- Não, idiota. Estou falando do San—Sandy? Sandy!

Algo passou pelo rosto de Louis, e Bebe percebeu imediatamente.

- Lou, o que houve com esse tal de Sandy?

Sabendo que não conseguiria esconder nada de Bebe, Louis suspirou já envergonhado com o que iria revelar.

- Numa festa, no início do ano, eu meio que... hm, pgueiumbquetpraele.

- Você faz o que?

- Pagueiumboquetepraele.

- Pegou uma Juliet com ele?

- Paguei um boquete pra ele!

Somente quando recebeu um olhar mortal da professora é que Louis percebeu ter falado um pouco alto demais – e agora todos o encaravam. Escondendo sua vergonha atrás de uma das peças do cenário, levantou o dedo para uma Bebe gargalhando do outro lado da estrutura.

- Ok, Lou. Dessa vez, com calma e com descrição, me conta o que aconteceu. – ainda rindo, Bebe voltou a pressionar o amigo, ainda vermelho.

Louis demorou alguns instantes para superar seu vexame antes de continuar.

- Resumindo, aquela coisa de sempre. Eu estava bêbado, começo do semestre, impedido e louco para dar, ele cruzou meu caminho, chupei ele, achei ruim e saí contando pra todo mundo que o pau dele era pequeno como a péssima vadia que sou. É isso. Fim.

Bebe piscou várias vezes antes de puxar o ar pra dentro dos pulmões e prosseguir:

- Calma, me perdi. Por que está me contando isso mesmo?

- Você me perguntou o que tinha acontecido entre Sandy e eu. – batendo na própria testa, Louis bufou. – Lenta.

- Lento é você, burro do Shrek. Vocês dois; Harry é a dinossaura.

- É uma dragão. Ou é um dragão? Dragão é unissex? Sei lá, enfim, o burro é casado com um dragão, sua lenta. Não sabe nem ofender direito.

- Lou, foca.

- Não, dragão. Dra-gão. Foca é outro bicho.

Louis percebeu que havia cruzado a linha limite da paciência de Bebe quando levou um tapa, e bem forte, no braço.

- Ok, ok. Parei. Harry, Sandy, ok. – ainda posicionada para ataque, Bebe esperou a continuação. – Nick estava ontem, na cidade, com a gente. Parei de contar a história aí, enfim. Ele me pegou de canto uma hora pra contar uma coisa.

E parou aí. Bebe piscou.

- Que coisa, Louis?

- Uma coisa, ué.

- Louisa William Shakespeare Patrickenson, tem três segundos pra me contar essa porra antes que eu saia contando pra todo mundo que passa creme especial na bunda.

- Não se atreveria.

- Um.

- É uma área muito grande ok, precisa de hidratação extra.

- Dois.

- Olha, amigos não fazem isso e—

- Três. – assim que colocou as mãos em forma de concha na frente dos lábios, Bebe foi atacada por um Louis saltitante.

Atingindo o chão não tão silenciosamente quanto desejava, Louis tampou a boca de Bebe com as mãos.

- Nick acha que Harry e eu já transamos antes, bem no começo do semestre, e que não nos lembramos que aconteceu. E agora eu também acho porque quando estava com ele, senti algo familiar na situação. – soltando as mãos, Louis suspirou aliviado ao ver que Bebe não iria gritar ao que seus lábios formavam um círculo perfeito. – Pronto, é isso. Agora entendeu? Não vai mais expor pra todos o meu creme de bunda?

once upon a plug {l.s}Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum