Capítulo 1

169 17 28
                                    

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.



É só mais uma tarde de inverno, a familia reunida na sala em frente a lareira, Jacob brinca no meio da sala sobre o tapete com seu boneco, enquanto seus pais dançam ao som do blues que toca no radio. Mahlia, apenas os observa enquanto le um livro de historias infantis, sentada na poltrona de couro cor de café,  pensando na sorte que tem por ser uma menina amada pela familia, realizada por ter tanto amor de seus pais, e por ter esse irmãozinho lindo.

Um barulho alto de batidas na porta os assusta, Jorge, pai de Mahlia corre e olha pelo olho magico da porta, volta correndo até Caren, sua mãe, que pega Jacob nos braços e corre para o quarto no andar de cima de sua linda casa.

- Filha, vá para o porão agora, tranque a porta e fique la, não saia por nada - Jorge diz, empurrando Mahlia até a porta atrás das escadas - eu te amo!

- Também te amo, papai.

Mahlia faz exatamente como seu pai pediu, tranca a porta e se esconde atrás das prateleiras no porão, onde há muita sujeira. Ouve vozes de homens, eles gritam, então um barulho alto a assusta, parece o disparo de uma pistola. 

- Sobe la e ve quem mais está la em cima - um deles diz, com uma voz grave.

Jacob chora, Caren pede misericordia para que não façam nada a ele, la do porão Mahlia ouve mais um barulho, igual ao anterior, Caren grita então Mahlia ouve mais um disparo. De repente um silencio sinistro invade a casa, Mahlia ouve passos rangendo a madeira descendo as escadas.

- Pronto, ja está feito, vamos embora antes que alguem chame a policia - os passos seguem até a porta.

Mahlia chora em silencio, sentada no chão abraçando suas pernas, então se levanta e vai até a janela do porão, consegue ver homens entrando em varios carros pretos, os observa mas não consegue ver seus rostos, estão todos de óculos escutos e ternos pretos.

Os carros se afastam, Mahlia aguarda mais alguns minutos, então vai até a porta e a abre devagar, não há nenhum movimento ou barulho na casa.

- Pai? - ela o chama, indo em direção a sala - mãe? - ve algo no chão proximo ao sofá, vai correndo até la, é Jorge - pai?! - se ajoelha ao seu lado, há sangue por toda parte, ela chora sobre seu corpo ja sem vida, o abraça forte e o balança, tentando acorda-lo.

Mahlia se levanta correndo e sobe as escadas, chegando ao quarto de seus pais, ela se depara com uma cena que a assombrará pelo resto de sua vida. Sua mãe e Jacob jogados no chão sobre uma poça de sangue. Ela vai até eles, os abraça e chora sem entender o que está acontecendo, se é um pesadelo ou uma brincadeira de mau gosto.

Mahlia ouve cirenes ao longe, se proximando, então corre até seu quarto, pega algumas roupas e as coloca em sua mochila da escola, policiais entram na casa pela porta da frente, Mahlia corre pela porta dos fundos e sai em disparada sem rumo.

Ela anda pelas ruas geladas da cidade, a noite se aproxima. Depois de horas andando na mata, Mahlia avista uma cabana, vai até ela e entra, há um armario, à sua esquerda uma lareira logo depois, uma pequena cama sob a janela à sua frente, está tudo muito sujo, o que não a impede de entrar.

- Me ajuda, papai - ela olha pela janela, avistando um lindo lago, enquanto lagrimas escorrem pelo seu lindo e delicado rosto.

Ao abrir as portas do armario, encontra alguns pacotes de cereais, começa a comer desesperadamente, pois está com muita fome.

Ao abrir as portas do armario, encontra alguns pacotes de cereais, começa a comer desesperadamente, pois está com muita fome

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.


Os dias se passam e a comida da cabana está acabando, Mahlia pega o restante e coloca em sua mochila, decidida a ir embora. Caminha por mais algumas horas até chegar em uma pequena cidade, com grandes casas bonitas, ela anda pelas ruas até avistar uma pequena lanchonete.

- Ola, mocinha, posso ajuda-la? - a garçonete a  recebe no balcão.

- Estou indo para Nova Yorque, você sabe onde eu pego um onibus?

- Os onibus que passam aqui não vão para Nova Yorque, mas eu tenho waffles, você está com fome? - Mahlia balança a cabeça positivamente e a garçonete a serve - come tudo, esse é por minha conta - da uma piscadinha com apenas um olho.

- Obrigada! - ela pega o prato e vai até uma mesa.

- Quer um pouco de leite? - Mahlia balança a cabeça positivamente - Qual o seu nome? 

- Mahlia.

- Que nome lindo, o meu é Rachel - Rachel a serve - onde estão seus pais, Mahlia?

- Estão em casa - Mahlia responde rapidamente para que Rachel não perceba que ela está sozinha.

- Onde fica sua casa?

- Aqui perto, eu vim andando.

- É perigoso ficar andando pelas ruas sozinha, se quiser eu posso te levar de volta, está quase no meu horario de sair.

- Não precisa, eu não vou voltar.

Rachel se afasta, atende mais algumas mesas, mas sem deixar de olhar Mahlia. 



Não esquece de curtir e deixar sua crítica!!!!

O Rei da Selva (Sem Revisão)Where stories live. Discover now