CAPÍTULO NOVE

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Sábado a tarde quando encerrei meu expediente, bati o pé e disse a mim mesma que não voltaria para casa antes de confrontar Dylan

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Sábado a tarde quando encerrei meu expediente, bati o pé e disse a mim mesma que não voltaria para casa antes de confrontar Dylan.

E dito e feito.

Dylan veio me buscar e dentro do carro eu o bombardeei com perguntas.

— Errr...Dylan. A quanto tempo você mora em Waterloo? — Vou direto ao ponto, sem rodeios. Mas continuo encarando os postes de iluminação pública pela janela.

— Desde que nasci, eu acho. — Ele meio que riu da minha pergunta. — Porquê, gatinha?

— Ah, nada não. Pode continuar prestando atenção na estrada.

Não, Isabella. Sem chances dessas suas suspeitas absurdas terem fundamentos. Existem muitas casas próximas ao High Park, e podem ser qualquer uma delas a casa que a prima de Harry comentou com você.

Droga, se eu tivesse prestado mais atenção...

— Dylan, você e seus pais já se mudaram alguma vez? — virei-me para ele.

— Já sim. — Ele disse fazendo pouco caso, sem desviar os olhos da estrada. Dylan estava mascando chiclete. — O que quer saber, Isabella?

— Eu gostei muito do lugar onde você mora. — Sorri. — É pertinho do High Park, deve ser incrível quando o inverno se aproxima. E sua casa é bastante aconchegante. Adorei conhecer seus pais. — Eu disse.

— E minha prima?

— Também. — Digo a contra gosto e dou um sorrisinho amarelo. Nem nos meus piores pesadelos eu me via jantando com Caroline Funck’s. — Foi difícil a mudança na época, Dylan?

— Ah, não. Foi bem tranquilo pra mim. Meus pais encontraram uma casa legal que tinha sido posta a venda à alguns dias já. E eles não perderam tempo. — Ele riu. — Acho que a parte ruim foi só me acostumar com a escola nova na época. Mas fora isso, conheci gente bem bacana por aqui. Fiz amizade rápido com alguns garotos da minha idade, mas não falo com mais nenhum deles hoje em dia.

— Porquê?

— Bom, seguimos caminhos diferentes, gatinha.

— Como assim?

— Não gosto de falar muito sobre isso, então não seja curiosa Isabella.

— Hmmm. Tudo bem — dou de ombros. — Desculpe se fui tão intrometida.

Então eu calei minha boca, achando que Dylan tinha dado aquela conversa por encerrada. Mas eu estava tremendamente errada.

— Sabe, Isabella. Teve uma coisa que me marcou muito quando nos mudamos para aquela casa.— Mantenho meus olhos em Dylan, mas ele ainda continua encarando fixo a estrada a sua frente. — Eu devia ter uns oito ou nove anos por ai, mas ainda lembro como se tivesse sido semana passada.

A Última EstrelaWhere stories live. Discover now