Construindo Pontes de Amor

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Se eles dessem um jeito de voltar para casa em seu próprio tempo, e ele decidisse começar a namorar Draco, então seus amigos pirariam. Hermione, e Rony especialmente; ambos pensariam que ele tinha enlouquecido, ou fora acertado vezes demais na cabeça no campo de quadribol; o que era verdade, é claro, mas ele não seria capaz de lhes dizer isso.

Se ele passasse por cima de toda a coisa de Hermione-e-Rony-não-lidando-muito-bem; o que eventualmente eles iriam superar, se aquele era o futuro para o qual estavam seguindo; então ainda havia o fato de que o pai de Draco era Lucius Malfoy, um dos maiores seguidores de Voldemort. E ele soubesse que seu filho estava namorando o Garoto-Que-Sobreviveu, então definitivamente ele não viveria muito.

Mas claro, o loiro já estava vivendo com essa ameaça pairando sobre sua cabeça, namorando Harry ou não. E Voldemort não poderia querer mais a morte de Harry do que já queria.

Um dos maiores contras era que Draco era quem era. Draco Malfoy, inimigo jurado de Harry desde o primeiro dia de escola. O cara que fizera de sua vida um inferno com sua atitude completamente desgraçada.

Ainda assim, ele mudara.

Não importava quantos contras Harry conseguisse arranjar, esse fato ainda voltava para atormentá-lo. O rapaz que Harry começara a conhecer naquele mês não era o pentelho mimado que ele conhecia da escola. Era uma versão muito mais quieta, sensível e muito mais agradável de Draco, contra quem Harry não tinha nada. Claro, eles tinham brigado, mas aquilo era... Aquilo era algo mais. Você podia ao mesmo tempo brigar com uma pessoa e amá-la, não podia?

Amor?

Havia alguma possibilidade que Harry começara a se apaixonar pelo loiro tanto quanto a recíproca? Ele sabia que gostava da companhia de Draco, ele sabia que eles podiam entender um ao outro; mas amor? Essa era uma palavra muito forte. Algo que Harry desejava mais ainda tinha de conseguir. Ele tinha o amor de Sirius, e Hermione e Rony, mas não era a mesma coisa. O calor de um amante... Alguém para chamar de seu...

Ele se importaria em beijar os lábios rosados e macios de Draco? Ele se lembrou do primeiro dia deles naquele mundo, quando ele vira o loiro pela primeira vez, deitado inconsciente numa cama no Castelo Weasley. Ele tinha secado o loiro. Ele tinha se pegado fazendo isso é claro, e parara imediatamente, porém... ele não tinha continuado a secá-lo? Atirar olhares quando achava que Draco não estava olhando? Ele com certeza tinha notado o que o loiro estava vestindo, ou como ele mantinha seu cabelo longo e macio fluindo ao seu redor...

Com memórias dos momentos que compartilhara com Draco no último mês e meio, Harry caiu no sono no sofá aquela noite. Seu sono foi povoado por sonhos e pesadelos, com o loiro e a família Hanawalt como atores principais.

Ele estava num lugar aberto, deitado no chão com grama a todo redor. Ela o pinicava, e ele se mexeu um pouco para o lado tentando fazer isso parar.

- Fique quieto, Potter. – Draco lhe disse – Ou então você vai fazer essas feridas abrirem de novo.

Harry levantou o rosto para ver Draco logo acima de si, e uma repentina onda de dor o correu. Ele sentiu sangue escorrendo profusamente do lado do seu corpo.

"BANG!"

Um tiro soou, e Harry de repente se viu de volta na caverna. O Sr. Hanawalt se encontrava à sua frente, a arma em suas mãos trêmulas. Mas ao contrário dos outros sonhos que tivera antes, entretanto, Harry viu que o rosto do Sr. Hanawalt estava torcida em horror.

Um calor o envolveu, e ele sabia que Draco estava junto dele novamente.

- Você já se acostumou com isso? – Harry se ouviu perguntar.

Tempo fora de lugar - Drarry - FINALIZADA Onde as histórias ganham vida. Descobre agora