Amor de verão

Capítulo 20

Dias se passaram depois do ocorrido com as fotos e ninguém,
exceto Noah estava falando comigo, Bia disse que desencanou
dele e estava de “olho" em Conrad, mas eu não acredito muito,
hoje vai acontecer o meu aniversário de dezesseis anos e a
Abuela vai embora no dia seguinte, de acordo com ela precisa
resolver suas coisas.
Eu acordei cedo, mas não estava com um pingo de ânimo para
poder curtir meu aniversário, ninguém com que eu me importo
estaria falando comigo ou se quer estaria no meu aniversário,
talvez Clara, só por que seu pai com toda certeza iria obriga-la.
--- Filha, você precisa começar o seu dia de princesa. – Ela diz
entrando no meu quarto e abrindo todas as minhas cortinas.
--- Fecha isso! – Digo colocando uma almofada em meu rosto.
--- LEVANTA! – Minha mãe diz tirando a almofada do meu rosto
e me puxando da cama.
--- Não me faz levantar daqui, por favor!!! – falo
choramingando.
--- Nem se eu for te dar o seu presente agora? – Ela diz
tentando me convencer o que deu certo.
--- Primeiro o presente. – Digo me sentando na cama.
--- Está bem. – Ela diz abrindo a porta do quarto novamente e
uma bolinha de pelo vem correndo.
--- EU NÃO ACREDITO!! – Falo pulando da cama e indo atrás
dele que se assusta e corre para trás das pernas da minha mãe.
--- Você sempre quis, então ai está, Feliz aniversário querida. –
Minha mãe diz vindo me abraçar.
--- Obrigada. – Falo retribuindo o abraço.
--- Agora, pode ir se arrumar, quero você lá em baixo daqui a
meia hora. – ela diz séria e fecha a porta.
Corri para tomar um banho e coloquei um conjunto de short
cintura alta e um cropped, quando desci para tomar café, Claro
se levantou e saiu.
--- Ela vai te perdoar. – Carlos diz.
--- Espero, por que eu realmente não fiz nada. – Digo.
--- Feliz aniversário! – Carlos diz colocando uma caixinha de
veludo em minha frente e espera até eu abrir.
--- Obrigada, é perfeito. – Falo o abraçando depois de ver que é
um colar de pérolas.
--- Que bom que gostou, preciso ir, mas chegarei a tempo da
festa. – Carlos diz beijando a minha cabeça e sai.
--- Feliz aniversário Hermanita. – Bia entra assim que Carlos sai.
--- Obrigada. – Digo enquanto Maria coloca algumas comidas na
mesa.
--- Espero que você tenha o aniversário que merece. – Ela diz e
sai.
Estando sozinha na cozinha aproveitei para comer rápido e em
menos de dez minutos minha mãe já estava pronta para irmos
ter o nosso dia de princesa, Clara, Sarah e Bia também foram
com a gente, mas nenhuma delas falaram comigo o dia todo.
Passamos o dia todo em um SPA, me arrumei lá e eu preciso
admitir que eu estava me sentindo uma verdadeira princesa,
meus cabelos claros estavam com alguns cachos nas pontas,
com uma tiara de flores, meu vestido a cima dos joelhos em um
tom bege, assim como a tirara, os meus olhos azuis marcados
com uma leve sombra rosa bem clarinho, sapatos combinando
com o vestido.
--- Você está uma verdadeira princesa. – Minha mãe diz assim
que me ver pronta.
--- Uau Hermanita, está muito bonita. – Ela diz e sai do local
pois estava recebendo uma ligação.
Clara e Sarah não deram nenhum elogio ou fizeram algum
comentário, apenas estavam conversando entre elas mesmos.
Todas já estávamos prontas e já estávamos a caminho da festa,
Noah disse que estaria lá para me ver descendo as escadas e
dançar comigo a primeira valsa.
Assim que chegamos, Clara, Sarah e minha mãe entraram pela
porta da frente e foram cumprimentar alguns convidados, Bia
disse que me ajudaria a entrar pelos fundos, então fomos eu,
ela e Taylor, que nós ajudou a chegar até o andar de cima sem
que ninguém nos visse.
Assim que subimos a abuela estava me esperando no meu
quarto com uma pequena caixinha em suas mãos.
--- Está linda mi hija. – Ela diz vindo em minha direção.
--- Gracias abuela. – Falo em nossa língua e vejo a abuela
derrubar uma lágrima.
--- Mi hija, isso era da sua tía, seu papa, deu a ela quando eram
crianças, antes de tudo acontecer, agora quero que fique com
você. – Ela diz me dando a caixinha.
--- Abuela... – Digo fraco abrindo a pequena caixa e vendo um
lindo pingente de infinito em uma pulseira.
--- Sua tía usava em uma pulseira, então achei melhor colocar
em uma pulseira também. – Ela diz se levantando.
