Proteja-os Com Sua Vida

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Então, por que esse não é o modo usado por todos? Muito fácil. Para esse método funcionar, o Curador precisa amar a vítima mais do que ama a si mesmo, e a vítima precisa confiar nele completamente. Se um Curador estranho encontra uma vítima estranha e tenta curá-la dessa forma, não fará efeito nenhum – exceto enlouquecer o Curador e matar a vítima de vez.

'A Vida de Althidia' não foi muito usada no último século. O último Curador que tentou o fez em sua mulher – mas isso mostrou que um deles não confiava no outro, e a esposa morreu, enquanto o Curador foi para uma cela de manicômio em St. Mungus."

Harry ficou olhando para o texto. Certamente não eram poções simples com as quais estava lidando. Ele leu o trecho rapidamente, achando pouco mais que o interessasse. Era em sua maior parte histórias sobre os curadores que tentaram a Vida de Althidia e falharam. Um parágrafo chamou a atenção de Harry, contudo.

"O suprimento mundial de Poção Althidia é feito por um Mestre de Poções, e apenas um. O segredo da Poção Althidia é passado de um Mestre de Poções para outro, no leito de morte do mais velho. É uma enorme honra, e um sinal de que o Mestre de Poções em questão é o maior do mundo. Nem os ingredientes, nem a forma de prepará-la jamais foram escritos."

Harry ficou encarando o livro. Snape dissera que ele estava trabalhando na poção – isso queria dizer que ele, Professor Severo Snape, era aquele que conhecia o segredo da Poção Althidia. O quê, por sua vez, queria dizer que Snape era o maior Mestre de Poções vivo no momento.

Estranho, estranho mundo.

Os olhos de Harry bateram no relógio preso à parede, e ele viu que eram quase onze horas. Se queria ser pontual para o encontro, era melhor ir caindo fora de uma vez.

Meia hora depois, Harry estava percorrendo a estradinha que levava de Hogsmeade a Hogwarts. Estava chovendo, mas Harry pusera um Feitiço Anti-Encharque em si mesmo e em suas roupas, então não tinha que se preocupar com isso. Ele cantarolou baixinho enquanto fazia seu caminho pela estrada. Sua mente estava abarrotada de pensamentos – a maioria deles sobre o jovem sonserino loiro com quem atualmente estava sendo obrigado a brincar de casinha, ou com o professor de Poções de cabelo oleoso chamado Severo Snape. Ao menos com esse último não havia nenhum problema envolvido. Nesse caso, era apenas fazer força para captar a informação de que aquele professor de Poções que Harry odiara por seis anos era o melhor do mundo. Ah sim, e também que esse mesmo Mestre de Poções estava agindo gentilmente em relação a Harry.

Mas quando se falava de Draco... Bem, tudo sobre Draco no momento era problema, e Harry não achava solução para nenhum deles.

E então havia o sempre presente problema de como voltar para o mundo certo, mas Harry se recusava a pensar sobre esse no momento. Deixava-o deprimido pensar sobre quão pequenos eram os avanços que tinham feito em relação a atingir esse objetivo.

O grande castelo de Hogwarts se materializou na sua frente, e depois de um tempo, ele alcançou a entrada. Ele atravessou os corredores rumo ao escritório de Dumbledore, e viu os estudantes ao redor. Era estranho estar em Hogwarts e não ser um aluno, ele pensou.

Ele falou a senha para a gárgula na porta do escritório do diretor, e ela o deixou passar.

A sala de Dumbledore estava lotada. O diretor estava sentado à sua mesa, sorrindo para si mesmo. Fawkes estava empoleirada na mesa, observando o caos ao redor de modo semelhante ao do dono.

Harry avistou Rony, sentado numa das cadeiras. Ele estava falando com seus irmãos mais velhos e gêmeos, Fred e Jorge. Os infames gêmeos Weasley tinham o mesmo cabelo vermelho de Rony, e eram idênticos um ao outro até a última das sardas. Eles não tinham mudado muito em relação àqueles de "casa". Rony, todavia, era mais alto que os dois agora, diferentemente àquele do tempo ao qual Harry estava acostumado. Se bem que o Rony daquele tempo parecia ser mais alto do que qualquer um.

Tempo fora de lugar - Drarry - FINALIZADA Where stories live. Discover now