Capítulo 9

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And take a piece of my heart and make it all your own so when we are apart you'll never be alone ♪


Victor 

Chegar com o cachorro em casa foi fácil, o difícil foi descer do carro com ele. O cachorro era lindo, estava vacinado e limpo o  problema era minha mulher. Caroline nunca foi muito fã de animais, na verdade ela não tinha nada contra eles, o problema era que ela é alérgica a pelos e nós dois tínhamos a algum tempo atrás entrado num consenso que animais na nossa casa seriam só sem pelos, ou seja, teríamos só peixes. Eu sabia que levaria uma grande bronca, mas que depois Carol amaria o cachorro assim como eu já estava o amando. 

-Não vai descer? - Bruce perguntou. 

-To descendo. - falei saindo do carro e pegando o cachorro, as roupas que tínhamos feito para ele já estavam na mão do Bruce. 

-To louco pra ver a Carolzinha brigando com você. - ele falou rindo. 

-Ela vai brigar com você também, por que eu vou dizer que você que me levou até ele. 

-Droga. 

Ele abriu a porta da casa e entrou eu entrei seguido por ele. Carol estava deitada de barriga pra cima no chão e João, Rick e Ava estavam brincando ao seu lado. 

-Querida cheguei. - falei atraindo a atenção de todos eles. 

-Papai. - João largou os brinquedos no chão e correu até mim, enquanto Rick e Ava faziam o mesmo. 

-O que é isso na sua mão? - Carol perguntou olhando o nosso novo filho. 

-O "auau" novo do João. - falei como se fosse óbvio. 

-O que nós tínhamos conversado sobre animais? - ela perguntou com aquele olhar de mãe que da bronca no filho. 

-A culpa é do Bruce. - falei. 

-Não perguntei de quem é a culpa, você vai ficar de castigo alguns dias por isso. - modo mãe estava ativado. 

-Isso não Carol. - o meu modo filho estava ativado.  

-Isso sim. 

Deixei pra tentar mudar a ideia dela depois e voltei a me concentrar no meu filho que me olhava de baixo. Me abaixei com o cachorro no colo e mostrei ele pras crianças. João colocou as duas mãos no rostinho. 

-Olha filho, seu novo cachorrinho. Temos que escolher o nome dele. - falei pra ele me sentando no chão com o cachorrinho nos braços. 

-Oh. - ele falou chegando na frente do cachorro que latiu pra ele. Ele correu se esconder atrás da perna do Bruce que olhava tudo em pé. 

-Vem filho. - eu estendi a mão pra ele. - Ele não morde, quer ser seu amigo. 

-Oh. - ele falou de novo quando chegou mais perto, dessa vez o cachorro ficou quietinho. Vi que Carol olhava a cena. 

-Ele é cego, então comprei uma coleirinha daquelas tipo de gato que faz barulho, mas vou manter as proteções nas quinas dos móveis  e ele vai aprender a viver com a gente no nosso espaço. - ela só acenou que sim.

 Voltei minha atenção pra JP que agora tentava colar a mão no cachorro mais ainda tinha medo. Ajudei a perder o medo e colocar a mão no cachorro, ele fazia carinhos na cabecinha do cachorro. 

-Como ele vai chamar filho? - falei olhando os dois interagindo. - Vem cá Rick, vem Ava. 

-Oh. - meu filho falou de novo mostrando o cachorro pros dois. 

-Oh. - Ava repetiu e eu tive certeza que meu cachorro tinha um nome. 

-Ele vai chamar Oh? - falei pro meu filho. 

-Oh. - ele me respondeu. 

-Carol, nosso filho de quatro patas tem um nome. Ele chama Ooh, com dois "o's" pra ficar mais chique. - falei olhando a minha mulher que estava sentada no sofá olhando eu e as crianças brincando. 

-Ta. Precisamos conversar. - eu logo premeditei a briga pelo cachorro - Bruce você fica com as crianças? Logo Nick e Bea estão descendo e meus sogros já já chegam. 

-Podem ir tranquilos, nós estamos com tudo sob controle aqui. 

-Vamos. - ela disse. 

Ela saiu caminhando casa a dentro, ela entrou no quarto em que a estávamos  dormindo e esperou eu entrar, fechou a porta e a trancou. 

-Acho que a conversa aqui não vai ser muito bonita, mas vamos lá. - ela suspirou e começou. - Hoje quando fui na sua sala te entregar os documentos eu notei que Camila está grávida. 

-Faz tempo, deve estar nascendo já.. - eu fui interrompido por ela. 

-Sim, mas o foco aqui é outro. Ela disse pra mim que o bebê que espera é seu. - acho que a cara que fiz foi algo fácil de ler porque logo ela começou a falar de novo. - Eu conheço o cara que me casei, eu conheço o amor que ele sente por mim, então não Victor, eu não estou duvidando de você, mas seja lá o que ela planeja com essa merda a gente tem que mostrar pra ela que a gente tá mais unido que ela e que isso não vai mudar nada aqui. 

-O que você planeja? - perguntei pra ela que estava me olhando. 

-Você vai colocar ela contra a parede, vai falar que se ela me disse que o bebê era seu pra ela estaria tudo bem fazer exame de DNA, e que ai sim você começa a planejar como será a vida de vocês. Você vai ter que improvisar. 

-Certo. - falei pra ela - Mas Carol, independente do que ela tentar fazer nada vai fazer a gente se separar. 

-Nada. 

-Na alegria e na tristeza. - falei. 

-Na saúde e na doença. - ela completou. 

-De cartucho cheio ou vazio. - falei. 

-Entre computadores e armas. - ela disse. 

-Até depois que a morte tentar nos separar. 

-Por que eu te amo. - ela falou e lágrima começaram a escorrer do seus olhos. 

-E além do pra sempre vou amar. 

Beijei ela com todo o amor e desejo que tinha dentro de mim, a abracei e ele passou os braços pelo meu pescoço e começou a acariciar minha nuca. O beijo foi aumentando a intensidade e eu começando a me animar. Tentei puxar ela pra mais perto e pra evoluir aquele beijo pra algo a mais quando ela se soltou de mim. 

-Não. Você está de castigo até daqui duas semanas. - ela disse me dando um tchauzinho e abrindo a porta. 

-Ah Carol, isso não. 

-Isso sim. Boa sorte com isso. 



StayOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz