Prólogo

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 PRÓLOGO

 '' Bem vindo a insanidade''

Sangue, muito sangue na banheira onde um corpo de uma jovem garota estava mergulhado, olhos, a mais que belos olhos ela tinha, azuis como o céu em um belo dia de sol, cabelos negros como a sua pobre e medíocre alma, seu corpo já estava muito pálido e gélido, pois já se tratava de um corpo morto, pequenos pedaços de carne humana boiavam nesse sangue fazendo a banheira transbordar às vezes, aquele belo cheiro me fascinava, era o cheiro da morte, já havia sentido aquele cheiro uma vez, não teria de como me esquecer disso, o prazer de ver um morto a sua frente, é como uma obra de arte te faz se sentir um deus, e quando viramos deus não há limites para a insanidade. Linhas de sangue escorriam no pequeno e delicado corpo da jovem nua, ela estava sentada na banheira com suas mãos e perdas pressas, sua cabeça estava abaixada quase não se via o rosto com o cabelo na frente somente os olhos saltados de morte ganhavam um grande destaque, sua boca estava completamente destruída nas laterais e os lábios estavam como se estivesse sido arrancado com as mãos, braços e pernas estavam cheios de cortes, mas cortes muito profundos como o corte de um bisturi, alguns dedos foram arrancados, a barriga nem dava para ver mais com a intensidade do sangue naquela parte e com o enorme buraco a onde ficava seus pulmões e o coração, insetos foram colocados nesses buracos para ajudar na decomposição do corpo na banheira, vespas, baratas, moscas, gafanhotos e larvas caminhavam internamente o corpo da jovem que cada vez mais ficava pálido e frio, alguns fios de cabelos começaram a cair ao poucos, parecia que a jovem mesmo morta estava sofrendo ainda mais, o seu olhar agoniava cada vez mais até que uma das larvas se aproximou e começou a comer o seu olho direito, escorrendo mais gotas de sangue pelo corpo.

Ela ficou lá por alguns minutos enquanto os insetos devoravam a sua carne, até quando um ruído surgiu pela pequena sala, era o ruído da porta abrindo, e depois se seguiu o som de passos, estava um pouco escuro, as luzes somente iluminavam as paredes e o corpo, as paredes eram muito sujas e rabiscadas com coisas horríveis escritas nela como 'monstro, canibal e sangue' tinham centenas de palavras escritas na parece algumas em até outros idiomas como o latin e o francês. O som dos passos seguiu até chegar próxima a garota morta, era um homem, muito alto e de umas aparências físicas bruta, cobertas dos pés a cabeça por roupas pretas, cabelos longos que lembravam até mesmo os belos cabelos da jovem a sua frente, e seu rosto ao era visível com aquela escuridão de seus cabelos tampando a sua face. Logo que parou em frente à banheira pegou a garota sem muita demora, a tirou daquela água cheia de sangue, a colocou no chão e começou a puxar pelos pés, arrastada ele a levou pela casa, cheia de corredores e salas muito escuras, coisas quebradas e queimadas ao todo redor, ele foi caminhando e arrastando a morta por alguns segundos até chegar na sala onde ele desejava. Sala vazia, só havia uma cadeira de madeira e em cima três correntes penduradas ao teto da sala, pegou a moça no colo e logo subiu em cima da cadeira, juntos os pés da jovem e pendurou em uma das correntes, depois fez a mesma coisa com os outros dois braços, a posição ficou idêntica ao de uma cruz de ponta cabeça, ele ficou a analisando por alguns segundos enquanto pesava no seu próximo passo, assim se retirou da sala, mas logo voltou com uma pequena toalha branca uma garrafa e um isqueiro, pegou a toalha envolveu sobre a cabeça da jovem e jogou o liquido da garrafa, ascendeu o isqueiro fazendo criar uma chama forte e quente na cabeça da mulher. Ele á olhava com um certo orgulho com os mesmos olhos de um artista quando termina sua obra depois de anos, seu olhar também lembrava os de uma criança quando ganha algo que queria muito, esse olhar foi seguido de um belo sorriso, um sorriso psicótico e assustador causando uma deformação em seu rosto, agora era um rosto de um assassino a sangue frio, um homem sem coração e em outras palavras um monstro. Ele seguiu para o fundo da sala onde havia uma pequena pia toda ensangüentada, lavou sua mãos, mas nesse exato momento ouve-se um barulho de estou ecoando pela casa, agora sua expressão era de terror e medo, ele correu como uma pressa tentando fugir da caça, corredores continuavam bem escuros só que ele sabia o caminho de toda a casa, mas não durou muito tempo durante sua corrida tentando fugir de algo que poderia ser ameaçador para ele finalmente foi pego por cerca de sete a oito homens, eram policiais, ele não hesitou em tentar fugir, mas seis desses homens o seguraram, ele era muito forte maior que todos e com muita força bruta, os outros dois policiais que estavam a dois metros dali foram ajudar a segurar aquilo que parecia ser um monstro e não um homem, um nono homem também se aproximou e deu voz de prisão enquanto o assassino continuava a tentar se soltar das mãos dos oitos policiais que o estavam segurando, seus olhos começaram a escurecer sua visão ficou fraca logo não se conseguia manter-se de pe até que desmaiou e assim facilitou o trabalho dos policiais.

