cap. 35...

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Steve estava maravilhado, essa era a palavra certa para descrevê-lo naquele momento. As luzes no fundo, os fogos de arificio brilhando enquanto faziam uma explosão de cores no céu escuro daquela noite.

Ano novo. Steve gostava da alegria que as festas de dezembro traziam, sempre colocando um pouco de compaixão e amor nas pessoas e lhes dando motivo para sorrir. Esse era o objetivo do natal. Trazer amor.

O objetivo do ano novo era apreciar esse amor e ter orgulho de tê-lo, pois no próximo ano novo você pode não ter novamente. As festas juntas tinham o objetivo de fazer você ver e apreciar o quão feliz você está sendo naquele momento, que nada mais importa além da felicidade. E das pessoas que você ama Steve estava a agradecer por ter sua família todos os anos ao seu lado, sempre lhe apoiando e dando conforto

Sarah, uma mãe maravilhosa quase sempre fazendo Steve questionar se ela era mesmo real; Natasha, ótima irmã, um demônio em forma de garota, era isso que Steve pensava, mas ele não a trocaria por nada; Bucky, uma coisa preciosa em sua vida. Ele sempre tenta ser o melhor para eles, sempre dando sermão e acariciando a cabeça, sempre tendo em mente de que eles serão ótimas pessoas no futuro; Por último, Joseph. O único homem que passou em sua vida e ficou, como seu pai. Steve agradecia sempre por tê-lo, ele poderia perder todos em sua volta, mas não iria aguentar a pressão se perdesse ele

E, por último, estava Tony. Parada, bem ali naquela cama de hospital, os olhos ainda fechados e ele parecia estar em um sono calmo e confortável, pois não acordava nunca, Steve tem tanto medo de perdê-lo.

Ele não se perdoaria nunca se Tony fosse embora por um erro seu, não suportaria a dor de perder Tony. Ele é seu tudo. Steve não consegue imaginar sua vida sem observar Tony de longe, sem apreciar cada traço de Tony durante as aulas. Não consegue imaginar sua vida sem ter Tony todos os dias ao seu lado, copiando os deveres de casa, trocando ideias, cantando... Steve apenas não consegue.

O garoto optou por desviar o olhar da cama de hospital e voltar a fitar o céu estrelado com as luzes brilhantes no fundo. Nova York estava tão linda naquele Ano Novo. Todos os anos era assim, desse mesmo jeito, mas aquela Ano Novo era diferente, Steve passava ao lado de Tony.

- Falta dois minutos para meia noite e eu não sei nem o que dizer... - Steve começou, ainda sem desviar o olhar do céu - O que nós fazemos no ano novo quando estamos ao lado da pessoa que amamos? Eu realmente não sei.

Steve pareceu pensativo por um momento, logo se levantando e ficando ao lado de Tony. Nada mudava, o aparelho mostrando os batimentos do moreno que eram sempre iguais, o tubo em sua boca e os toques intermináveis dos aparelhos conectados. Mas Steve certamente não pode reclamar. Dentro daquele hospital, por trinta e cinco dias, Steve ja viu varias familias perderem alguém, já as viu chorar sendo confortadas por outras, mas parecia que a dor nunca ia embora. Ele só pedia que não passasse por isso, ele não queria sentir a dor de perder Steve algum dia.

- No ano passado - Ele passou o dedo pelos cabelos do garoto, sentindo a maciez em seus dedos - Meu irmão disse que queria passar o Ano Novo na casa de sua namorada, para que então elas dessem o beijo de meia noite. Eu nunca fiz isso, sabe? Mas eu pretendo fazer

Steve já podia ouvir a contagem regressiva que a população gritava da praça que todos comemoravam tal noite.

5...

- Acorde, Tony.

4...

- Beijos de ano novo não são uma boa razão para acordar?

3...

- Me beijar todos os anos seria uma boa escolha..

2...

- Porque eu quero beijar você todos os dias...

1...

- Feliz ano novo, meu amor

Então, com dificuldade, Steve deixou um beijo nos lábios do menor, o tubo sempre a atrapalhando. Steve nunca havia beijado Tony e sentir o gosto de seus lábios naquela momento era a melhor coisa do mundo, ele nunca saberia descrever em palavras como aquilo o deixou feliz. Ele só queria que Tony pudesse retribuir o selar de lábios

Steve se acomodou na poltrona branca, segurando a mão de Anthony e então se permitiu a cair em um sono.

Rogers deveria ter prestado atenção... Deveria ter prestado atenção em como os batimentos cardíacos de Tony aumentaram com o simples selar de lábios

Feliz ano novo, Steve.

50 reasons to live ;; stony [book two]Where stories live. Discover now