I Wish To Save You

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Autora.: http://socialspirit.com.br/tatysilva

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Depois de tudo que passei, aprendi a confiar mais nas pessoas que estão do meu lado, as únicas pessoas que podem me tocar são minha mãe e irmãs, elas que me ajudaram a voltar a viver, apesar de não querer. Desculpe por ser rude e não ter falando quem eu sou, bom, meu nome é Liam Payne, tenho 16 anos e há pouco tempo me abri a respeito da minha sexualidade. Sim, eu sou gay e não tenho vergonha de dizer isso.

Mas os apuros que passei, me fez ter vergonha de mim. Sempre fui intimidado na escola por ser nerd, feio e gordo. Com o tempo, meu corpo de desenvolveu e não era mais gordo, e sim alto e magro, mas mesmo assim, as palavras que jogavam na minha cara me deixavam pra baixo, como:

"Você não merece viver"

"Ninguém gosta de você"

"Ninguém sentirá sua falta"

"Nem sei porque você está vivo ainda"

"Você é horrível"

Eram essas e outras que falavam enquanto me batiam. No começo, eles batiam em partes do meu corpo que não eram visíveis e nunca contei pra minha mãe, apesar das dores que sentia. Só que quando descobriram que eu era gay, começaram a me bater pra todo mundo ver e saber que eu não merecia respeito. As palavras odiosas começaram a ser piores e me colocando mais pra baixo ainda, pra ajudar, não tinha amigos e sabia que nunca iria ter.

Os hematomas e machucados que tive, não foi pior com o que o meu pai fez pra mim. Eu sabia que ele nunca iria aceitar um filho gay, mas não esperava que fosse fazer o que fez. Quando minha mãe me encontrou, resolveu se separar do meu pai e nos mudamos junto com as minhas irmãs. Ela pedia pra mim tentar uma vida normal e esquecer o que passei, e com isso nos mudamos para Bradford. Iria começar a escola na metade do ano, o que já era horrível pra mim, pois não tinha facilidade em fazer amigos.

[...]

- Liam querido, acorda. - Escutei a voz doce de minha mãe, me acordando. Abri os olhos lentamente, vendo-a sentada com um sorriso no rosto.

- Bom dia, mãe. - Me espreguicei enquanto ela acariciava a minha bochecha.

- Bom dia, filho. Pronto para a escola? - Pra dizer a verdade, fiquei tenso. Nãos estava preparado para voltar pra escola e passar por tudo aquilo de novo.

- Não. - Respondi, quando me abraçou. No começo fiquei rígido, pois ainda estava com trauma, mas logo pensei, era a minha mãe ali e abracei-a também, sentindo-a suspirar.

- Eu sei, filho. Não se preocupe, vamos começar uma vida nova, ok? - Se afastou quando assenti. Colocou um beijo na minha testa e se levantou. - Vai se arrumar, querido.

Depois de me arrumar e tomar café, minha mãe me deixou na escola. Parei em frente aos portões, olhando aquela escola enorme. Olhei para os lados e vi que cada um já tinha o seu grupo. Já sabia que ia ser um nada aqui, ninguém ia me perceber, afinal, quem vai querer fazer amizade com um cara que estava quebrado. Os únicos que poderiam me perceber, eram os valentões, o que já esperava. Respirei fundo e abaixei a cabeça, entrando pelos portões. Continuei andando, quando bati em alguém que me fez cair no chão.

- Ah, me desculpe, eu não te vi. - Escutei uma voz com um sotaque diferente. "Não se atreva a olhar pra cima, vai que ele quer te bater, e outra, ninguém te vê mesmo, não é novidade", pensei comigo. - Você está bem?

Quando escutei isso, achei estranho. "Por que ele está perguntando se estou bem?", no mínimo já era pra ter me dado vários socos. Levantei a cabeça quando vi um rapaz loiro com um lanche na mão.

can i save you? (ziam mayne)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora