Animar Alguém

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Harry lhe passou um sorriso presunçoso. - Então você esteve preocupado.

- Todo mundo esteve preocupado. - Draco falou, desviando da pergunta. - E todo mundo esteve aqui. Granger e Weasley, Dumbledore, os gêmeos e –

O moreno se sentou abruptamente, e a dor o cutucou uma vez mais. - Então eles estão vivos?!
Draco o encarou, ignorando a pergunta. - Você quer ficar aqui por mais uma semana com buracos sangrando ou está fazendo isso só pra me irritar?

O sonserino pegou uma poção do seu cinto e molhou um pano com ela, e então tocou levemente a ferida de Harry com ele. O machucado fechou, mas ainda latejava. Harry não achava que seria de alguma valia pedir a Draco um anestésico. O loiro não parecia completamente... estável... no momento, ele pensou.
Depois de Draco fazer Harry se deitar de novo, o moreno perguntou: - Os gêmeos, eles estão vivos?
O loiro lhe atirou um olhar esquisito. - Sim, eles estão vivos.

Harry olhou para fora da janela, imensamente aliviado com as notícias. Ele disse baixinho: - Eu achei que os Comensais tinham matado os dois quando pegaram os Hanawalts. Como eles conseguiram fazer isso?
Draco olhou para o chão. - Você está parcialmente certo, já que os Comensais da Morte mataram alguém. Os gêmeos conseguiram enganar os Comensais se fingindo de mortos, então eles foram embora. Mas... Rhonda está morta.

Harry fechou os olhos e respirou pesadamente. Ele queria tão desesperadamente que os ruivos estivessem vivos que nem ao menos dispensara um segundo pensamento para a garota lufa-lufa. Ele se sentiu horrível por não ter nem ao menos a considerado.

Draco ficou parado silenciosamente ao lado de Harry. O silêncio no quarto não se quebrou até que uma batida na porta se fez ouvir. Harry se forçou a abrir os olhos e Draco disse: - Entre.

Eram Hermione e Rony. Ela trazia um buquê de margaridas do campo e o olhava alegremente. Harry tentou responder ao sorriso, mas ele sabia que não ia parecer nem um pouco sincero. Hermione pôs as flores num vaso ao lado da cama e se sentou dou outro lado de Harry com uma expressão preocupada no rosto. Rony ficou de pé atrás dela enquanto Draco foi para o fundo do quarto. Harry imediatamente sentiu falta do calor que o loiro trazia ao que a dor voltou.

Hermione afastou uma mecha de cabelo do rosto dele - Como você está, Harry? - ela perguntou.
Ele lhe ofereceu um sorriso pequeno e triste. - Rhonda está morta. Os Hanawalts foram seqüestrados e torturados. Eu estou ótimo.

Ela segurou sua mão, seus olhos mostrando condolência. - Não é sua culpa. - ela falou, sabendo que Harry estava se culpando por tudo que tinha acontecido. - Foi... uma operação que deu errado, e todos nós temos parte nisso. Não foi você.

As lembranças do seqüestro o inundaram com força total. Primeiro a escuridão, na sala pequena, onde ele e o sr. Hanawalt tinham acordado... A expressão assustada do sr. Hanawalt quando o Comensal da Morte entrou no lugar... E depois, as crianças, a menininha incapaz de falar... A mãe deles, gritando enquanto os Comensais a estupravam e torturavam... Harry teve uma ânsia incontrolável de vomitar.
Ele viu Draco se encolher ao dividir a sua agonia, mas o loiro se manteve afastado dele dessa vez. Ele sabia que Harry precisava enfrentar as memórias sem a ajuda da sua energia curativa.

- A menininha está bem? - o moreno perguntou por fim, ainda que se recusando a olhar para os outros.
Hermione assentiu. - Jorge quebrou a maldição, e Draco a acalmou. - ela contou. Harry viu as bochechas de Draco ficarem um tantinho rosadas.

- Eu não fiz tanto assim. - ele murmurou.

- Você acalmou a família inteira. - Hermione respondeu. - Você fez muito. E isso foi depois que você curou o Harry...

Tempo fora de lugar - Drarry - FINALIZADA Onde as histórias ganham vida. Descobre agora