Verdugo - Minho

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Imagine pedido pela @zoeee0088 

Pedido: Minho e a leitora estão no labirinto dando uns amassos quando aparece um verdugo.

■●■

— Não devíamos fazer isso aqui. – você disse ofegante quando separaram o beijo, pondo a mão no peito dele para tentar afastá-lo. Minho riu baixo mas não tirou as mãos de sua cintura. Ao invés, ele te puxou pra mais perto, se é que era possível, um sorriso travesso brincando nos lábios. Você se segurou para não sorrir de volta.

— Nossos amiguinhos verdugos não apareceram por aqui hoje, estamos sozinhos. – Ele beijou sua bochecha descendo pro maxilar, você suspirou com a sensação, se esquecendo por um segundo onde vocês estavam e apenas aproveitando a privacidade, já que desta vez apenas você e Minho estavam correndo e mapeando. Seu amigo Ben, o outro corredor, não estava se sentindo bem esta manhã.

— Tudo bem, só um pouquinho. – se rendeu e segurou o rosto de Minho aproximando do seu, em seguida lhe beijando apaixonadamente. Ele explorou sua boca com a mesma intensidade, apertando-a em seus braços fortes. 

E teriam continuado se um barulho de garras arranhando o piso não tivesse os assustado. Um barulho que vocês já conheciam muito bem. Verdugos. E, ironicamente, não tinham como fugir pois logo atrás havia uma parede, estavam encurralados.

Mas o que mais os deixou paralisados foi que estava de dia... 

Os malditos Verdugos só apareciam a noite, depois que muros se fechavam e os clareanos estavam em segurança. Ou pelo menos era como geralmente acontecia. 

— O que você dizia sobre os nossos amiguinhos? – Foi irônica, mas tinha um fio de medo presente na sua fala. A essa altura já tinham se separado e estavam um ao lado do outro pensando em como fugiriam, segurando suas mochilas nas costas, Minho olhava em volta tentando achar uma saída mas você sabia que ele não encontraria.

— Corre. – Minho disse calmamente, muito baixo, bem quando viram a garra do verdugo virar o corredor e o bicho conseguir vê-los. 

O quê?

— Como assim "corre"? – você sussurrou nervosa e tremendo. Você confiava em Minho e geralmente o obedecia durante as corridas, afinal ele era mais experiente do que você dentro do labirinto, mas isso era loucura. Para onde vocês correriam se o verdugo estava a sua frente, bloqueando a saída, e atrás tinha uma parede? — Não sei se você percebeu mas estamos encurralados, então a menos que você saiba voar...

O resto da sua frase pingando sarcasmo foi deixada no ar quando ele a puxou pela mão, correndo em direção à criatura. Você arregalou os olhos, segurando a alça da mochila que você carregava com força quando o verdugo rugiu alto, o barulho aterrorizante soando perigosamente perto.

— Minho, você enlouqueceu?! – você gritou apavorada no mesmo momento, sem pensar muito. – Quer que a gente morra antes de nos casarmos, seu imbecil?!

Incrivelmente, Minho bufou uma risada que acabou tão rápido quanto começou, mas não parou de correr e agora o verdugo também corria. Até que,  quando você achou que iriam bater no verdugo e consequentemente morrer, Minho a puxou e a fez deslizar por baixo do corpo do verdugo quando o mesmo pulou para atacá-los. Vocês deslizaram mais alguns metros e acabaram rolando no chão até bater numa parede.

— Seu maluco... – Você sussurrou sem fôlego, imediatamente abrindo os olhos, procurando pelo verdugo. Quando o achou, viu que ele tinha batido na parede, e pelo visto a pancada não fora tão forte pois o bicho logo já estava em pé os encarando com mais fúria do que antes.

Argh. Malditos bichos.

— Melhor a gente voltar a correr. – Minho sussurrou de volta, ajudando-a a levantar e assim voltaram a correr. 

Você quase o parou só para gritar como ele ali mesmo por não contar seu plano estúpido que, claramente salvou sua vida, mas mesmo assim quase te fez infartar... Porém, você teria mais tempo para xingá-lo (e depois cobrí-lo de beijos) assim que conseguissem se salvar desse bicho asqueroso.

Viraram um corredor e se enconderam atrás de uma parede,  grudando seus corpos suados da corrida nela, suas pernas doíam pelo esforço maior do que o normal. Minho cobriu sua boca para impedir que fizesse qualquer barulho enquanto prendia a própria respiração, segundos depois viram o verdugo passar reto sem nem olhar para onde estavam. Assim que ele tinha certeza que o bicho estava longe o suficiente, ele suspirou aliviado e removeu a mão da sua boca, desviando o olhar para você com um sorriso trêmulo.

— E eu aceito o pedido de casamento.

Atualização: Reescrito.

MAZE RUNNER, imagines Where stories live. Discover now