--- Obrigada Abuelita. – Digo abrindo a tachinha da pulseira e
colocando em meu braço. – É linda. – Completo.
--- Vou deixar você se preparar, te espero lá em baixo. – Ela diz
saindo do quarto.
Fiquei alguns minutos me preparando para ir até a escada,
quando escutei Bia conversando com alguém pelo seu telefone,
então parei para prestar atenção. Então me encostei em uma
parte que tinha alguns microfones.
--- Eu já te disse que estou fazendo tudo o que eu posso! – Ela
diz. --- Eu te disse que até eu ir embora ela vai ficar sem
ninguém, incluindo o Noah. – Ela diz novamente me fazendo
prestar atenção. --- Eu enviei aquela foto para todos da escola
não enviei? Metade das pessoas já estão sem falar com a Gabi,
é só questão de tempo para...
--- Questão de tempo para quer Gabi? – Pergunto séria.
--- Hermanita! – ela diz pulando de susto e tentando disfarçar.
--- Eu escutei tudo. Agora, por que? – Pergunto tentando
entender.
--- Você me pergunta por que? Você e a sua querida mama
arruinaram a minha vida. Eu, minha mãe e o meu pai éramos
felizes, até a sua mãe descobrir sobre nós e ir contar para
minha mãe, eu perdi tudo. – Ela diz com um tom de ódio.
--- Não temos culpa se ele tinha duas famílias, vocês também
não. – Digo tentando entender o lado dela e tentando fazer
com que ela entenda o nosso.
--- Eu não quero saber, depois disso o meu pai ficou maluco, se
envolveu com álcool e drogas, tentou me matar, tentou matar a
minha mãe, tudo isso por conta de vocês! Então você acha
mesmo que eu vou deixar VOCÊ ser feliz? Eu já comecei a
estragar a sua vida e vou continuar estragando. Quando você
perceber, não vai ter ninguém. – Ela diz se aproximando mais
de mim me fazendo ir andando para trás também. --- E sim, foi eu que peguei o seu celular e mandei a foto para todos os seus
colegas, agradeço ao Conrad, ele que me deu todos os
contatos. – Diz se aproximando mais até nos desequilibrar.
Caímos sobre as cortinas e bolamos pelas escadas até o último
degrau, quando nos levantamos todos estavam nos olhando
como se tivessem escutando tudo.
--- GALERA, A PISCINA E AS COMIDAS JÁ ESTÃO LIBERADAS! –
Escuto uma voz familiar gritar e era o Manuel.
Enquanto todos estavam indo para a parte da piscina, eu e Bia
nos levantamos, todos exceto as pessoas da família saíram da
sala e então Maria fechou as portas.
--- Quer dizer que foi você? – Clara diz indo pra cima de Bia.
--- Do que estão falando!? – Bia tenta se fazer de vítima.
--- Se manca garota, escutamos TUDO. – Sarah diz.
--- Você está encrencada mocinha. – Abuela diz.
--- Quer saber? Eu estou cansada de fingir ok? Isso mesmo, eu
fiz tudo, meus planos era trazer o papa para cá também, mas
não consegui localiza-lo, vocês não merecem a vida que tem,
não depois de estragar a minha vida. – Ela diz e sai para a parte
de cima.
--- Desculpa mi hija. – Minha abuela diz envergonhada.
--- Abuela, a culpa não é sua, não se preocupe.
--- Nós fomos injustas com você, deveríamos saber que você
não estava mentindo, nós te conhecemos. – Clara diz se
aproximando.
--- Desculpa mesmo Gabi. – Sarah diz.
--- Não se preocupem, vamos continuar com a festa.
Após o ocorrido aproveitamos bastante e agradeci por Noah
está estacionando o carro quando a queda aconteceu, por que
eu ficaria com mais vergonha ainda, mas muitas pessoas
gravaram. O restante da festa aconteceu, mas sem a Bia, a
abuela disse a Maria que a trancasse no quarto para que ela
não sumisse antes de irem embora. As quatro horas da manhã
todos os convidados já tinham ido embora e só estávamos nos
de casa, enquanto alguns funcionários já estavam fazendo a
limpeza da área da piscina eu estava sentada nos degraus em
frente a minha casa e pensando na aventura que eu vivi.
--- Acho que você me deve uma dança. – Noah aparece em
minha frente oferecendo sua mão que eu gentilmente aceito.
--- Acho que você que me deve uma dança. – Digo me
aproximando mais dele me encostando em seu ombro e
começando uma dança lenta mesmo sem musica --- Tinha
razão... – Digo e ele simplesmente para e olha par mim.
--- Sobre o que exatamente? – Ele pergunta curioso.
--- Eu me apaixonei por você. – Digo olhando em seus olhos.
--- Eu sempre fui apaixonado por você. – Ele diz e me dá um
beijo demorado.