O único contato

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Durante a idade média é provável que se pensasse muito sobre alienígenas. Ter o que comer era a prioridade. Contudo os seres extra terrenos eram conhecidos e os mais populares no ocidente eram Jesus e os anjos. O fervor era tanto que mesmo aqueles que tinha contato mais íntimo com os alienígenas ganhavam algum nível de reverência. Chamávamos estes de santos.

Já naquele tempo o assunto ganhou tanta importância que passou a ser razão de existência para muitas cidades. O rastro deixado pelos extraterrestres ou pelos aparentados ficou conhecido como relíquias. E a cidade que detinha uma dessas relíquias florescia o comércio para receber as hordas que percorriam distâncias consideráveis para as ver de perto. O mais famoso talvez seja o Caminho de Santiago de Compostela.

O Caminho de Santiago de Compostela e o Caminho de Zhongnanhai guardam algumas diferenças essenciais. Enquanto o primeiro é aberto ao público e incentivado tanto pela igreja católica quanto pelo governo espanhol, o de Pequim não. As várias religiões adaptadas ou criadas para inserir o extra terreno em seus rituais acabaram gerando um grande fluxo de peregrinos.

Em um primeiro momento o governo chinês passou a exigir vistos de todo o mundo a fim de controlar a quantidade (já enorme) de pessoas que afluíam até Zhongnanhai. A tática foi abandonada um dia antes do conselho de segurança da ONU votar reconhecer a independência de Taiwan.

Os governos do mundo todo eram pressionados pelas religiões antigas e emergentes a abrir um caminho de peregrinação para seus nacionais. Depois das primeiras eleições pós alienígena, os candidatos pró messias, como se auto declararam, varreram os parlamentos do mundo. A estratégia foi pressionar o governo chinês a abrir diálogo ou perder Taiwan.

Foi por medo de perder cada vez mais controle de seus territórios que o então primeiro ministro Xing Zhao cedeu às pressões dos conservadores.