Na casa dos Dursleys

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"A UM AUSENTE
Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.

Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?

Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.

Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste. " (Carlos Drummond de Andrade)

Enquanto os jovens preparavam-se para ir buscar Harry, Harry passava por vários perrengues na casa dos tios maus.

O menino encontrava-se em seu novo quarto, que é o antigo quarto de brinquedos de Duda já que o mesmo não caberia no armário de baixo da escada, o mesmo via o álbum de fotos, dado por Hagrid no seu primeiro ano, o garoto sorri alegremente enquanto via fotos de seus pais, suas, de seus amigos e de Helena sua única irmã. O menino via as fotos contente e ao mesmo tempo com saudade de seus amigos que estavam distantes já que o menino não havia recebido nenhuma carta nestas férias.

Já ao seu lado sua coruja das neves Edwiges fazia um grande barulho em sua gaiola já que a mesma não era solta já fazia muito tempo.

-Eu não posso te soltar Edwiges, eu não posso usar magia fora da escola. -Diz o menino magricela de 12 anos com grandes óculos redondos. -Além disso, se o tio Válter........

-HARRY POTTER!!!!!! -Grita seu tio gordo do andar de baixo interrompendo a frase do menino, o mesmo apenas fecha os olhos desejando muito estar o mais longe possível deles.

-Olha o que você fez. -Diz o menino indignado levantando-se e indo até o andar de baixo onde seus tios se encontravam.

Tia Petúnia estava preparando uma de suas deliciosas sobremesas e vestida de forma elegante assim com seu primo Duda que vestia um terno enorme naquele corpo gordo deles.

-Ele está aqui. -Diz Petúnia com desgosto. -Válter! -Diz ela para seu marido que estava na sala vestindo seu melhor terno preto de gravata borboleta.

-Estou lhe avisando. -Diz o tio Válter para Harry. -Ou controla essa sua maldita coruja ou ela vai embora. -Diz o tio voltando a ajeitar a gravata de Duda.

-Ela está entediada. -Diz o menino explicando-se. -Se me deixasse solta-la por uma ou duas horas... -Diz sendo interrompido pelo senhor Dursley.

-Para mandar mensagens secretas para os seus amiguinhos estranhos. -Diz o senhor Dursley terminando de ajeitar a gravata borboleta de Duda. -Não senhor. -Diz ele decidido.

-Mas eu não tive nenhuma notícia de nenhum dos meus amigos, nem da minha irmã. -Diz ele cabisbaixo achando que os mesmos haviam se esquecido do pobre menino.

-Quem iria querer ser seu amigo, aposto que nem a aberração da sua irmã gosta de você. -Diz o arrogante e gordo Duda esbarrando no ombro de Harry.

-Acho que você deveria ser mais agradecido, criamos você desde que era bebê, você comeu da nossa comida e até demos o segundo quarto do Duda e fizemos isso do fundo do nosso coração. -Diz o tio Válter sério para o menino.

-Ainda não. -Diz Petúnia dando um leve tapa na mão de Duda para que o mesmo não coma o bolo feito pela mesma. -Não até que os Maisons chegarem. -Diz ela sorrindo.

-O que deve ser a qualquer momento. -Diz o senhor Dursley com os braços para o alto, já que o mesmo iria fechar um contrato muito importante para sua empresa com a família que viria mais tarde. -Ah, vamos repassar o programa mais uma vez. -Diz o tio Válter levando todos para a sala de estar. -Petúnia quando os Maisons chegarem você vai estar.....

-Na sala. -Diz a senhora Dursley interrompendo o senhor Dursley. -Esperando para dar as boas-vindas para a nossa casa. -Diz ela sorrindo enquanto fazia um gesto para poder lhes mostrar a casa.

-Ótimo. -Diz o senhor Dursley feliz. -E Duda? -Diz o senhor Dursley direcionando-se para seu filho.

-Eu vou abrir a porta. -Diz o menino gordo de peito estufado e rosto de expressão esnobe.

-Perfeito. -Diz Válter feliz. -E você. -Diz ele para Harry que estava apenas assistindo a cena.

-Vou ficar no quarto, sem fazer barulho e fingindo que não existo. -Diz ele sério.

-Exatamente. -Diz o senhor Dursley. -Com sorte hoje irei fechar o melhor negócio da minha carreira e não irei deixar que você estragar isso, hum. -Harry apenas os olha com olhar de raiva sai sala pois não aguentaria ficar nem mais um minuto no mesmo ressinto que eles.

Harry pelo fato de não querer arrumar encrencar apenas engoliu o seco e tentou esquecer as palavras rudes de seu primo Duda, mas a raiva o consumiu quando o menino disse tais palavras, Harry pensou em puxar a varinha do cós de sua calça e dar uma bela lição em seu primo, mas de que adiantaria ser expulso assim não poderia rever seus amigos. Harry apenas cerrou os dentes e fechou suas mãos e subiu as escadas para o seu quarto reprimindo toda a sua raiva e aos poucos se acalmando.

Harry anda em paços largos até seu quarto e ao chegar na porta estranha os sons de alguém rindo e dos barulhos que ouvia-se como se tivesse alguém pulando em sua cama, o menino com certo receio abre a porta aos poucos e se depara como uma criatura pequena e estranha com grandes olhos, orelhas pontudas e compridas, vestindo apenas um trapo velho e sujo que mais parecia uma fronha de travesseiro muito suja.

-Harry Potter. -Diz a pequena criatura assim que sente a presença do menino no quarto, o garoto arregala seus olhos e pensa como aquela criatura poderia fala e como saberia seu nome. -Mas que honra conhece-lo. -Diz a pequena criatura fazendo uma pequena e breve reverencia ao menino apavorado.

-Quem é você? -Diz o menino fechando a porta que até o momento presente encontrava-se aberta.

Muitas Criaturas iram vir de todas as partes do mundo para conhecer Harry Potter, "o menino que sobreviveu".

Helena Evans Potter: O Mistério da Câmara SecretaWhere stories live. Discover now