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Derek

Passamos o resto de sábado e a tarde de domingo na minha cidade, mostrei os lugares onde eu costumava ir, os meus colegas de infancia, saimos eu, ele e melissa, e eu tentei ao maximo distrai-lo do que aconteceu na manhã de sábado.

- Bom, nós já vamos pai, quando eu encontrar um lugar legal eu te ligo – digo dando um breve abraço nele e um forte abraço em melissa – tchau tampinha.

- Não demora não, eu to ansiosa pra ir pra lá – diz ela com aquela carinha fofa de criança, ninguem dava dezesseis anos pra ela.

- Pode deixar, jason vai me ajudar – digo e dou um beijo em sua testa.

- Tem certeza que não querem ir de avião meninos? Eu mando o carro depois – diz meu pai preocupado, minha mãe morreu em um acidente de carro e desde então ele não passa muito tempo dentro de um.

- Não pai, valeu, eu realmente preciso do carro amanhã – digo e espero jason se despedir logo após vamos pro carro.

A mesma coisa que aconteceu na vinda aconteceu na volta, nos divertimos, sua risada gostosa era ouvida como musica, passamos quatro horas de viajem sem colocar musica uma vez se quer, apenas conversamos e rimos, chegamos no dormitorio do campus a nove horas da noite.

- Então, boa noite – digo sorrindo assim que paro em frente sua porta.

- Boa noite – diz e fica olhando pra mim, eu paraliso, não sei se devo ficar ou ir, mas então eu dou um passo a frente e fico a centimetros de distancia – Derek?

- Oi? – digo e vou chegando mais perto e começo a sentir sua respiração ficar descompensada e bater no meu rosto.

- Obrigado pelo passeio – diz e respira fundo e então eu selo nossos lábios, suas mãos tímidas começam a subir pelo meu braço e param em meu pescoço enlaçando suas mãos ali, passo minha mão delicadamente por sua cintura e chego nossos corpos mais perto, sua lingua passa entre meus labios pedindo passagem, antes de dar espaço eu sugo sua lingua.

- De nada – digo por fim terminando o beijo e lhe dando um ultimo selar.

Ele abre aquele sorriso gostoso e abre a porta me dando um tachuzinho com a mão, continuo olhando pra porta e depois vou embora, passo em frente ao fliperama e vejo david com uma garota da nossa turma e acabo rindo, nem uma semana e ele já estava em outra e eu agradeço por isso, entro no dormitório e meu colega de quarto estava jogado no sofá.

- E ai doido, onde você tava? Quase chamei a policia – diz olhando pra mim e ao mesmo tempo pro celular.

- Tava com jason, fui visitar meu pai – digo tirando o tênis e jogando em qualquer lugar.

- Jason? Jason não é aquele menino que tava com david? – pergunta dessa vez se sentando.

- É, ele não namora mais ele – digo me jogando no sofá também.

- É por isso que estão brigados?

- Não estamos brigados, acontece que ele estava assustando o jason e eu fui ajudar, mas tecnicamente não estamos brigados – digo parando pra pensar.

- Sei, e ele sabe que não estão brigados? – pergunta soltando um sorrisinho debochado.

- Hmm, acho que não – digo rindo – depois eu converso com ele, ele sempre foi um cara manero, não vai ser agora que vai deixar de ser né? – pergunto em duvida, realmente ele nunca foi esse cara explosivo que ele é agora, e o estado que ele deixou jason não é só culpa dele, nos conhecemos a dois anos e não vou deixar ele se afastar assim.

E o assunto morreu ali, nós pedimos uma pizza já que o refeitorio publico da faculdade estava fechado e não continha cozinha no nosso dormitório, passei a noite conversando com jason por mensagem e acabei apagando com a conversa aberta.

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Na segunda de manhã eu já estava me preparando pra conversar com david, aquela conversa na noite passada me fez pensar nele, ele sempre foi uma cara baladeiro e pegador, usando drogas ou não ele continua sendo meu amigo, isso é uma escolha dele, se eu pudesse escolher por ele eu não deixava mas fazer oque né, eu nunca fui de desistir de amizade por namoro e não vai ser dessa vez, entro na minha turma e vejo o nosso grupinho no fundo da sala.

- David a gente pode conversar? – pergunto chegando perto e com uma expressão neutra.

- Claro – diz e se levanta, andamos até o lado de fora e paramos encostados na parede – Fala.

Cego pelo vício (Romance Gay)Where stories live. Discover now