Um dia antes do natal [Completo]

Primeiro Cap

- Muito obrigado. Muito obrigado. Vocês salvaram a vila de Felicippy e o dia. Um grande viva a eles. VIVA! VIVA! - gritou uma multidão muito alegre e eufórica.

Momento de felicidade, muito amor e agradecimentos. Mas porquê isso? Bom, deixem-me vos contar o que aconteceu na vila de Felicippy. Tudo deu-se ontem (24 de Dezembro de 2020)...

- E então amigos, qual a ideia? O natal está a portas. - perguntou Liye, uma adolescente de 15 anos, de pele branca, e estatura média (1.56m de altura).

- Vamos fazer o que não pudemos fazer no último ano. - disse Bilfo, um jovem bem alto (1.90m), de 20 anos de idade, com pele negra.

- A apresentação surpresa? É isso? - questionou Quiro (menino negro de 10 anos de idade, com cabelos castanhos).

- Exactamente. - respondeu Bilfo, com aquele olhar marcante, que só os seus olhos cor de fogo proporcionavam.

- Mas para isso precisamos da ajuda do dorminhoco e atrasado do meu irmão. - disse Liye revirando os seus olhos brancos.

- Vamos a tua casa acordá-lo, porque se depender dele, nunca chegará aqui. - disse Quiro.

Liye, Bilfo e Quiro que estavam a conversar nos bancos da rua de Happy primeiro, levantaram-se e andaram em direcção da casa de Liye para chamar Patiuk, irmão de Liye.

- Meninos. Para onde vão apressados? - perguntou a senhora Mirina ( mulher com 46 anos de idade, pele negra, e estatura baixa).

- Vamos chamar o Patiuk. - disse Quiro.

- Está bem. E como andam os preparativos? Da última vez a vossa peça para o natal foi deveras contagiante. - disse a senhora Mirina sorridente.

- Vamos mesmo tratar disso. Mas ainda falta chamar o atrasado do meu irmão. - respondeu Liye alisando os seus lisos cabelos castanhos.

- Oh, entendo. Eu vou também apressar as coisas. Vou ao parque, todos da vila lá estão a decorar e a fazer outras coisas. A vila de Felicippy deve estar bem preparada para a grande festa. - disse a senhora Mirina se despedindo deles. - Ahm, e tente pentear Bilfo. - falou já indo embora.

- A senhora Mirina é muito feliz. - disse Bilfo, tentando arrumar os seus cabelos encaracolados pretos.

- Muito. E é na vila a mais sorridente de todas. - disse Quiro.

- Ela sim não deixa cair o espírito da vila Felicippy. Felicidade sempre, e sem medidas. - acrescentou Liye.

Continuaram a andar e passados alguns minutos chegaram a casa de Liye e pararam no grande portão branco, ao ver alguém saindo.

- Uau. Que surpresa. Vocês aqui. - disse um rapaz baixo (1.55m) de 15 anos de idade, com pele clara.

- Engraçadinho. Estávamos a tua espera seu preguiçoso. - disse Liye.

- Calma maninha. Tinha de cuidar da beleza antes. Não é fácil manter essa belezura. - disse Patiuk olhando para sua irmã, enquanto tocava nos seus cabelos encaracolados azuis.

- Vamos! Temos de preparar tudo. - disse Bilfo.

- E o que iremos fazer mesmo? - perguntou Patiuk.

- Por estares atrasado e por teres feito com que nós viéssemos te buscar, só saberá quando chegarmos ao parque para organizar tudo. - disse Liye.

- Que maldade. Nem parece que somos gémeos. - disse Patiuk rindo.

- Qual é a graça? Eu sou trinta segundos mais velha que você.

- Parem com essa discussão. Nem eu que sou o mais novo faço isso. - disse Quiro.

- Ele tem razão. Já são 15h:45min. Temos de nos apressar. - disse Bilfo concordando com Quiro.

Os quatro saíram de frente da casa de Liye e foram para o parque que ficava à um minuto dalí.

- Olha só quanta gente! - exclamou Quiro.

- A Senhora Mirina de facto não se enganou. Todos da vila, sem excepção, estão ali. - comentou Bilfo.

- Então, já estamos quase no parque. Vão me dizer ou não o que iremos fazer? - perguntou Patiuk.

- Estamos quase e não no parque. Só saberás ao chegarmos lá. Falta pouco. - respondeu Liye.

- Amigo, diz aí o que é. Já que a minha maninha não quer dizer. - disse Patiuk se aproximando de Quiro, fitando seus olhos azuis nele.

- Não ouse. - disse Liye fixando os olhos em Quiro.

- Você ouviu sua irmã. Eu não vou dizer nada. Senão ainda me dou mal com ela. - disse Quiro, com um brilho nos olhos amarelos, por ter olhado para Liye. - E o parque é logo alí. - acrescentou, apontando para um parque cheio de crianças, balões vermelhos, muitas flores, bancos decorados de vermelho, branco e amarelo.

Andaram mais um pouco e chegaram ao parque, sentando-se cada um num banco, num conjunto de bancos que formava um coração.

- Aqui estamos. Podem falar. - ordenou Patiuk.

- Que falta de respeito. - disse Bilfo.

- Desculpa vai. Curiosidade dói sabe?

- Bom, faremos hoje o que não pudemos fazer no último ano por causa de um certo indivíduo. - disse Liye olhando para Patiuk.

- Nem olhe para mim. Depois ultrapassámos isso. Graças a minha ideia genial.

- Hmmm. Olha ele se achando. Só porque usou o cérebro uma vez na vida. - gozou Bilfo e todos, excepto Patiuk, se puseram a rir.

- ATENÇÃO! Atenção! Habitantes de Felicippy. Peço que todos olhem para aqui por favor. - falou um senhor alto de 34 anos, negro, com uma tatuagem no braço esquerdo.

- Quem é aquele? Alguém o conhece? - perguntou Quiro aos amigos.

- Eu não conheço. - respondeu Patiuk.

- Muitos de vós devem estar a perguntar quem sou eu. Eu sou Clismos da vila de Tristess, uma vila do outro canto do monte, pouco e quase que não conhecido. Ouví falar muito bem da vila de Felicippy, uma vila feliz e sempre unida. A melhor vila para se passar o natal. Eu vim aqui mostrar o meu apreço por vocês, e fiz um video especial para todos.

- Uau. Vídeo? Que gentil. - murmurava a multidão do parque olhando para ele atenta.

- Viu? Devemos estar assim famosos por conta da minha ideia da peça do ano passado. - disse Patiuk.

- Fecha a boca e não se ache muito. Preste atenção no telão, porque parece que ele vai rodar o video. - disse Liye apontando para um grande telão ao lado de Clismos.

- Por favor prestem atenção a tela e vejam o vídeo. - pediu Clismos pegando num remote.

Clismos pôs o video e todos assistiram-no atentamente, e em silêncio por cinco minutos. Quando a exibição do video terminou...

- Obrigado pela vossa atenção. - agradeceu Clismos.

Após agradecer, Clismos saiu do parque e sumiu. A multidão que estava no parque a organizar-se para o natal, após ver o video, começou a abandonar o parque, se dirigindo para suas casas.