Capítulo 8

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Noah nós levou até o carro dele e Clara pediu para que eu fosse
no banco da frente, para que ela pudesse se esticar e cochilar
um pouco. Não sei dizer se ela realmente quer cochilar ou se
ela só quer que eu sente na frente com o Noah.
--- Então você veio do Brasil, mas ouvi você falar em espanhol. –
Ele diz concentrado na pista e mudando a sua expressão para
dúvida.
--- Minha mãe é Brasileira, meu pai Mexicano. – Falo como se
fosse óbvio.
--- Acho que a Clara está um pouco bebinha. – Ele diz a olhando
pelo retrovisor.
--- Pois é. – Falo.
--- Quantos anos você tem? – Ele me pergunta.
--- Para uma pessoa que ler muitos livros você não sabe que é
falta de educação perguntar a idade de uma dama. – Falo rindo.
--- Eu.. – Ele ficou sem fala e eu fiquei rindo.
--- Você vai ter que descobrir sozinho. – Falo.
Fomos o caminho todo conversando sobre coisas aleatórias até
chegarmos em frente a minha casa. Ficamos alguns minutos
dentro do carro ainda, criando coragem para carregar a Clara
que estava em um sono profundo.
--- Ela é pesada. – Falo passando um braço dela ao redor do
meu pescoço.
--- Eu posso levar ela no braço, se você quiser.
--- Ela está de vestido, está fora de cogitação eu deixar você
carregar ela. – Falo como se fosse óbvio.
– Eu não vou fazer nada. – Ele diz passando o outro braço dela
pelo pescoço.
--- Eu sei, eu só não gostaria de estar de vestido e um garoto me
carregar, ainda mais desacordada.
Entramos dentro da casa carregando a Clara, que inclusive é
muito pesada , e a casa é de andar, então já podem imaginar a
aventura que foi para subir com essa garota.
--- Esse é o quarto dela. – Falo apontado para a porta.
--- Então presumo que o seu seja do outro lado. – Ele pergunta
abrindo a porta do quarto.
--- Sim. – Falo o ajudando a colocar ela na cama.
--- Eu tiro os sapatos. – Ele diz já retirando os sapatos da Clara
sem ao menos que eu pudesse responder.
Esperei que ele tirasse os sapatos da Clara e em seguida
caminhamos até a entrada da casa. E ficamos alguns segundos
em silêncio até ele resolver quebrar o gelo.
--- Te pego amanhã as sete, vamos jantar. – Ele diz chegando
mais próximo.
--- Nem pensar. – Digo.
--- Não se preocupe, você vai se apaixonar por mim. – Ele diz
agora segurando o meu rosto e em seguida se afastando.
Ele segurou o meu rosto de uma forma que ficamos muito
próximos e eu conseguia sentir a sua respiração, mas do
mesmo jeito que ele se aproximou rapidamente de mim, ele se
afastou, foi até o seu carro, e sorriu para mim.
--- Nos vemos na escola, não esquece, as sete eu estarei aqui, a
sua espera. – Ele diz e por fim entra no seu carro e vai embora.
Eu fiquei por alguns minutos sentada na escada em frente a
casa, apenas tentando entender o que tinha acabado de
acontecer, nenhum garoto antes tinha conversado comigo
dessa maneira.
--- Abuelita. – Falo para mim mesma e entro correndo em
direção ao meu quarto.
Esperei alguns segundos até a abuela atender a chamada. Eu
amo contar todas as coisas para a ela, é como se eu tivesse
contando para o meu papa, ela é um pedacinho dele.
--- Olá mi hija.
--- Oi abuela. – Falo.
--- Está muito tarde querida, amanhã você não tem escola? –
Ela pergunta me olhando atentamente.
--- Sim, mas eu prometi que ligaria e sabe que eu não quebro
promessas. – Falo.
--- Sei sim.
--- Manda um beijo para o abuelo, eu vou dormir agora, te amo
abuela.
--- Te quiero mi amor.
Assim que desliguei a chamada não demorou muito para que
eu pegasse no sono, o meu dia tinha sido bastante puxado para
uma segunda feira.

Amor de verão Where stories live. Discover now