Sessenta e seis ou "amor"

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É engraçado você não estar mais aqui
Depois de tantas juras, depois de tanto me fazer sorrir
É engraçado você ter me feito achar que era tudo uma ilusão
Quando por tanto tempo eu tinha lido nos teus olhos ser a dona de teu coração

É engraçado você decidir ir embora
Sabendo que tem milhares de motivos para ficar
Você concluir depois de todas as nossas horas
Que prefere se aconchegar no raso a se entregar à profundidade do amar

Mas, mesmo com toda a dor que sinto, a única coisa que me intriga é achares que um verbo tão puro é sinônimo de prisão
E, se permite-me perguntar, gostaria de saber o que dói mais para você agora
Se entregar a mim seu coração (que, independentemente de tudo, já me pertencia)
Ou desistir por exemplos alheios e sair mundo afora a procura de uma liberação (que, sabemos muito bem, não vai achar)

Não sou eu quem te aprisiona, querido
Achei que já tivesses o percebido
Você escolheu fazê-lo quando preferiu deixar a sociedade escolher por você
Ela não sente o que você sente, não vê o que você vê
Mas mesmo assim preferiste a seguir
Para preservar uma imagem que nunca foi sua de verdade

Por que a opinião da sociedade se tornou mais importante que nosso próprio bem estar? O amor não te quebra, ele te constrói e reconstrói, cola todos os nossos pedaços; não te acorrenta, te liberta; não corta suas asas, levanta seus voos...

E precisa ser sentido, mesmo que nada faça sentido.

O amor nos guia. Nos faz florescer.

 Nos faz florescer

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Emilly Luna

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