Só o retornou a consciência quase um dia depois, ele estava colocado em uma camisa de força sentado em uma sala da prisão, se sentia muito perdido do que havia acabado de acontecer, foi tudo tão rápido como ele não escapou, ficou lá durante horas e horas até que um homem entrou na sala, era aquele mesmo que deu a voz de prisão, o capitão da policia local, ele se sentou em uma segunda cadeira na sala, ambas colocadas perto de uma pequena mesa de ferro, a sala tinha um enorme vidro que se localizava ao lado da porta de entrada, o capitão estava muito bem arrumado suas vestes lembravam a de um xerife, aquele com sangue nos olhos sem piedade alguma e que já viu de tudo nessa vida, mas ele não é bem assim, notasse pela aparência, um homem já bem vivido com uma cara cansada e barba muito mal feita, olhos fundos e lábios trêmulos, os dois logo começaram a se encarar até que o capitão resolveu soltar as primeiras palavras e se apresentar primeiramente:

- O meu nome é Jeremy, e eu sou o capitão de policia que comandou a operação para te encontrar – sua voz combinava perfeitamente com o seu rosto, era cansada, e soava com um tom de tremor – Segundo os documentos que foram encontrados em sua casa o seu nome é Ryan Smith e têm trinta e quatro anos, você confirma essas informações?

O homem permaneceu calado por alguns segundos, seus cabelos longos e negros cobriam o seu rosto furioso e com pequenas cicatrizes, com um olhar fixo e assustador ele permanecia lá sem piscar olhando diretamente para o capitão de policia, demorou um pouco até ele soltar um sorriso levemente, não sabia qual era a razão disso, será que ele achava graça de estar lá ou as informações ditas pelo capitão estavam erradas? Finalmente ele resolve e solta uma pequena frase com uma voz bem confiante:

- Sim, essas informações estão corretas – mas que bela voz, era como o som de um trovão em meio a uma noite na floresta, sua voz se destacava muito fácil a de qualquer outro homem naquela delegacia.

- Eu tenho aqui algumas perguntas que precisam ser respondidas antes de você ir para o manicômio, mas antes preciso que me diga uma coisa, foram achados mais alguns documentos que confirmam que você era irmã de Janet, a sua primeira vitima, logo depois dela você mudou os seus padrões de assassinato, resumindo você se aperfeiçoou nisso, mas não encontrei nenhuma razão para tal crime com a sua irmã, por favor, espero que conte tudo, pois você já foi indiciado não á nada a perder – sua voz era de reclusão, sentia se o medo de estar ao lado daquela brutamontes psicopata.

- Você entende certas coisas me acredito cada segundo de nossas vidas, como ela pode se tornar tão importante no universo, somos apenas seres, produto de uma evolução inesperada na existência, somos vermes se rastejando por um bocado de coisas sem sentido, nos tornando fútil cada vez mais, todos nós nascemos podendo se colocar ao mesmo nível de Deus, nós podemos dar a vida e também podemos tirar vidas, o que nos torna Deus dos vermes, devemos parar de nos importar com a existência de certas pessoas, isso não vai mudar o que é, e quem nós somos eu sim matei todas aquelas pessoas, senti a exaustão e o prazer de machuca-las até onde pudesse e depois olhar bem de perto o quanto somos insignificantes depois de mortos.

Ele pretendia continuar tal discurso insolente e louco, mas foi interrompido, por outras perguntas, foram tantas, mas nenhuma com uma resposta objetiva era apenas uma enrolação ele sabia muito bem que estava no fim da linha e que de lá não havia mais saída, enquanto era carregado de volt a sua cela para aguardar a transferência para o hospício, ele gritou, berrou como um urso furioso em seu esconderijo disse certas palavras que impôs medo a todos no redor.

- Por favor, me mate o mais rápido que puderem, pois se um dia eu sair daqui eu sei que vou continuar, não há como parar eu já me perdi a muito tempo, EU GOSTO DISSO, EU ABRACEI A INSANIDADE, SOU COMO UMA MAQUINA PRONTA PARA MATAR!

Então esse ficou conhecido como o primeiro caso e até hoje o mais famoso na pequena cidade, ele agora está longe dela, nunca si quer voltou a disser as mesmas coisas do que aquele dia, a policia local pediu ajuda das outras cidades para tirar o pavor e medo dos outros cidadãos, tudo lá desabou por longos anos, realmente a cidade andava mal, aquilo parecia apenas ter sido a principal porta de entrada para o mal.

Até chegarmos aos dias atuais onde tudo parecia ter se acalmado depois do ultimo caso tenso registrado pela policia, uma pessoa finalmente poderia ter uma vida tranquila lá novamente, pois tudo seguia do jeito certo ou pelo menos pensávamos que sim.

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