabeça que minha blusa verde do uniforme está dançando em meu corpo.

— Bom dia raio de sol. — É Amanda, que acena pra mim enquanto arruma alguns produtos nas prateleiras.

E eu me dirijo até o balcão.

Amanda é a garota que divide o turno do dia comigo, ela é alta, magra e um pouco serelepe . E tem outro rapaz também, mas ele deve está atrasado. Ele é irmão da Amanda. E pelo o que eu percebi, enquanto os pés de Amanda coçam para fazer algo de útil com o dia dela, seu irmão é apenas mais um no sofá com o celular na mão. Claro, o ex peguete de Alice Miller nos corredores da Northwestern só podia tá de sacanagem comigo, porquê ele sempre arrumava desculpinhas pra tocar no nome da Alice na minha frente. Saco, isso me irritava logo no início da manhã. E eu fazia questão de o ignorar nessas horas, claro.

— Bom dia. — Eu sorri o máximo que minha animação me permitiu para Amanda.

— Alguém aqui acordou de mal humor. — Amanda veio até mim prendendo os cabelos pretos em um coque. Ela se escorou no balcão a minha frente. — O que foi a última coisa que você comeu? — ela perguntou.

Dor e sofrimento, com uma pitada de raiva.

— Bife com arroz, e salada — respondi.

— Então seu café da manhã foi o que sobrou do jantar?

Eu ri, mesmo não devendo.

— Não, Amanda. Na verdade isso foi o meu almoço de ontem.

— Isabella, o que aconteceu dessa vez? Qual deles dois está te dando dor de cabeça agora?

É, Amanda sabe de Harry e Dylan. Eu contei tudinho para ela uma vez no nosso horário de almoço.

— Chuta.

A Última EstrelaWhere stories live. Discover now