CONCLUÍDO
Ele era o primogênito, galante e sedutor, o herdeiro de um dos ducados mais importantes da Coréia, o ducado de Busan. Vivia longe de casa em viagens pelo mundo, mas a responsabilidade chegou e agora ele teria que se casar com uma desconhec...
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Depois de algumas horas, a festa havia chegado ao fim. Desde que vi Jungkook e Susan conversando e interagindo tão bem entre si, muitas perguntas começaram a martelar minha cabeça. Para quem fora um verdadeiro idiota ao cumprimentá-la, estava sendo gentil demais.
Não que isso fosse algo ruim, era apenas estranho demais. Isso, com certeza, não cheirava a coisa boa. Na volta para casa, ele se mantinha calado, mas seus olhos denunciavam uma inquietação de espírito muito grande, eu sei, isso pode soar estranho, mas conheço aquele homem e não é de ontem.
Susan não falou mais nada além de responder algumas perguntas que fazia. Eles ficaram até o fim da festa um ao lado do outro, perdi algo. Não podia ser, eu os observei a todo instante, não tirei os olhos um segundo. Como isso aconteceu? Já estava preparando-me para deitar, quando uma batida soou na porta.
Peguei para cobrir-me um roupão de seda de cor rosa-claro e vi quem era. Assim que abri a porta, errei os batimentos do coração. Jungkook estava ali, vestido casualmente, com um semblante divertido e um olhar de quem aprontará alguma. Por que será que algo lá, no fundo, me diz que terei problemas?
─ Posso entrar?
Ele pediu e dei espaço para entrar. Seu cheiro logo dominou o ambiente, tirando um pouco da intriga em que me afundava minutos atrás.
─ Você é louco ou se finge de um?
Ele observava atento ao local e virou-se, encarando-me fundo nos olhos.
─ Às vezes gosto de fingir, porquê?
No maior cinismo, ele sentou na minha cama abrindo os primeiros botões da camisa e relaxando despreocupadamente como se fosse o dono, não que não seja exatamente o dono, mas de qualquer forma esse é o meu quarto, quem manda aqui sou eu.
─ Nada, imagina, apenas que todos estranharão o herdeiro dos Jeon, praticamente noivo, visitando o quarto de uma donzela no meio da noite.
Disse algumas verdades. Parecia que ele não tinha noção de suas ações. Fechei a porta discretamente para não fazer barulho, a última coisa que queria, eram problemas com os Jeon. Fui até a cômoda e bebi um copo de água que havia trago.
─ Primeiro, ninguém me viu. Segundo, o assunto que tenho para tratar não pode esperar mais.
Assunto? Quase engasguei, então era esse o motivo de sua inquietação na carruagem? Voltei até a beirada da cama e sentei ao seu lado com a testa franzida.
─ Que assunto, Jungkook?
Deu um pequeno sorriso maroto e pegou a minha mão segurando de uma forma que não quer soltar tão cedo. Um frio cobriu meu estômago e já previa possíveis dias de enjoos pela frente. Tudo por culpa do nervosismo que isso me fazia passar.
