Eu Não Posso te Ajudar se Você Não me Conta

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Malfoy assentiu, mas não confiava o suficiente em sua voz para responder.

- Você deveria descansar. É possível que precisemos de você em campo dessa vez. Se os trouxas ficarem feridos, os dois vão ter que estar lá para curá-los.

Harry e Malfoy concordaram com acenos de cabeça.

- Bem, então eu vou voltando para a escola. – Dumbledore disse, se levantando. Ele fez a poltrona em que estava sentado desaparecer, e então continuou, virando-se para Draco. – Se você lembrar de mais alguma coisa, não hesite de ir até mim usando Pó de Flú. Eu também quero ouvir o que Sirius e Remo têm a dizer. – ele falou, virando-se então para Rony e Hermione. – E eu vou ver se Severo consegue vir visitá-los. Ele tem que ser cuidadoso, entretanto...- ele disse, mas para si mesmo do que para os outros.

Hermione sacudiu a cabeça em afirmação. – Nós vamos por Pó de Flú até o senhor à noite, não se preocupe, diretor.

- Bom. Agora, cuidem de si mesmos, todos os quatro. – Dumbledore recomendou.

- Nós cuidaremos. – Rony prometeu, com um pequeno sorriso. Harry concordou com a cabeça.

- Adeus, diretor. – ele disse, e o velho mago entrou no fogo, desaparecendo.

Hermione andou até a mesa e começou a limpá-la. Malfoy não se levantara quando Dumbledore se despedira, e ainda agora estava sentado com a cabeça nas mãos. Harry colocou uma mão no seu ombro. Ele imaginou brevemente se estava fazendo isso apenas para manter as aparências, ou porque isso estava confortando-o também. Um segundo depois, ele decidiu deixar a questão para qualquer outra hora que não fosse aquela.

- Vamos, Draco. – ele disse, e nessa hora se surpreendeu ao ver o quão facilmente o verdadeiro nome de Malfoy escorregava de seus lábios quando estava na presença de Hermione ou Rony.

- Ele vai ficar bem? – Rony lhe perguntou baixinho.

Para a surpresa de ambos, Malfoy o encarou. – Eu vou ficar ótimo, Weasley. – ele disse. – Só preciso descansar.

Harry sorriu para o amigo. – Ele vai ficar OK. – ele respondeu. – Você se importa se eu levá-lo para cima?

- Eu não preciso de uma babá, Potter. – Malfoy sibilou.

- Boa sorte. – Rony sussurrou para Harry. – Eu não te invejo quando ele está nesse humor. Na verdade, eu não te invejo de jeito nenhum, mas esse não é o ponto.

O ruivo deu um sorriso largo quando Malfoy lhe passou uma carranca e deixou o cômodo rumo à cozinha junto à sua esposa.

Harry pôs as mãos na cintura. – Levanta, Malfoy. – ele mandou num tom não-tão-gentil.

Malfoy o encarou. Finalmente, Harry deu a volta no sofá, o agarrou pelas axilas e o pôs de pé. – Anda. – ele ordenou, e para sua irreparável surpresa, o loiro andou. Eles fizeram seu caminho ao andar superior, através do corredor de belas pinturas, passaram pelas duas portas de cada lado e alcançaram o quarto que lhes pertencia.

Harry não ficou surpreso a ver Malfoy rumar direto para a cama. Sem trocar de roupa, Malfoy afastou as cobertas e mergulhou debaixo delas. Harry o observou até que o seu rosto se amenizou com o sono, e deixou o quarto em silêncio.

Ele desceu as escadas, pronto para se juntar a Rony e Hermione, quando os ouviu conversando.

- Mas é estranho. Há muito tempo que as visões não o fazem reagir assim tão mal. Quero dizer, é como se fosse na primeira vez, tudo de novo. – Harry escutou Hermione dizer.

- Bem, essa pode ter sido particularmente ruim, não pode? – Rony replicou. – Três pessoas mortas, e uma quarta sendo assassinada bem na frente dos seus olhos; não parece uma coisa que eu gostaria de ver.

Tempo fora de lugar - Drarry - FINALIZADA Where stories live. Discover now