Antes:
Após aceitar unir-se aos escravos para fugir da nave, Kajka conhece a autora do ataque ao banheiro, Nila, e aceita acompanhá-la numa missão secreta pela promessa de poder matar.
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Agora:
Quando a névoa se dissipou, todos, exceto eu, foram arremessados para lados diferentes.
Assim como a que fiz com Kloéh, aquela viagem foi rápida. Fomos catapultados para uma cama elástica gigantesca, jogados contra o solo e plim estávamos em outro lugar.
Reconheci os corredores nada confundíveis da nave, mas agora estavam diferentes. Estavam escuros. Com pequenas luzinhas brancas iluminando-os. Nila aproximou-se de mim.
― Tudo certo, aí? ― perguntou.
― Sim! ― respondi.
― Beleza, então vamo! ― ela disse e dirigiu-se ao corredor à nossa frente.
A segui com Orcen e Oirét vindo logo atrás.
― Onde nós estamos indo? ― indaguei.
― Ao gropA da nave! ― respondeu Nila, hesitante.
― O que é Gro-u-pa?
― Eu num sei ― disse ela. ― Num sei cumé qui si chama na sua língua, além do mais... PARA!
Ela freou bruscamente pouco antes de virar uma esquina e quase a atropelei.
― Que foi?
― Fala báxo! ― ela olhou rapidamente para o caminho. ― Tem Darrakes ali na frente. Eles vão prum lugar secreto quando as coisa ingrossa, mais sempre ficam uns pur aqui.
Nila remexeu em seu blusão e tirou um objeto estranho. Tinha formato de "L" e parecia feito de vidro vermelho com uma ponta metálica.
― E o que é isso aí? ― perguntei.
― É uma arma ― disse ela. ―, eu mema qui fiz!
Uma corrente elétrica me atravessou.
― Ela faz barulho?
― Um poco, mais...
― É melhor não chamar a atenção ― quase gaguejei antes de dizer as próximas palavras: ―, deixe que eu cuido deles.
A Abanium me olhou, em dúvida. As antenas se movendo freneticamente como se sua dona estivesse pensando muito e muito depressa.
― Tu tem certeza que dá conta? ― questionou.
Respirei fundo. Minhas mãos coçavam. Meu coração acelerava. Olhei no fundo dos olhos dela e disse com o máximo de sinceridade que consegui:
― Total.
― Intão vai ― permitiu. ―, mais vê se garante qui eles num fuja.
Respondi com um gesto simples com a cabeça, enquanto agradecia infinitamente por dentro.
Avancei para o corredor onde os Darrakes estavam. Eram dois. Usavam as mesmas armaduras pretas que os demais e tinham os joelhos ao contrário. Olhavam um para o outro, conversando. As armas em punho, porém sem o brilho que demonstrava que estavam ligadas. Realmente, sem o tubo não há sistema e sem sistema não há armas e sem armas... são ainda mais indefesos.
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Aquele Que Veio de Fora!
Short StorySem qualquer lembrança de quem é ou de onde veio, um rapaz acorda flutuando em um lugar desconhecido. Quando é encontrado por um estranho grupo, ele recebe o nome de Kajka e conhece Kloéh, uma médica disposta a desvendar cada um de seus mistérios. E...