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- Diz pra ele que eu estou no campus – digo com a minha voz falhando, isso não podia acontecer.

- Ok, querido ele está indo – ela diz e eu escuto um obrigada no fundo da ligação, me despeço da minha mãe e desligo, olho pro derek e eu tinha certeza que a minha cara dizia socorro.

Vou até ele e o abraço, ainda não estavamos nesse nivel de intimidade, claro, eu beijei ele hoje mais cedo mas isso não faz a gente já ser acostumado com um carinho um do outro, mas mesmo assim ele envolve seus braços em mim e alisa minhas costas.

- Oque foi? – sussura ele.

- David foi até minha mãe, ela não sabe que eu sou gay e muito menos que já usei droga, se ele contar ele vai acabar com a minha vida Derek – digo sentindo minha garganta apertar.

- Ele não vai fazer isso, ele foi lá porque ele sabe que você tem medo, seja firme com ele, e então ele vai entender, ele não é nenhum piscopata jason, eu o conheço, assim que você falar com ele olhando nos olhos e falando firme ele vai entender, não demonstre fraqueza – e assim que ele termina de falar ele me abraça mais forte, eu assinto com a cabeça – então vamos fazer assim, eu vou ficar mais longe pra ele não me ver e você conversa com ele ok? Eu vou estar perto então não tenha medo de dizer tudo e terminar de uma vez por todas ok? – eu assinto de novo e então ele me dá um beijo na cabeça, ele vai pra atrás de uma arvore a uns dez metros e eu me sento no banco, uns dez minutos depois david aparece e se senta do meu lado.

- Oque você quer? – pergunto sem olhar pra ele e sem gaguejar.

- Você – diz e passa seu braço por meu ombro.

- Isso não dá, então. oque. você. quer. de mim david? – tiro seu braço de mim e olho pra ele dessa vez.

- Saber o porque, porque derrepente você não quer mais? É por causa do Derek? – pergunta ele fechando a cara.

- Não, eu não quero porque esse relacionamento me intoxica, eu não quero mais usar drogas, eu não quero mais sair com você e voltar três vezes pior, eu não quero faltar aula, eu só não quero mais – digo sentindo meus olhos arderem mas não me permito chorar.

- Eu nunca te obriguei – diz ele tirando um cigarro do bolso e o acendendo.

- Eu sei, e eu me culpo e me enojo de mim mesmo por ter aceitado de livre e espontanea vontade, mas aqui e agora eu to dando um basta, eu não quero mais e não vou mais fazer isso, e é a mesma coisa eu e você, eu não quero mais – digo dessa vez mais relaxado por ele não ter dado ataque de raiva, ele apena estava serio e olhando pro nada fumando.

- Eu ti fiz mal né – ele pergunta e eu nem respondo, apenas desvio o olhar, pois ele me fez mal sim, mas foi o primeiro a me dar atenção e me tratar com carinho, e agradeço por eu não ter me enfiado na solidão profunda quando entrei nessa faculdade, por ele eu conheci muita gente, e o mais importante, o Derek – ok, jason, eu vou te deixar em paz, eu não vou te obrigar a ficar comigo, e eu nunca fui de correr atrás, então, tchau – diz e joga o cigarro no chão pisando em cima, ele sai sem me olhar e não olha pra trás em nenhum momento, e ali eu sabia que era o fim.

Abaixei a cabeça e respirei fundo, permitindo que minhas lagrimas caiam, sinto derek sentar ao meu lado e me abraçar, ficamos sentados até eu parar de chorar e limpar o rosto, e então só depois disso o alivio se caiu sobre mim, eu não tinha mais o david mas tambem não tinha ele me ameaçando mais. Eu parei e pensei: isso tudo aconteceu em menos de um ano? Faculdade, um namorado, amigos novos, acabei usando drogas e depois disso só brigas, e então Derek.

- Vamos pra casa? – pergunta ele me tirando desses davaneios, andamos calados e só sentindo nossos braços se sarrarem a cada passos que damos – minha irmã irá vir morar aqui mês que vem.

- Oh que bom, eu gosto da melissa – digo mais animado, pra quem nunca teve contato com amizades femininas eu me importo demais com a amizade dela.

- Ela também gosta bastante de você – disse rindo – meu pai só está esperando eu arrumar um apartamento meio termo pra trazer ela, to vendo que vou virar bábá – disse e feichou a cara em uma careta fofa.

- A para, ela é bem independente, farei compania a ela com maior prazer – digo rindo.

- Pronto, minha irmã rouba meu amigo e meu amigo rouba minha irmã, ooooo pobre de mim, ninguem me quer mais – diz fazendo uma pose dramatica, e então eu caio na gargalhada.

Quem precisa de drogas para se sentir melhor quando se tem um Derek?

Cego pelo vício (Romance Gay)Where stories live. Discover now