Capitulo VIII

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-Acorda! Acorda!

Voltei a ouvir as vozes a ecoar na minha cabeça. Abri os olhos devagar. A Claridade fazia-me ter vontade de fechar os olhos, mas eu tinha de os abrir para eles que eles soubessem que eu estava bem. O pulso já não me doí-a. Eu continuava deitada no chão da sala de espera do hospital.

-Ela está viva! - ouvi gritarem

Sim, estou viva... Eu não sei se é isso que realmente quero...Estar viva...Neste momento, estar viva não me parece a melhor solução...

-Estás bem? - perguntaram

Eu ouvi perguntarem, mas não tive força para responder... Limitei-me a ouvir...

-Responde-me!

Era a voz do Diogo! Eu tinha a certeza... O meu cérebro podia não conseguir descodificar muita coisa, mas aquela voz iria ser sempre muito clara para o meu cérebro..

Tentei abanar a cabeça para que ele percebesse que eu realmente o estava a ouvir.

-Ela está-me a ouvir! - gritou ele.

Senti as mãos dele a acariciarem-me a face. Respirei fundo e abri os olhos por completo.

-Eu estou bem - consegui finalmente dizer.

- Graças a deus - disse o Diogo, abraçando-me.

-O que aconteceu? - perguntei

- Desmaiaste á uns minutos atrás.

A Sala continuava com as mesmas pessoas, mas desta vez todas á minha volta como se eu fosse um comboio fantasma numa feira popular...Sim, o comboio fantasma é a atração com que mais me pareço... Tenho cara de Zombie e tudo.

-Ajuda-me a levantar. - pedi

-Deixa-a estar no chão - disse uma voz

Todos se viraram para o sitio de onde vinha a voz. Até eu me virei mal e porcamente.

- Eu quero examina-la já! - disse o homem ( a voz ouvida anteriormente)

-Quem é você? - perguntou o Diogo

-Um médico

- Eu não queria intervir, mas eu trabalho aqui e posso certificar-lhe que você não trabalha aqui! - disse a senhora a receção.

-Neste momento trabalho.... - disse o homem

-Não! Você não trabalha! - gritou a senhora da receção.

-Parem! - gritou o Diogo - Quem é você?

-Um médico! Você e ela venham já comigo! - disse o homem

- Mas você não disse que eu não me podia levantar? - disse eu

- Já! - disse o homem

O Diogo ajudou-me a levantar. Mas que raio...Quem seria aquele?

-Sigam-me - disse o homem, assim que nos levantamos.

Eu e o Diogo seguimos o homem. O homem saiu do hospistal e nós fomos atrás dele ( eu ia ao colo do Diogo devido aos vidros que ainda tinha no pé.).

-Onde vamos? Não disse que a queria examinar? Que eu saiba isso faz-se no hospital! - disse o Diogo.

-Vocês fazem o que eu digo e se fazem favor não questionam! - disse o homem

- Posso apenas perguntar-lhe o nome? - perguntei eu

- Podes... - disse o homem.

- Qual é o seu nome? - perguntei eu

PrincesaWhere stories live. Discover now