Faz parte da minha rotina passar quase todos os dias na casa da Manu e da Bela para ver as minhas meninas. Amo Raquel e Kamila intensamente, assim como amo Arthur e Alana. Sempre amei crianças, e depois que esses pequenos chegaram a minha vida ganhou mais cores, e a minha fatura do cartão de crédito ganhou mais zeros, afinal não é fácil presentear tantas crianças.
Confesso que é estranho ver meus primos casados e com filhos. Parece que sou a única que não tem uma família perfeita, ou ao menos um namorado.

― Fique para jantar conosco. Luciana está preparando uma deliciosa pizza de calabresa, e para a sobremesa teremos bolo de chocolate. ― Me convida.

― Saiba que irei ficar por Kamila e pela comida, não é princesinha? ― Sorrio, ainda agarrada a minha bolinha, que gargalha segurando em meu colar. Ela adora meus acessórios.

― Leo chega daqui alguns minutos, Kamila ficará louca com vocês dois, não saberá para quem vai dar atenção. ― Bela brinca, entregando um pedaço de maçã para a sua filha, que logo estende os braços para a mãe, que a pega. ― Coma a maçã que depois a mamãe te dá mama. Não sei como irei fazer para desmamar Kamila. ― Suspira.

― Deixe a mini doçura mamar a vontade. ― Olho para o anjinho nos braços da minha prima. Kamila mantém os seus grandes olhos verdes fixos na mãe.

― Não me olhe dessa forma, assim você consegue tudo da mamãe.

Ao sair da casa da minha prima não pude conter a vontade de ir até um barzinho ao qual eu frequento.
Me sento em uma banqueta próxima ao balcão e peço uma tequila. O que era para ser apenas um copo acabou se transformando em inúmeros.

Meu celular começa a tocar insistentemente fazendo-me atender a ligação de um número que sequer conheço.

― Onde está? ― Mordo o lábio inferior ao perceber que se trata do Noah.

― Não te interessa. ― Murmuro acenando para o garçom. ― Me sirva mais uma dose de tequila por favor.

― Você está em um bar, e aparentemente já está bêbada. Estou indo de buscar. Me obedeça pelo menos uma vez na vida e me aguarde aí.

Ele encerra a ligação sem me dar a chance de me defender.

Não quero aquele principezinho dando uma de Wesley.

NOAH

Entro no bar luxuoso, a vendo com a cabeça deitada no balcão

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Entro no bar luxuoso, a vendo com a cabeça deitada no balcão. Não gosto nem um pouco de a ver neste lugar.

O que essa mulher tem na cabeça?

Me aproximo dela, tocando seu braço, fazendo-a erguer a cabeça e sorrir.

― Vamos, você já está muito bêbada, Luiza. ― A puxo para os meus braços, entregando o meu cartão de crédito para o barman, para pagar o que ela consumiu no bar. Eu sequer sei se essa louca anda com dinheiro. ― Você não pode sair sozinha e beber tanto, é perigoso. Olhe como está vulnerável.

Você Não Soube Me Perdoar (Concluído)Where stories live. Discover now